Como cuidar da saúde mental?
Você já pensou como os problemas de saúde mental têm aumentado vertiginosamente nos últimos anos? Vamos a alguns dados para você entender a dimensão disso.
A saúde mental de 53% dos brasileiros piorou entre 2020 e 2021, segundo estudo do Instituto Ipsos.
A pandemia aumentou em 25% os casos de ansiedade e depressão no mundo, segundo estudo publicado na revista científica The Lancet, uma das mais prestigiadas do mundo.
Mas para além da ansiedade e depressão (inclusive, acompanhe nosso material sobre o assunto), temos a escalada de outros problemas de saúde mental igualmente importantes de serem cuidados.
A síndrome de burnout, por exemplo, é extremamente prevalente no Brasil, sendo que somos o segundo país com maior número de casos no mundo.
Cada vez mais temos uma maior necessidade de saber como cuidar da saúde mental de maneira sistêmica e integrada. Mas como fazer isso? Separamos as principais dicas a seguir. Boa leitura!
O que compõe a saúde mental de uma pessoa?
Bom, para começar, vamos entender o que é, de fato, a saúde mental.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), é considerado assim a condição na qual a pessoa esteja em uma condição de bem-estar no qual a pessoa consiga utilizar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse do dia a dia e poder contribuir para a comunidade no entorno.
Há também outras definições, que englobam não só a questão da produtividade (afinal, uma pessoa pode ser produtiva e lidar com estresses, mas ainda ter problemas de saúde mental), mas também abarcam como ela consegue equilibrar e harmonizar ideias, emoções, desejos e ambições.
Ou seja, vemos que é uma questão bem mais complexa e que envolve os cuidados com bem-estar, conseguir equilibrar emoções, sentimentos, e lidar com as adversidades da vida. Mas não só isso.
É preciso considerar também se a pessoa consegue manter a sua funcionalidade no dia a dia a partir de determinado quadro de saúde (passando por questões sociais, pessoais, emocionais, profissionais, entre outros).
Por exemplo, uma pessoa com depressão que esteja passando por uma crise mais grave pode ter alteração na alimentação e isso comprometer a sua saúde física (perda de peso acelerada, problemas com falta de nutrientes, comprometimento de qualidade de vida, entre outros pontos).
Ou seja, envolve uma série de fatores que estão diretamente e indiretamente relacionados com saúde física e emocional.
Qual a diferença entre saúde mental e emocional?
Uma dúvida muito comum é confundir saúde mental e saúde emocional. Apesar delas estarem correlacionadas, não são idênticas.
Nós explicamos anteriormente mais sobre a saúde mental, agora falaremos sobre a emocional, para podermos comparar as duas.
A saúde emocional está ligada com nossas emoções e como elas estão alinhadas com nossa percepção de mundo no dia a dia.
Uma pessoa, por exemplo, com saúde emocional dentro dos parâmetros esperados, consegue lidar com as transições de emoções ao longo da rotina.
Inclusive, no que diz respeito às vivências de momentos delicados, experienciando sentimentos como tristeza, raiva e estresse, por exemplo, sem reprimi-los e sem deixar que eles também tomem proporções descontroladas.
Uma saúde emocional ruim pode trazer alterações constantes de comportamento ou, ainda, ir para outro caminho: gerar um bloqueio emocional, no qual a pessoa passe a agir de forma automatizada no dia a dia.
A saúde mental muitas vezes está relacionada com alguns processos bioquímicos. Por exemplo, a depressão está intimamente ligada com hipofuncionamento de alguns neurotransmissores, como noradrenalina, dopamina e serotonina.
Por isso os tratamentos farmacológicos intervêm nesses pontos, para promover um reequilíbrio. Mas esse desequilíbrio de funcionamento pode vir, justamente, de uma fragilidade de saúde emocional.
Lembre-se que como o corpo humano é um organismo, os sistemas influenciam uns nos outros e os neurotransmissores são influenciados, também, pelas nossas emoções e vice-versa.
Problemas em ambas podem desencadear sintomas semelhantes. Isso acontece porque, em alguma medida, são sistemas interdependentes.
