O Setembro Amarelo é o mês da prevenção ao suicídio e uma oportunidade para falarmos ainda mais sobre a importância da saúde mental. Recentemente a questão do suicídio se relacionou diretamente com o burnout no Brasil.
Um jovem estagiário de um famoso escritório de advocacia de São Paulo tentou cometer suicídio no ambiente de trabalho após uma jornada de 12 horas. O fato desencadeou uma enxurrada de denúncias de outros jovens sobre as exigências que sofrem.
“Burnout pode sim gerar crises de ansiedade”, destaca Dr. Pietro Vanni sobre o esgotamento do trabalho. Embora definir o diagnóstico de burnout seja um desafio, é necessário uma atenção a este fenômeno cada vez mais comum no mercado. E que lamentavelmente pode desencadear problemas de saúde.
O “quiet quitting” como resposta ao burnout
Certamente você já ouviu falar no “quiet quitting”: a ideia inicial era que a expressão significava apenas uma demissão silenciosa. Mas o conceito vai além, revelando a atitude da geração Z que chega ao mercado de trabalho e vai contra a ditadura do workaholic. Ou seja, o quiet quitting é simplesmente quando um colaborador faz apenas o mínimo que deve ser feito. A expressão pode ser traduzida como uma “desistência silenciosa”.
Segundo matéria da Revista Você S/A o quiet quitting gerou amplo debate entre os adeptos e os profissionais que acreditam que apenas a doação completa ao trabalho pode gerar grandes performances.
O fim do lado pessoal x lado profissional
Especialistas de recursos humanos afirmam que a prática do quiet quitting não é nova. Porém chegou mais forte com a entrada da geração Z, quem nasceu após 1995, nas grandes empresas. Fato é que pessoas mais jovens sentem que para se engajar em uma função é necessário um propósito maior. Uma pesquisa da consultoria americana Gallup mostrou que 33% dos americanos não são engajados ao que fazem em troca de salário.
Eu como jornalista, e nascida em 1986, sinto-me extremamente privilegiada em trabalhar com Cannabis, planta em que amo estudar e escrever sobre. Mas, honestamente, entendo e reconheço a legitimidade da geração Z que prima pelo equilíbrio. E principalmente: que sepultou de vez o velho conceito que divide a vida profissional e pessoal.
“Se a vida pessoal entra em desajuste isso impacta a vida profissional, ao contrário também. É fundamental entender que o indivíduo é um ser integral. Não tem como desvincular o lado profissional do lado pessoal”, destaca a Dra. Andréa Toledo, prescritora de Cannabis medicinal. Fato é que a saúde mental deve estar em primeiro lugar sempre.
Cannabis para tratar o burnout
“A Cannabis pode evitar o burnout. A indicação do Canabidiol é para qualquer situação que você tenha nível de estresse elevado. Na verdade, para evitar o burnout é indicado. Ou seja, você está passando por um mês complicado no trabalho, tem um prazo para entregar e está começando afetar sua vida”, explica o Dr. Vanni.
Além disso, o psiquiatra destaca que ainda não existe uma indicação formal. Mas afirma que o CBD pode ser imprescindível na travessia de momentos de estresse crônica da nossa vida:
“Por que não introduzir o Canabidiol para você passar esta fase de vida? Pois é muito fácil falar: “o trabalho está me afetando e a solução seria parar de trabalhar”. Mas você tem que trabalhar, pois tem que pagar os boletos, né? Então ele pode entrar quando a gente notar que esse estresse está ficando mais elevado e se tiver no Burnout em si, o CBD pode atuar também na recuperação da crise”.
Agende sua consulta
Aqui no Brasil para dar início ao tratamento com Cannabis, o primeiro passo é marcar uma consulta com um médico prescritor. Na plataforma de agendamento do portal Cannabis & Saúde, você encontra cerca de 200 médicos prescritores, com diversas especialidades.