O médico Renan Camargo viu uma lesão encerrar sua carreira de atleta; com a Cannabis, busca evitar que outros esportistas tenham o mesmo fim
O esporte faz parte da vida do médico Renan Stocco De Camargo desde a infância. Sua mãe era professora de educação física e seu pai dono de um campo sintético de futebol, onde desenvolveu o sonho de se tornar jogador profissional.
Aos 16 anos, porém, durante as férias, um acidente que resultou em uma fratura no braço interrompeu o sonho. A lesão o afastou dos treinos por um longo período, e em uma idade crítica na formação do atleta profissional, desistiu do futebol. Para evitar que lesões interfiram no sonho de outros atletas, decidiu se dedicar à medicina esportiva.
“Fiz a faculdade e tive algumas experiências em medicina esportiva e ortopedia para ter esse contato e fui cada vez mais tomando gosto pela área da reabilitação do atleta, justamente porque eu entendi essa frustração do atleta que está machucado e não conseguir desempenhar as atividades.”
Em seguida se especializou em medicina da dor, algo tão familiar à rotina de qualquer atleta. “Foi durante a pós que eu tive uma aula bem introdutória, bem superficial, sobre Cannabis medicinal”, conta.
Cannabis para a dor
“Eu lembro que eu era a pessoa mais jovem da minha turma e acabaram não se interessando pelo tema. Talvez uma questão de preconceito ou por ser algo muito novo na época, mas eu fiquei bem interessado. Achei que seria um tema que não teria muitas pessoas falando sobre e que eu gostaria de especializar.”
Por conta própria, começou a estudar sobre a Cannabis medicinal e o funcionamento do sistema endocanabinoide. Para aprofundar ainda mais o conhecimento, se associou à Sociedade Brasileira de Estudo da Cannabis Sativa e começou a frequentar diversos cursos. “Comecei a me aperfeiçoar já pensando em fazer esse gancho para o esporte. Trabalhar com Cannabis com foco no esporte.”
Começou a prescrever Cannabis, mas fora da área esportiva, em pacientes com dor crônica. “Uma das coisas que mais me frustrava era o retorno desses pacientes. Eu fazia uma prescrição super elaborada, utilizava os medicamentos que eu tinha aprendido, e o paciente voltava falando que a dor não tinha melhorado, mas ele estava cheio de efeito colateral.”
“Acaba não tendo resultado satisfatório no controle da doença e foi quando comecei a de fato utilizar Cannabis. Colocar ela na mesma prescrição e fazer o caminho inverso. Tentar retirar essas medicações que não estavam ali para resolver o problema, mas para diminuir um pouco a dor do paciente. Comecei a tirar essas medicações aos poucos e colocando a Cannabis, até que chegou no ponto desses pacientes se livrarem das medicações convencionais.”
A melhora da qualidade de vida foi consequência. “O paciente vinha feliz. Muitas vezes falando que estava se sentindo de uma maneira que não tinha se sentido nos últimos anos”, revela.
“Começa a ter uma boa resposta e aquela pessoa que já estava meio desacreditada, começa a ver que talvez exista uma solução que pode melhorar a qualidade de vida dela e não comprometer, como as outras medicações faziam.”
Cannabis e o esporte
Seu desejo de trabalhar com o esporte só pode se concretizar há cerca de dois anos, por meio do contato com o Atleta Cannabis. “O esportista é aquele perfil de pessoa que convive com a dor. Não tem como trabalhar com alta performance sem desafiar o corpo e isso acaba levando a alguma lesão inflamatória, que pode levar a um rendimento abaixo do esperado.”
A dor é o primeiro objetivo do tratamento com Cannabis para atletas. “Você consegue modular um pouco essa questão da dor e consegue colocar o máximo nas sessões de treinamento. A dor acaba ficando em segundo plano e não limita a performance.”
“Os outros efeitos são muito associados à qualidade de vida desse atleta. Geralmente é um cara que passa por provações, então acaba tendo mais estresse, dormindo pior, ficando mais ansioso e acaba se complicando por conta disso. A Cannabis consegue melhorar esses padrões de qualidade de vida, deixando que a única preocupação seja o desempenho esportivo.”
Hoje, além de elaborar o protocolo de tratamento dos triatletas Peu Guimarães e Fernando Paternoso, atende todos os esportistas que buscam seu cuidado. “O controle da dor e da inflamação, com a melhora de foco e de clareza mental durante a prática resulta em um desempenho mais satisfatório que teria sem a Cannabis.”
Primeiro mestre em Cannabis
A jornada de Renan Camargo, porém, está longe de terminar. Enquanto segue a rotina de atendimento, aguarda a resposta para saber se será aprovado no primeiro programa de mestrado sobre Cannabis medicinal e sistema endocanabinoide do mundo, na Universidade de Marywood, nos EUA.
“Fui passando, avançando nas fases, e agora estou aguardando a decisão final para começar este mestrado. A minha ideia é me tornar o primeiro mestre em Cannabis medicinal do Brasil. Se tudo der certo, eu vou voltar de lá conhecer com esse título.”
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