As dores de cabeça são um dos problemas de saúde mais frequentes em nosso cotidiano. Embora muitas vezes inofensivas, elas frequentemente levam ao uso de um remédio para cefaleia para aliviar o desconforto.
Algumas pessoas sofrem de cefaleias persistentes, que podem aparecer repetidamente e durar por um dia inteiro ou até por vários dias consecutivos. Já outras enfrentam crises rápidas, mas intensas e debilitantes.
Essas diferentes manifestações de dor de cabeça são classificadas sob o termo “cefaleia”.
Seja uma dor de cabeça esporádica ou uma enxaqueca mais severa, é preciso tomar medidas preventivas para que o problema não interfira na rotina diária, no desempenho no trabalho ou no humor.
Para aliviar os sintomas, existem vários tipos de remédio para cefaleia disponíveis no mercado, que ajudam a restaurar a normalidade e permitir a execução das atividades diárias de maneira mais eficiente.
Contudo, alguns desses medicamentos podem causar efeitos colaterais, especialmente em certos grupos de risco ou condições médicas específicas.
Por isso, a indústria farmacêutica tem se dedicado ao desenvolvimento de novos tipos de remédio para cefaleia, com o objetivo de minimizar esses efeitos adversos e complementar os tratamentos já existentes.
Se você deseja entender mais a respeito das inovações nos remédios para cefaleia, continue acompanhando o conteúdo abaixo, onde você aprenderá sobre:
- O que é cefaleia?
- Quais são as possíveis causas da cefaleia?
- Sintomas mais comuns da dor de cabeça
- Como é o diagnóstico da cefaleia?
- Existe tratamento para dor de cabeça?
- Como funciona um remédio para cefaleia?
- Quais são os remédios para cefaleia mais usados?
- Em quais casos os remédios para cefaleia são contraindicados?
- Cuidados com remédio para cefaleia
- Existem alternativas ao remédio para cefaleia no tratamento da dor?
- Cannabis pode ser usada como remédio auxiliar para a cefaleia?
O que é cefaleia?
A cefaleia é um termo usado para descrever qualquer tipo de dor localizada na região da cabeça. Embora muitos associem diretamente à enxaqueca, há diversos tipos de cefaleias, cada uma com causas e características distintas.
Os principais tipos de cefaleia podem ser classificados em duas categorias: primárias e secundárias. As primárias são aquelas em que a dor de cabeça é o próprio distúrbio, sem estar associada a outra condição médica, e incluem:
- Cefaleia tensional: A mais comum, caracterizada por uma dor leve a moderada, descrita como uma sensação de pressão ou aperto em ambos os lados da cabeça. Está relacionada ao estresse, fadiga ou tensão muscular.
- Enxaqueca: Provoca dor intensa, geralmente pulsátil, e afeta um dos lados da cabeça. Pode vir acompanhada de náuseas, sensibilidade à luz e sons, além de aura (sintomas visuais ou sensoriais que precedem a dor).
- Cefaleia em salvas: É uma forma rara, mas extremamente dolorosa. A dor é intensa, concentrada ao redor de um dos olhos, e ocorre em grupos (salvas) ao longo de semanas ou meses, seguidas por períodos de remissão.
Já as secundárias são causadas por uma condição subjacente, como doenças ou lesões, abrangendo:
- Cefaleia sinusal: Resulta de inflamações ou infecções dos seios da face, causando uma dor constante e pressão no rosto e na testa.
- Cefaleia pós-trauma: Surge após um trauma craniano ou concussão, podendo variar em intensidade e duração.
- Cefaleia medicamentosa: Ocorre em indivíduos que tomam analgésicos em excesso, levando a uma dor de cabeça de rebote quando o efeito da medicação passa.
Cada tipo tem suas próprias características e mecanismos, exigindo diferentes tipos de remédio para cefaleia.
Onde ocorre a crise de cefaleia?
