As dores acompanham a contadora Rosália Maria de França Belo desde os 16 anos. Primeiro na cabeça. Sua mãe tinha por hábito tomar analgésico para tudo, o que reproduziu enquanto a dor de cabeça pedia doses cada vez maiores desses medicamentos.
Aos 20 anos, a dor chegou à lombar. Crises que só foram se agravando ao longo do tempo como consequência de sua profissão, que a fazia passar grande parte de seus dias sentada.
“Eu pensava que eu tava com problema nos rins e depois eu fui descobrir que era lombar. A gente faz tudo errado a vida inteira para sofrer no final. Passar o dia todo sentado por obrigação em cadeiras que não nem um pouco e conforto e saúde”, conta Rosália.
“Foi o que aconteceu comigo. Os anos foram passando e eu piorando, piorando. Sou uma pessoa com muita tendência à artrose e tenho problema de coluna desde a cervical até a lombar.”
Diagnóstico e medicamentos
Quando se aproximava dos 60 anos de idade, descobriu outro de seus diagnósticos: a fibromialgia. “Você viver com dor é ruim demais. Ter que trabalhar com dor, cuidar de tudo na sua vida sentindo dor. E você não pode se queixar. Não pode estar junto com as outras pessoas o tempo todo com cara de sofredor. Quem começa a sentir é o outro. É uma vida muito difícil. Muito ruim mesmo. Eu perdi muito da minha vida.”
“Eu tomei muito remédio na minha vida. Sempre soube que quando eu ficasse mais velha, meu estômago ia ser uma das piores coisas. Minha mãe tomou até morrer e eu quase minha vida inteira tomando analgésico. Eu ia trabalhar e tomava seis no trabalho.”
Há seis meses, porém, começou a tentar se livrar da maioria dos medicamentos. “Estou me livrando de tudo que eu posso. De pressão eu não posso, diabetes também, mas os que eu posso, tudo eu tô tirando.”
A Cannabis medicinal
Isso só foi possível porque, alguns anos antes, começou a ver reportagens sobre o benefício da Cannabis medicinal para a dor. “Não tomei nenhuma atitude, mas não por conta e preconceito. Ainda estava começando a aparecer e queria deixar o tempo passar e ver para começar a acreditar.”
O tempo passou e até o cachorro da sua filha já estava em tratamento com Cannabis medicinal. Marcou uma consulta com a médica anestesiologista especialista em dor Wanderli Soares Ramos e logo deu início a tratamento com Cannabis medicinal, que já mantém há cerca de seis meses.
“Comecei a usar com duas semanas, mais ou menos, comecei a sentir a coisa melhorar pra mim. Foi melhorando, melhorando e melhorou de um jeito que eu nem estava acreditando. Não é que tenha acabado com as minhas dores. Mas, se elas vêm, é porque exagerei. Antes eu não podia nem sentar direito. Tinha que ficar o tempo todo deitada.”
Aos 77 anos, Rosália conta que há dias ruins, em que ainda sofre com crises de dor, mas agora pode vivenciar muito mais dias bons. ”A Cannabis tá me fazendo conviver de uma forma muito mais leve com a condição que eu tinha. Antes eu tava sem condição para nada. Você fica estressada todo o tempo e a Cannabis aliviou muito, muito mesmo.”
Preconceito cego
Com o acompanhamento de seus médicos, está reduzindo o uso de medicamentos, embora nem todos colaborem. “Fui em um reumatologista e ele quis me prescrever pregabalina. Eu disse que tô tirando, que estou fazendo tratamento com Cannabis e estou me sentindo muito bem. Ele disse: sério!? Eu disse: seríssimo.”
“Realmente não dá para acreditar que o médico desse seja ignorante a respeito disso. Será que é ignorância? Meu marido acha que é preconceito. Ele quis gozar com a minha cara, porque ele não falou mais nada e passou duas caixas de pregabalina.”
“Eu fiquei indignada com ele. Como é que pode um absurdo desse a essa altura da vida. Esses caras ignorando um medicamento que tem um monte de benefício, sendo que já está todo mundo usando, é legalizado. Só me vem à cabeça que ele prescreve esse monte de medicamentos porque recebe comissão.”
“No ramo da reumatologia que não pode ignorar mesmo, principalmente para idosos; Você vai ficando mais velho e vai sofrendo as consequências do que você viveu. Eu fiquei sentada e toda curvada e sofri as consequências com uma qualidade de vida muito ruim.”
“Mas o cara ignorou, como se não tivesse falado nada. Não escutou nada e fez o contrário do que eu falei que estava fazendo.”
“É maravilhoso quando a gente se sente viva”
Se tivesse escutado esse médico, Rosália, aos 77 anos, estaria presa aos mesmos medicamentos de sempre e não estaria, finalmente, experimentando alguns dos melhores dias de sua vida. “Estou conseguindo viver mais. Mais feliz. Eu já não tinha mais esperança de viver melhor. Achava que a tendência era piorar e já me via em uma cadeira de rodas.”
“É maravilhoso quando a gente se sente viva. Essas sensações mexem com tudo na gente. Minha melhora foi muito boa e para todo mundo que eu posso dizer, eu digo.”
“Eu tô dando meu testemunho, mas também é difícil as pessoas acreditarem. Eu não consigo entender. Eu, vendo a possibilidade de começar a melhorar, não vou ao menos experimentar? É difícil convencer algumas pessoas. O preconceito é um negócio brabo demais. A pessoa fecha a mente para uma possibilidade de melhorar dessas dores.”
Agende sua consulta
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