Ou seja, os desequilíbrios fisiológicos e neurológicos interferem nas emoções e vice-versa e, portanto, é preciso abarcar as duas para que você possa ter melhor qualidade de vida e evitar o desenvolvimento de quadros de saúde que afetem a sua mente.
O que é cuidar da saúde mental?
Cuidar da saúde mental deve ser uma ação tão importante e presente na vida das pessoas quanto o cuidado com o corpo.
Ou seja, da mesma forma que alguém se preocupa em estar bem físico, é essencial que também se preocupe com o seu bem estar emocional.
A saúde mental tem influência nas condições físicas, no bem-estar e nas atividades relacionadas ao cérebro, como a cognição.
Somado a isso, uma mente tranquila tem melhores condições de administrar situações estressantes, ser mais produtiva e atenta.
Por outro lado, uma mente em desequilíbrio pode desencadear doenças e transtornos mentais a longo prazo. Saber como cuidar da saúde mental é fundamental para que o indivíduo consiga lidar com diferentes situações e emoções naturais e comuns do nosso convívio.
Por isso, uma vez que a pessoa tenha saúde mental, poderá sentir-se bem consigo e com aqueles que estão à sua volta.
Desse modo, é importante saber como cuidar da saúde mental com uma rotina que inclua:
- Cuidar da alimentação: Comer bem não tem a ver apenas com a boa forma física, mas com o bem-estar geral.
- Praticar atividades físicas: Colocar o corpo em movimento de forma regular também contribui para a saúde e bem-estar emocional.
- Priorizar o sono: É muito importante dormir bem, tendo uma boa rotina de sono.
- Ter momentos com pessoas queridas: É importante conviver com amigos, familiares e pessoas que nos fazem bem.
- Reservar um tempo para o lazer: Ler, dançar, desenhar, jogar e o que mais puder te tirar de pensamentos de preocupação e obrigação do dia a dia.
- Ter contato com a natureza: Faz bem para o corpo e para a mente estar ao ar livre, conectando-se ao meio ambiente e escapando um pouco da rotina puxada do trabalho e da casa.
- Permitir sentir: É importante aceitar todos os seus sentimentos, até mesmo os sentimentos ruins, pois eles ajudam a valorizar os sentimentos bons.
Importância dos cuidados com a sua saúde mental
Mas afinal, por que é tão importante manter os cuidados com a saúde mental? Separamos alguns pontos para refletir sobre o assunto:
- Os cuidados com a saúde mental são fundamentais e impactam na qualidade de vida da pessoa. Há quadros que interferem em questões essenciais para o bem-estar do indivíduo. O estresse crônico, por exemplo, pode afetar a memória;
- A saúde mental interfere diretamente na saúde física e vice-versa. Afinal, o ser humano é um ser biopsicossocial, ou seja, todo o sistema interfere um no outro. Por exemplo, o estresse pode causar maiores riscos de doenças cardiovasculares;
- A saúde mental afeta, também, suas relações sociais, seja com familiares, amigos, parcerias, entre outros;
- Os problemas com a saúde mental também podem potencializar-se ao longo do tempo e trazer consequências graves para a vida do ser humano. Por isso, os cuidados, quando realizados, permitem tratamentos para quadros importantes o quanto antes e, assim, garantem o retorno a um estado de bem-estar físico e mental.
O que pode causar problemas à saúde mental?
Segundo a Organização Mundial da Saúde, os transtornos mentais são intensificados por atributos individuais, como a capacidade de administrar os pensamentos, emoções e comportamentos e também por fatores sociais, econômicos e culturais.
Outros fatores que contribuem para o desenvolvimento dos transtornos são o estresse, a genética, a nutrição, estilo de vida inadequado, sedentarismo, infecções perinatais e a exposição a perigos ambientais.
Algumas questões determinantes e que podem elevar as chances de desordens mentais nos mais jovens são:
- desemprego;
- conflitos familiares;
- desejo de maior autonomia;
- maior exposição ao estresse;
- exploração da identidade sexual;
- falta de qualidade de vida doméstica;
- envolvimento precoce com drogas e álcool;
- pressão para integrar-se a certos grupos ou comportamentos;
- problemas de relacionamento com pais, professores ou colegas;
- maior acesso, mais disponibilidade de recursos e uso da tecnologia;
- vítimas de bullying ou exposição à violência, incluindo pais agressivos;
- influência da mídia quanto à posição social, aos padrões estéticos e às diferenças de gênero.