Para entender melhor como e onde ocorre uma cefaleia, precisamos examinar o que está envolvido no processo resultante da dor. A dor de cabeça não provém diretamente do cérebro, pois ele próprio não possui receptores de dor.
Em vez disso, a cefaleia surge de estímulos nocivos em estruturas próximas, como os vasos sanguíneos, músculos, meninges (as membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal) e nervos cranianos.
Quando esses componentes são irritados, inflamados ou tensionados, sinais de dor são transmitidos ao cérebro, que os interpreta como uma cefaleia.
Os fatores desencadeantes podem variar muito. Por exemplo, no caso da cefaleia tensional, a mais comum, a dor geralmente está associada à tensão muscular.
Estresse, má postura, e até ansiedade podem provocar uma contração nos músculos do pescoço e ombros, irradiando dor para a cabeça. Já nas cefaleias vasculares, como a enxaqueca, há alterações vasculares e neurais.
Alterações nos vasos sanguíneos, como sua dilatação ou constrição, e a liberação de substâncias inflamatórias também estão envolvidos.
No caso das enxaquecas, por exemplo, acredita-se que uma hiperexcitabilidade cortical possa desencadear uma “onda de depressão cortical propagada”.
Essa onda pode desestabilizar a função neural e vascular, resultando nos diversos sintomas de uma crise de enxaqueca.
Quais são as possíveis causas da cefaleia?
As principais causas da cefaleia estão ligadas a questões de saúde mental. Nesse sentido, fatores como o estresse excessivo, bem como crises de ansiedade, podem desencadeá-la facilmente.
Porém, alguns hábitos também devem ser desencorajados de modo a evitar as crises de cefaleia ou ao menos diminuí-las. Entre os quais, estão:
- Hábito de fumar: Não é novidade que o uso de tabaco traz problemas de saúde. No caso das cefaleias, a nicotina leva a crises de enxaqueca ao fazer com que os vasos sanguíneos se contraiam fazendo o cérebro entender que há algo fora de conformidade.
- Consumo excessivo de cafeína: O consumo excessivo de café ou substâncias que contenham cafeína na composição pode gerar crises de cefaleia. Quando isso vira um hábito, a cafeína promove uma ação estimulante no sistema nervoso, predispondo o órgão para a próxima dor.
- Problemas para dormir: Muitas pessoas enfrentam cefaleia devido aos distúrbios de sono. Ao não ter uma boa qualidade de sono, o cérebro fica em estado de alerta por muito tempo. Por isso, há uma alteração na atividade cerebral, fazendo com que os sintomas da cefaleia apareçam.
- Problemas oftálmicos: Se você tem problemas visuais e não usa seus óculos ou lentes corretivas com frequência, pode já ter sentido dores de cabeça frequentes. Isso acontece porque o nosso cérebro tenta corrigir a imagem distorcida, o que leva a um esforço maior que o necessário.
- Jejum por longos períodos: Quando estamos em jejum, nossos corpos podem ter uma absorção menor do que o necessário com relação aos nutrientes, fazendo com que os órgãos nem sempre funcionem da forma que deveriam, especialmente o cérebro.
Outras causas comuns para a enxaqueca
A cefaleia pode ser desencadeada por diversos fatores, como os que abordamos acima. No entanto, também existem algumas causas menos discutidas, mas que podem ter um impacto direto no início das crises:
- Cheiros fortes: Aromas intensos, como perfumes, produtos de limpeza ou fumaça de cigarro, podem ser gatilhos para muitas pessoas. Esses cheiros podem causar irritação nas vias respiratórias ou estimular o sistema nervoso, levando a uma dor de cabeça.
- Som alto: Ambientes barulhentos e a exposição prolongada a sons altos, como música alta ou ruídos urbanos, podem provocar cefaleias tensionais. O estresse auditivo gera contração dos músculos da cabeça e pescoço, resultando em dor.
- Abuso de álcool: O consumo excessivo de álcool não apenas desidrata o corpo, como também provoca uma série de reações químicas que levam à dor de cabeça. A ressaca é acompanhada de cefaleias intensas, resultado da desidratação, inflamação e efeitos no sistema nervoso.
