A vida de professora de Andrea de Cássia Pinheiro já tinha a dor como parte de sua rotina. O tempo sentada lhe prejudicava a lombar e os alunos, a cabeça. Em busca de maior estabilidade e qualidade de vida que, em 2008, prestou e foi aprovada em um concurso público. Mal sabia ela que seus problemas estavam apenas começando.
“Com uma demanda muito grande de trabalho, quase irreal, essa dor na lombar foi subindo. Se espalhou para a coluna toda e eu comecei aquela peregrinação aos médicos”, conta.
“Na época, não se falava muito em dores crônicas e fibromialgia. Eu me sentia sozinha, porque a gente não tinha acesso à internet, e achava que eu ia morrer”, lembra. “As dores crônicas vão puxando outras coisas, como ansiedade, insônia, depressão. Eu não conseguia ficar em pé direito.”
Polifarmácia
Com os sintomas, os medicamentos alopáticos são consequência natural. “Eu carregava uma lista de remédios. Não tinha tempo nem para almoçar, pois estava o tempo todo tomando medicamentos. Cheguei a usar adesivo de morfina, fazia semanalmente bloqueio nos ombros e nas costas.”
Nada, porém, conseguiu entregar qualquer melhora na qualidade de vida de Andrea que, durante uma década de funcionalismo público, viu suas dores crescerem a ponto de ter que se aposentar no ano de 2020.
Mesmo afastada, as dores seguiam incomodando, e, sem muitas alternativas, buscou Mauro Cruz, um terapeuta holístico do espaço Flor de Lótus. Não encontrou alívio na dor, mas saiu do trabalho com uma dica que transformou sua vida.
“Ele falou comigo assim: ‘tô vendo que você é uma pessoa de cabeça aberta, então vou comentar com você. Minha mãe tem mais de 80 anos, tomava muito analgésico, e hoje ela não toma mais nada’.”
“Meu Deus do céu, mas o que é isso? Eu quero saber logo? Eu fiquei interessada, mas ele estava com medo de falar por causa do preconceito. Só que, quem tem essa dor insuportável, que você dorme com dor, acorda com dor, é capaz de tentar de tudo.”
Se tratava da Cannabis medicinal. Andrea não quis saber de receios. A possibilidade, mesmo remota, de se livrar da dor a deixou animada. Se pôs a pesquisar e o entusiasmo só cresceu.
O tratamento para dor
“Fui fuçar no Instagram, encontrei o portal Cannabis & Saúde, e comecei a ler histórias de pacientes. Pessoas com problemas graves, como crianças autistas, que encontraram tratamento na Cannabis medicinal.”
Moradora de Caetés, Minas Gerais, utilizou o próprio portal para agendar a primeira consulta com um médico prescritor, com a exigência de que a primeira consulta, pelo menos, fosse presencial.
Encontrou o que buscava na geriatra e endocrinologista Camila Sampaio, que, além de médica, é paciente em tratamento com Cannabis e teve sua história contada aqui no portal.
“Fui lá e, gente, que surpresa! Pessoa maravilhosa. Você pode ter qualquer dúvida, que manda para a dra. Camila e ela responde na hora”, diz. “Eu indico várias pessoas para ela. Inclusive uma menina autista, que não dormia. Começou o tratamento, logo estava comemorando: graças a Deus, minha filha dorme a noite inteira.”
15 dias
Em seu caso, os resultados começaram a aparecer em 15 dias. “Já comecei a notar que era uma coisa diferente, com um alívio das dores”, relata. “Agora, aos 56 anos, após sete meses de tratamento, numa escala de 0 a 10 de dor, estou em um nível quatro. Alguns momentos, me pego sem dor nenhuma, e antes era dor 10 o tempo todo.”
“Quem convive comigo fala: nossa, você não sorria, não brincava, e voltou a sorrir, a fazer piada com a gente. Com dor, você perde a vontade de viver”, continuou. “Eu cheguei a um ponto que, somado a depressão, ansiedade, medicamentos, tudo misturado, meu marido dizia que eu não conseguia começar e terminar uma frase. Agora eu voltei a falar certinho, estou lembrando das coisas.”
Com a Cannabis, reduziu o consumo de medicamentos, o que acabou afetando diretamente a saúde de seu estômago. “Eu não podia com nada que fosse ácido. Depois, teve a safra de mexerica, e eu chupei nem sei quantas. Não tenho mais a gastrite impedindo de comer o que gosto.”
Embora a dor permaneça, já não é mais tão intensa e debilitante como antigamente. Mesmo diante das crises mais fortes, hoje a recuperação é bem mais fácil e rápida. Também notou uma melhora importante na insônia, depressão e ansiedade.
Pelo acesso
“Eu só fico triste porque nem todas as pessoas têm acesso. Acho que, além da política, tem muita ganância humana envolvida. Eu ia no hospital direto, na fila para tomar bloqueio, e via um monte de cadeirantes, idoso, pessoas com dor, e hoje penso que essas pessoas poderiam estar se beneficiando desse medicamento.”
Com isso em mente, busca fazer sua parte para mudar o panorama. “Quero expandir e levar o conhecimento às pessoas. Gente que tem uma vida sofrendo de dor, já não tem vida, disposição, alegria. Ficam o tempo todo com medo de fazer as coisas.”
“Quem vive com a dor, ou tem alguém na família nessa condição, são pessoas que sofrem. Estão sempre em busca de cura e, em muitos casos, a cura está aí. A gente tem que se informar. Meu conselho é que se informem.”
Agende sua consulta
Se você também convive com dor crônica, fibromialgia, ou qualquer condição com indicação de tratamento com Cannabis medicinal, o primeiro passo para transformar sua qualidade de vida é agendar uma consulta com um médico prescritor.
Clique aqui para marcar uma consulta com a geriatra e endocrinologista Camila Sampaio. A plataforma de agendamento do portal Cannabis & Saúde reúne mais de 200 médicos com diversas especialidades que têm em comum larga experiência na prescrição de Cannabis medicinal.