Cuidar da saúde mental deve ser para todos?
A resposta é: sim. Infelizmente, devido a uma visão estigmatizada e preconceituosa, ainda há uma série de mitos sobre saúde mental, principalmente, ainda muito ligados a uma perspectiva manicomial.
Ao longo dos últimos anos, os estudos na área da psicologia, psiquiatria e neurociência mostraram que essa é uma questão tão importante quanto os cuidados com a saúde física.
Então, se você faz seus acompanhamentos de rotina e fica atento quando há uma alteração de saúde que exige atenção (por exemplo, se há uma dor de cabeça constante, você vai buscar a causa), deveria fazer o mesmo em relação à saúde mental.
Algumas alterações podem ser o sinal do começo de algo que mereça atenção e que, quando visto inicialmente, não se desenvolve para situações mais graves. Alguns sintomas que merecem atenção são:
- sensação de mente confusa;
- episódios de esquecimento;
- sensação de entorpecimento com a realidade;
- sentir-se sem esperança ou sem perspectiva sobre o futuro;
- sentir-se constantemente estressado;
- não se sentir capaz no dia a dia;
- começar a ter um comportamento mais agressivo no dia a dia;
- sentir-se sem energia, entre outros.
Saúde mental: tabus e mitos sobre o assunto
Muitas pessoas sentem que cuidar da saúde mental não é para elas, justamente porque há uma série de tabus e mitos sobre o tema que foram construídos ao longo do tempo.
Isso afasta as pessoas de, justamente, buscarem ajuda no momento inicial e, assim, melhorarem a sua qualidade de vida e não prejudicarem seu convívio social e produtividade.
Por isso, separamos alguns dos principais tabus e mitos sobre o assunto a seguir. Confira.
Cuidar de saúde mental está ligado à loucura
Esse é um dos mitos que mais afasta pessoas dos cuidados com saúde mental e é uma luta constante da causa antimanicomial reverter este tipo de pensamento.
É por isso, principalmente, que “transtorno mental” ou “doenças mentais” não são considerados mais termos adequados, justamente, por carregarem tabus delicados.
Tal como nosso corpo também adoece, e isso não nos incapacita, a saúde mental também tem suas questões e que não estão ligadas com essa ideia de “loucura” ou, ainda, de necessidade de internações psiquiátricas.
Só é preciso buscar auxílio em casos graves
Muitas pessoas pensam que é apenas em situações de casos graves (como depressão severa, ansiedade generalizada, pânico, entre outros) que devem buscar auxílio para cuidar de questões de saúde mental.
Podemos fazer uma analogia com quadros que são muito conhecidos nossos na parte de saúde física: a evolução de uma gripe para complicações respiratórias. Muitas vezes um problema que temos pode realmente passar ao longo do tempo (por exemplo, um humor deprimido).
Mas sem a atenção adequada, ela pode se complicar e levar, justamente, a uma depressão severa. E isso poderia ter sido cuidado se esse humor deprimido persistente tivesse tido atenção.
Então não espere a complicação surgir, pois a partir daí, os quadros demandam maior atenção para serem acompanhados. E, também, é possível ter cuidados que permitam trazer maior qualidade de vida para você.
Pessoas com problemas persistentes não conseguem ter uma vida normal
Muitas pessoas acreditam que o diagnóstico de uma questão de saúde mental é como um rótulo, que marca a pessoa ao longo da vida e ela jamais terá uma vida normal.
Com os tratamentos adequados, direcionados para o seu quadro, bem como adoção de medidas multifatoriais (como ainda falaremos a seguir), é possível ter uma vida totalmente normal, com qualidade, saúde e bem-estar.
Ninguém vai entender meu sofrimento
Esse é outro mito, principalmente, quando os quadros de saúde mental são derivados de questões que provocam sofrimento mental e emocional na pessoa (ansiedade, depressão, pânico, fobias, estresse, entre outros).
