Carregar no colo um filho pequeno não é fácil. Ariane da Matta sabia disso e, quando começou a sentir dores nas costas, achou que era normal, consequência do esforço. Só que o tempo foi passando e nada das dores sumirem. Pelo contrário, só crescia em frequência e intensidade.
Sem poder mais adiar, buscou um médico e se deparou com a primeira das notícias que iriam mudar sua vida para sempre: estava com uma hérnia de disco na região lombar com indicação de cirurgia.
Mas contar com um filho de dois anos pesou na decisão. Uma cirurgia na coluna é sempre muito invasiva, com chance de ficar com sequelas, e decidiu adiar em busca de alternativas. O médico receitou anti-inflamatórios e repouso e a manteve por observação por um mês.
Mas não deu tempo. Antes dos 30 dias, as crises se tornaram insustentáveis. O que era uma crise de dor intensa por dia, virou cinco e Ariane mal conseguia levantar da cama. No dia 25 de dezembro, teve que contar com uma ambulância para chegar ao hospital.
Dois dias depois, Ariane estava operada. A cirurgia foi considerada um sucesso, mas ela percebeu que algo não ia bem. Estava sem sensibilidade em toda a perna esquerda e parte da direita, mas o que mais a incomodava era o fato de não conseguir urinar.
“Eu fazia força, mas não saia uma gota de urina. Eu fiquei 5 dias a mais no hospital até ele mandar eu para casa e pedir para eu fazer tratamento com uma urologista”, conta.
A Síndrome da Cauda Equina
Somente então pode descobrir o que estava acontecendo com ela. O diagnóstico foi de Síndrome da Cauda Equina, uma grave compressão causada pela hérnia nos nervos da parte inferior do canal vertebral que, em seu caso, limitou a sensibilidade abaixo da cintura.
“A médica me falou que, tendo os sintomas, eu teria 24 horas para fazer a cirurgia, se não as sequelas são piores.”
Mas já era tarde demais. “Acho que ele não tinha conhecimento que deveria, porque era um médico neurocirurgião. Ele deixou lá forçando para urinar e eu não estava conseguindo. Parecia que ele não entendia da coisa.”
Além de não conseguir urinar, a insensibilidade atingiu também o sistema intestinal e não conseguia mais sentir a hora de ir ao banheiro. Em busca de uma alternativa, passou a peregrinar de médico em médico, mas só encontrava mais frustração.
“Eu chorei bastante porque teve muito médico falou para mim que eu não ia melhorar. Eles falavam que eu tinha que voltar para operar de novo, porque a cirurgia foi mal feita, e que eu nunca mais ia voltar a ter qualidade de vida. Eu fiquei chocada.”
Para piorar, logo as dores voltaram com tudo. “Eu fiz uma ressonância e ainda estava com hérnia. Eu não sei porque. Não sei se ele tirou mas não tirou tudo ou se cresceu de novo.”
Uma esperança só surgiu quando encontrou a médica especialista em dor Maria Teresa Jacob. “Ela falou: você vai melhorar sim. A gente vai começar um tratamento e você vai melhorar.”
A primeira abordagem foi a aposta nos medicamentos alopáticos convencionais e muita fisioterapia. No entanto, as dores estão limitando a vida de Ariane. “Eu não conseguia agachar. Era um terror porque eu me agachava e não levantava mais. Me dava muita dor. Não conseguia ficar sentada, era só deitada e de lado. Eu não conseguia dormir com a barriga para cima e bruços, então, fazia muitos anos que eu não dormia.”
Cannabis medicinal no tratamento de Síndrome da Cauda Equina
Até que Jacob decidiu tentar uma outra abordagem. “Ela me sugeriu o tratamento com a Cannabis. Ela falou assim: eu tenho muito paciente que usa. Nenhum com Síndrome da Cauda Equina, porque é muito rara, mas a gente pode tentar.”
“Nunca tinha me passado pela cabeça um dia precisar usar Cannabis. Eu não sabia muito sobre isso. Até falei com a doutora: ‘eu não vou ficar viciada’ e ela deu risada. Explicou que é medicinal e para gente tentar. Se não funcionar, tira.”
“Eu estava vivendo um terror e pensei: vou tentar porque não tenho como piorar. Eu tô tentando qualquer coisa para ver se eu consigo ter um pouco de qualidade de vida e voltar a cuidar do meu filho, porque ele era pequenininho e eu não conseguia sentar na mesa para dar comida para ele.”
Deu início ao tratamento e, em quatro meses, sua vida mudou. “Hoje em dia eu faço tudo o que eu fazia antes. Dou comida para o meu filho, dou banho, agacho, faço tudo. Consigo agachar e sentar numa boa, mesmo com a hérnia ainda lá.”
“Minha vida mudou. Eu não digo 100%, porque ainda não urino. Foi uma lesão muito grave e, mesmo com a fisioterapia, não consegui voltar”, continuou. “Eu consigo andar o dia inteiro. Eu andava um pouco e eu tinha que sentar. Hoje eu faço minhas coisas o dia inteiro na rua e eu não sinto dor”
Faz pouco menos de um ano que Ariane está em tratamento com Cannabis medicinal. “Eu falo em primeiro lugar Deus e em segundo a doutora Teresa. Se não fosse ela ter me receitado, eu estaria do mesmo jeito ainda.”
Qualidade de vida
“A Cannabis deu tão certo que ela tá aos poucos me desmamando dos remédios todos. Eu tava tomando 20 comprimidos por dia e eu tô tomando bem menos agora. Ela tá desmamando agora da duloxetina e ela falou com o tempo a gente vai tirar todos eles, se Deus quiser.”
Aos 37 anos, Ariane acredita que está apenas começando a sentir os benefícios da Cannabis. “Tem mudado bastante minha vida e eu acredito que ainda vai mudar mais com mais tempo de uso.”
“Em tão pouco tempo eu tive uma melhora muito significativa. Eu tenho qualidade de vida, coisa que não tinha. Sou deficiente física, mas eu tenho uma qualidade de vida muito boa. É como se eu fosse uma pessoa normal, a única diferença é que eu tenho que passar uma sonda para urinar. Eu consigo fazer tudo.”
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