Isso não é bem assim, principalmente, porque os profissionais dessa área possuem treinamentos justamente para que possam ter uma escuta ativa e empática, ajudando os mais diferentes tipos de sofrimentos. Além, claro, de acolhê-lo nessas situações.
Ficarei dependente de medicações por toda a vida
Essa é uma preocupação, principalmente, porque algumas medicações para os tratamentos alopáticos tradicionais possuem, de fato, como efeito colateral possível, a geração de dependência química.
Por isso é tão importante que o tratamento seja feito com o acompanhamento de profissional de confiança e você siga todas as diretrizes que ele pedir, bem como ser sincero sobre o uso da medicação.
Além disso, muitas das situações de saúde mental são transitórias e o tratamento pode durar um período específico, cuidando de um quadro agudo.
Por exemplo, casos de ansiedade gerados por eventos determinados, a partir de uma abordagem multidisciplinar, pode fazer com que o seu tratamento tenha uma duração reduzida, podendo ter alta no uso das medicações no futuro.
Alguns quadros, de fato, são persistentes e, portanto, precisam de medicação por toda a vida.
É o caso, por exemplo, do Transtorno Afetivo Bipolar, que, segundo as evidências científicas mais recentes, está ligado com uma estrutura do cérebro que pode causar desequilíbrios bioquímicos constantes.
Neste caso, os estabilizadores de humores são importantes para manter a qualidade de vida da pessoa.
Contudo, não encare isso como uma dependência. Da mesma forma que uma pessoa diabética precisa de medicações para estabilização dos níveis de glicose para evitar complicações, a medicação controlada também tem esse papel de estabilizar neurotransmissores e hormônios importantes para seu bem-estar.
Psiquiatra sempre prescreve medicações
Esse talvez seja um dos mitos mais complicados, principalmente, porque nos afasta, justamente, de poder contar com outras formas importantes de cuidado com a saúde emocional e mental.
Problemas da saúde mental em tempos de pandemia e isolamento social
As pessoas reagem de maneira diferente a situações estressantes. Como cada um responde à pandemia pode depender de sua formação, da sua história de vida, das suas características particulares e da comunidade em que vive.
No primeiro ano da pandemia de COVID-19, a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25%, de acordo com um resumo científico divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Uma das principais explicações para esse aumento é o estresse sem precedentes causado pelo isolamento social decorrente da pandemia. Ligados a isso estavam as restrições à capacidade das pessoas de trabalhar, busca de apoio dos entes queridos e envolvimento em suas comunidades.
Outro estudo levantou os impactos da Covid-19 na saúde mental. Especificamente as doenças mentais observadas ao longo do isolamento social ocasionado pela pandemia.
Como resultado, observou-se que a Covid-19 proporciona alterações na saúde mental da população com aumento do número de sintomas de Transtorno de Estresse Pós-Traumático, transtornos de ansiedade e afetos negativos após o final do isolamento social.
O distanciamento físico reduziu a disponibilidade de muitos apoios familiares, sociais e psiquiátricos. Pessoas com doenças mentais graves e desvantagens socioeconômicas associadas estão particularmente sob risco dos efeitos diretos e indiretos da pandemia.
Como cuidar da saúde mental, afinal?
Agora que você sabe a importância de cuidar da saúde mental e que isso vai para além da medicalização, precisamos falar sobre quais medidas práticas você pode adotar para ajudar nessas questões.
Essas são ações principalmente preventivas, como uma espécie de cuidados, justamente, para minimizar as chances de desenvolver problemas nessa área.
Ou, ainda, caso esteja fazendo tratamento, vão ajudar a melhorar os resultados e retomar uma vida saudável e com qualidade de vida. Vamos ver mais a seguir.
Praticar atividades físicas
A relação entre a prática de exercícios físicos e a manutenção da saúde mental já é um consenso entre os profissionais de saúde.
Novos estudos apontam que a atividade física regular diminui os riscos de depressão e reduz a perda cognitiva em pacientes com mal de Alzheimer, por exemplo.
Há muitos benefícios atrelados à prática constante da atividade física para saúde mental e também física. Afinal, a plenitude acontece quando encontramos o equilíbrio perfeito entre a saúde da mente e do corpo. Entre as vantagens estão:
- Reduz o estresse: Ninguém quer viver uma vida estressante, certo? Todos nós precisamos aliviar o estresse adquirido ao longo da semana com compromissos, projetos no trabalho, expedientes longos, e desentendimentos para funcionar melhor na semana seguinte.
- Melhora a qualidade do sono: A atividade física melhora a qualidade do sono, diminuindo a insônia e nos ajudando a estabelecer uma rotina de sono.
- Alivia os sintomas de transtornos mentais: Com a produção dos hormônios da felicidade em ordem, os sintomas de transtornos mentais como a depressão, ansiedade, síndrome do pânico, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), entre outros, tornam-se mais leves.
Cuidar da alimentação
Uma alimentação saudável está intimamente ligada com uma boa saúde mental. Isso porque boa parte dos nossos receptores de hormônios ligados ao bem-estar e saúde estão no intestino, sabia?
Além disso, os nutrientes dos alimentos são importantes para manter a saúde do nosso cérebro, mantendo nossa cognição e estado emocional de forma adequada.
Assim, sua alimentação deve ser rica em:
- vegetais de folhas verde-escuro;
- sementes;
- grãos integrais;
- carnes magras;
- peixes;
- castanhas;
- frutas frescas;
- gorduras saudáveis.
Priorizar o sono
Uma boa noite de sono, que seja de fato reparador, é fundamental para os cuidados com a saúde mental.
A privação de sono, ou quando ele é interrompido, faz com que nosso corpo produza hormônios relacionados com estresse, bem como não chegamos a estágios do sono que são fundamentais para nossa saúde e qualidade de vida.
Por exemplo, é durante o sono REM que temos processos que ajudam a melhorar aprendizado, memória e ter uma melhor saúde emocional. Ou seja, temos uma maior regulação emocional a partir de um sono reparador.
Evitar relacionamentos tóxicos
Relações tóxicas geralmente são marcadas pela agressividade, inveja, sentimento de posse, competição, desrespeito, e podem acontecer não só em uma relação amorosa, mas também em uma relação de amizade, familiar ou com colegas de trabalho.
Quando nos sentimos desconfortáveis em uma relação com outra pessoa é preciso parar e analisar o que está acontecendo. Só assim será possível tomar a atitude necessária para evitar que se torne algo tóxico.
Em muitas ocasiões, as pessoas que estão imersas em relacionamentos amorosos tóxicos não conseguem perceber que estão vivendo em situações de abuso.
Pode parecer incomum para uma pessoa querer estar em um relacionamento tóxico, mas isso acontece e é muito comum. Isso se deve a uma série de causas que vão desde problemas de autoestima, dependência, traumas, insegurança, medo, entre outros.
Algumas maneiras simples de evitar se envolver em relacionamentos tóxicos são:
Sinta-se confortável em ficar sozinho: Muitas pessoas se contentam com relacionamentos péssimos porque temem ser solteiras. As mulheres são especialmente propensas a sentir esse estigma quando não fazem parte de um casal.
Não aceite menos do que você merece: Quando você compromete muitos dos valores importantes para você, esses relacionamentos geralmente falham.
Selecione um parceiro que fale sobre o futuro de vocês juntos: Se ele ou ela disser “Não estou pronto para um compromisso”, leve-o a sério – eles simplesmente não querem. Não perca seu tempo com um relacionamento que não tem futuro.
Buscar atividades de relaxamento mental
Um estudo de 2017 da International Stress Management Association (Isma – Brasil) mostra que o Brasil é o segundo país com pessoas mais estressadas do mundo. Perdemos apenas para os japoneses.
E, segundo dados do Ministério da Saúde, o estresse é o quarto maior fator de risco do infarto, doença que já fez 17,5 milhões de vítimas em todo o mundo.
Uma solução que pode auxiliar no controle do estresse é realizar técnicas de relaxamento simples e rápidas ao longo dia – seja no trabalho, no transporte público, no intervalo entre uma aula e outra e até durante um congestionamento.
Para acalmar a mente agitada, existem várias técnicas de relaxamento como fazer meditação, praticar regularmente exercício físico, fazer uma alimentação saudável, ouvir música relaxante ou mesmo usar remédios naturais, que podem também ajudar a dormir melhor.
Assim, além de cuidar do físico, você pode proteger a sua saúde mental e garantir que terá tranquilidade para curtir os momentos de folga ao lado de familiares e amigos.
Confira abaixo algumas atividades que ajudam seus praticantes a relaxar profundamente:
- Yoga: Entre as atividades físicas que relaxam, a yoga é uma das opções mais completas. Essa prática trabalha o corpo todo por meio de diferentes posturas, promovendo força, flexibilidade e relaxamento.
- Pilates: Paciência, relaxamento, alongamento, boa postura, tonificação muscular e coordenação motora: além de todas essas vantagens, a prática de pilates melhora a concentração, gerando benefícios que podem trazer mudanças em toda a sua rotina.
- Meditação: A meditação pode deixar a pessoa mais calma, e pode ser praticada em qualquer lugar ou em qualquer momento. Durante a meditação, a concentração aumenta, e são eliminados alguns pensamentos confusos que podem estar na origem do estresse, promovendo um maior bem-estar físico e emocional, devolvendo equilíbrio e paz interior.
Reservar tempo para o lazer
Lazer não é merecimento: é necessidade para seu corpo e mente. Muitas vezes vemos essa parte do dia como algo que só podemos ter ao terminarmos todas as nossas obrigações. Só que isso é um direito e você precisa assumi-lo no dia a dia.
O lazer proporciona geração de hormônios fundamentais para o bem-estar e felicidade, como a serotonina, dopamina e endorfina.
Além disso, nós passamos a ter uma vinculação emocional e afetiva com algumas práticas e, assim, também trazer maior bem-estar e, com isso, pode ajudar a reduzir as chances de desenvolvimento de alguns quadros.
Autoconhecimento
O processo terapêutico é um dos grandes aliados para a saúde mental, principalmente, por trazer, junto com alguns cuidados e auxílios para lidar com algumas situações, o autoconhecimento.
Ele é importante, justamente, para entender seus ciclos, como você lida com algumas situações e, assim, buscar formas de trazer melhor qualidade de vida.
Um exemplo: quando você entende que é um workaholic, e que leva as questões do trabalho com maior estresse, sabe que uma mudança de perspectiva nisso também é importante para evitar uma segunda crise de burnout (caso tenha tido a primeira).
A meditação, por exemplo, pode ser uma grande aliada para este momento. E com o auxílio da Cannabis Medicinal, ela pode ser ainda mais potencializada.
Permita-se sentir
Infelizmente algumas pessoas encaram o sentir, principalmente emoções negativas, como algo ruim e tendem a reprimir. Mas tal como uma bola empurrada para o fundo da piscina, essas questões voltam – e com força.
Raiva, chateação, tristeza, são todas emoções instrumentais e importantes para nós. Sentir elas não é um problema. Daí o autoconhecimento, que listamos antes, ajuda bastante nisso.
Afinal, entender as razões pelas quais determinadas situações mexem com a gente e nos deixam, por exemplo, ansiosos (no sentido de emoção), é uma forma de saber lidar melhor com isso. Mas só vamos entender essas emoções se nos permitirmos sentir.
Conviva e socialize com pessoas queridas
O aumento nos problemas de saúde mental durante a pandemia surgiu, justamente, porque há uma redução do convívio social. Nós, seres humanos, somos seres biopsicossociais e, assim, a socialização tem um papel importante.
É com isso que sentimos acolhimento, dividimos nossos problemas, reconhecemos a situação do outro, encontramos apoio, rimos, nos divertimos, e podemos desenvolver a sensação de pertencimento. Todas essas questões ajudam em uma maior saúde mental e emocional.
Como cuidar da saúde mental na pandemia?
A pandemia ainda não acabou e, portanto, precisamos de alguns cuidados importantes ainda nesta fase. Separamos algumas dicas a seguir:
- se ainda está isolado, busque seu lazer aprendendo novas habilidades que podem ser feitas em casa;
- socialize com seus amigos e familiares, mesmo que à distância;
- evite ficar extremamente focado no trabalho;
- cuide da sua alimentação;
- faça exercícios físicos, mesmo que em casa. 15 minutos de alongamentos diários podem ajudar muito nisso;
- Faça acompanhamento com profissionais de saúde mental se sentir que está começando a ter problemas.
Atividades para cuidar da saúde mental
Algumas atividades podem ser muito interessantes para cuidar da sua saúde mental, seja por trazer um novo lazer, ajudar na socialização, promover qualidade de vida ou, ainda, fazer com que possa se sentir mais tranquilo e feliz. Algumas dicas são:
- pratique esportes coletivos;
- faça cursos novos;
- aprenda a cozinhar algo novo (por exemplo, faça cursos de confeitaria);
- participe de um grupo de leitura;
- aprenda a tocar um novo instrumento, entre outros.
A sua mente pode adoecer?
Tal como a parte física, seu corpo também pode adoecer. Mas como isso acontece? Neste caso, uma série de situações podem nos levar a interferir na saúde mental. Vejamos os principais pontos a seguir.
Situações que interferem na saúde mental
Separamos a seguir as principais situações que podem causar problemas para saúde mental:
- separações abruptas e percepções de abandono;
- estresse contínuo com o trabalho ou outras situações;
- privação de sono;
- agressividade constante;
- luto inesperado;
- medo de situações novas e que eram inesperadas (por exemplo, a descoberta de um câncer);
- preocupações excessivas, entre outros.
Contudo, temos quadros de saúde mental que podem surgir sem um gatilho externo específico (por exemplo, a esquizofrenia).
Ou, ainda, pode ser um somatório de situações (por exemplo, todo um histórico de vida pode levar a um quadro de depressão crônica).
Como identificar que estou com problemas?
Mas como perceber que há, de fato, problemas que merecem atenção? Alguns sintomas são:
- oscilações de humor constantes;
- pessoa começa a se isolar;
- mudança de hábitos abruptas;
- pessoa está constantemente cansada;
- perda de esperança;
- perda de memória;
- insônia e outros distúrbios do sono (nós, inclusive, já falamos sobre isso em uma live imperdível sobre o assunto, confira!);
- alucinações e comportamentos paranoides;
- angústia constante, entre outros.
Cada quadro de saúde mental terá seus sintomas específicos. Mas se você começar a notar que há mudanças que merecem atenção, busque ajuda o quanto antes.
Como recuperar a saúde mental?
Um problema de saúde mental não precisa ser uma condenação. É possível, assim, conseguir recuperá-la por meio de um tratamento multidisciplinar, envolvendo diversos profissionais que podem ajudá-lo nisso.
O primeiro passo é procurar um especialista em saúde mental. Normalmente o tratamento é feito de forma conjunta entre terapeutas da área de saúde (como psicólogos e psicanalistas) e médicos (como psiquiatras).
A partir da conversa e identificação dos problemas existentes, ambos poderão fazer tratamentos complementares para recuperar sua saúde mental. Mas, em alguns casos, pode-se considerar ainda outras ações para isso, tais como:
- verificar se há algum tipo de deficiência nutricional, que pode potencializar algumas questões;
- tratar dependências e vícios, caso existam;
- mudar ambientes que possam ser causadores dos problemas (por exemplo, se é o atual ritmo de trabalho que está levando ao burnout e não é possível modificá-lo, pode ser interessante, dentro do possível, trocar de emprego), entre outros.
Como cuidar da saúde mental com a Cannabis Medicinal?
Os cuidados com saúde mental, muitas vezes, podem ser complementados com substâncias que auxiliam em maior equilíbrio bioquímico.
E a Cannabis Medicinal pode ser sua grande aliada para isso (como conversamos sobre nessa live imperdível e, também, nessa outra conversa sobre o assunto).
Algumas das pesquisas mais recentes evidenciam essa correlação, como apontaremos a seguir.
- Pesquisa publicada na Neurotherapeutics aponta que o Canabidiol é um tratamento em potencial importante para desordens de ansiedade. O estudo contou com o uso oral entre 300mg e 600mg de CBD e auxiliou a reduzir ansiedade em pacientes com Transtorno de Ansiedade Generalizada;
- CBD pode ajudar na disponibilidade de serotonina, auxiliando tanto nos quadros de depressão quanto demais desordens que estejam ligadas com essa substância, permitindo que ela esteja em maior concentração no organismo;
- o canabidiol auxilia em promover sono de qualidade, um dos pontos que ajuda, justamente, para prevenir questões de saúde mental;
- a ansiedade social (que surge quando a pessoa precisa estar em situações sociais, como apresentar um trabalho ou falar em frente a outras pessoas) pode ser aliviada com o uso de CBD;
- Canabidiol induz uma resposta rápida aos tratamentos antidepressivos, bem como os sustenta ao longo do tempo, oferecendo uma resposta melhor do que antidepressivos tradicionais – é o que afirma estudo publicado na Molecular Neurobiology;
- Pesquisa lançada na The Lancet, uma das mais prestigiadas do mundo no que diz respeito às pesquisas científicas, mostra, por meio de uma revisão bibliográfica, como os diversos estudos apontam os benefícios dos canabinoides para tratamento de desordens mentais.
Caso você não se sinta seguro em relação ao uso da Cannabis Medicinal nos cuidados de saúde mental, nós indicamos uma live imperdível na qual falamos sobre os mitos e verdades sobre o uso da Cannabis na psiquiatria.
Por isso pode ser importante para você que foi diagnosticado com algum desses quadros, caso não esteja conseguindo o retorno esperado com os medicamentos tradicionais ou queira tentar essa abordagem, passar pela avaliação com um médico prescritor.
Ele será responsável por avaliar a sua condição mental no momento, quais foram as abordagens já realizadas e indicar os melhores canabinóides e concentrações caso a caso.
Por isso, escolher um profissional de confiança e que realize essa abordagem é fundamental.
Efeitos do CBD e do THC que ajudam a cuidar da saúde mental
A cannabis pode ser positiva no cuidado da saúde mental, porque o CBD atua no sistema endocanabinoide existente no organismo humano.
Ele é responsável por manter a homeostase, ou seja, atua no equilíbrio do corpo, para que este desempenhe suas funções corretamente.
Pesquisas mostram que, ao interagir com o sistema, o CBD pode ativar receptores de serotonina, causando no organismo um efeito relaxante e até sonolência.
Entenda como a Cannabis & Saúde pode te auxiliar
Sabemos que muitas pessoas podem ter dificuldades em encontrar um médico prescritor de Cannabis Medicinal para cuidar da saúde mental.
E nós da Cannabis & Saúde queremos ajudá-lo nisso (aproveite e leia nosso e-book sobre o assunto). Aqui temos uma lista de profissionais confiáveis e especializados em saúde mental.
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Como conseguir remédios à base de Cannabis medicinal para cuidar da saúde mental?
A maioria das pessoas que estão em busca de tratamento à base de Cannabis Medicinal não sabe muito bem como fazê-lo.
Embora já existam estudos comprovando a sua importância no tratamento de diversas doenças, ainda há uma resistência para a aplicação deste método no Brasil.
Pesquisas apontam que a falta de conhecimento é uma dessas motivações. Isso faz com que menos de 1% dos médicos no país já tenha feito algum tipo de prescrição de tratamento à base de cannabis.
Por isso, nós do Portal Cannabis & Saúde preparamos uma plataforma completa de conexão entre pacientes e médicos prescritores de terapia canabinoide.
Nesse sentido, você pode buscar por médicos de acordo com a sua região, especialidade requerida ou até com o plano de saúde que você utiliza.
Dessa forma, é possível verificar qual a condição que se adequa mais para o seu atendimento.
Além disso, você pode optar por médicos que ofereçam as consultas presenciais ou por telemedicina.
Conclusão
Na atualidade, muitas pessoas acreditam que a sua saúde mental está em risco. Isso porque encontramos muitos empecilhos e desafios em nosso cotidiano, os quais nem sempre conseguimos resolver facilmente.
No Brasil, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 86% da população sofre de algum tipo de transtorno mental, como fobias, depressão, transtornos de ansiedade e personalidade, entre outros.
Por isso, cuidar da saúde mental é fundamental para manter uma boa qualidade de vida e se manter saudável e feliz.
Se estiver com dificuldades em lidar com as suas emoções, com a realidade desse momento ou com frustrações, procure uma ajuda profissional.
Existem diferentes alternativas de profissionais e serviços que podem lhe auxiliar a cuidar da saúde mental.
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