- Condições mentais: Ansiedade e depressão podem estar ligadas à cefaleia. A tensão emocional pode se manifestar fisicamente, levando a dores de cabeça tensionais. Alteração dos padrões de sono e a produção de hormônios do estresse também estão envolvidos.
- Estresse prolongado: A pressão constante no trabalho ou em situações pessoais resulta em dores de cabeça frequentes, que muitas vezes se intensificam em períodos de alta pressão.
Sintomas mais comuns da dor de cabeça
A cefaleia é uma condição comum que pode se manifestar de diversas formas. É por isso que os sintomas frequentemente variam para cada tipo de dor de cabeça.
Para melhor compreensão, vamos explorar alguns dos sintomas mais característicos:
- Sensação de pressão ou aperto ao redor da cabeça, como se estivesse usando um capacete apertado;
- Dor leve a moderada, geralmente bilateral (em ambos os lados da cabeça);
- Tensão nos músculos do pescoço e ombros;
- Dor pulsátil, frequentemente unilateral (de um lado da cabeça);
- Náuseas e vômitos;
- Hipersensibilidade à luz (fotofobia) e ao som (fonofobia);
- Visão embaçada ou distorcida;
- Flashes de luz;
- Formigamento nas extremidades;
- Dor intensa e aguda, frequentemente descrita como uma facada;
- Lacrimejamento no olho afetado;
- Congestão ou corrimento nasal;
- Sudorese na face ou na região afetada;
- Dor ao redor dos seios paranasais (testa, bochechas, nariz);
- Pressão e sensação de plenitude na face;
- Febre (em alguns casos).
Como é o diagnóstico da cefaleia?
A cefaleia pode ser normalmente identificada pelo próprio paciente ao sentir os incômodos na cabeça em casa.
Se você tem crises de vez em quando, é interessante guardar algum remédio para cefaleia prescrito pelo médico em casa, numa caixinha de “primeiros socorros”.
No entanto, se a cefaleia se apresenta de forma constante e insuportável, aumentando sua intensidade com o passar do tempo, é importante buscar auxílio profissional de forma contínua.
Através de uma anamnese, o médico deverá diagnosticar as causas da cefaleia e, em seguida, buscar o tratamento mais adequado.
Existe tratamento para dor de cabeça?
Existem diversos tipos de remédio para cefaleia que vão além dos analgésicos convencionais.
Um deles é a terapia cognitivo-comportamental (TCC), que ajuda a identificar gatilhos e a desenvolver estratégias de enfrentamento, tornando-se uma opção eficaz para muitas pessoas.
Além disso, técnicas de relaxamento, como meditação e yoga, têm mostrado resultados promissores na redução da frequência e da intensidade das dores.
A acupuntura também é uma alternativa a ser considerada em casos de crises crônicas; estudos indicam que ela pode ajudar a aliviar dores de cabeça tensionais e enxaquecas ao estimular pontos específicos do corpo.
Ajustes na dieta e a hidratação adequada também são úteis. Nutrientes como magnésio e ômega-3 têm sido associados à diminuição das crises.
No entanto, ao considerar opções de tratamento para dor de cabeça, é preciso personalizar a abordagem, buscando o que funciona melhor para cada um.
Como funciona um remédio para cefaleia?
Felizmente, a farmacologia moderna oferece uma série de remédios na batalha contra a cefaleia. Muitas vezes, eles são classificados em duas categorias principais: abortivos e preventivos.
Os abortivos, como os analgésicos comuns (ibuprofeno, paracetamol) e os triptanos, são usados para aliviar a dor uma vez que uma crise já começou.
Por outro lado, os medicamentos preventivos, como os betabloqueadores e os antidepressivos tricíclicos, são tomados diariamente para reduzir a frequência e a intensidade das crises.
Esses remédios atuam alterando a química cerebral e estabilizando as células nervosas, prevenindo assim a ativação das vias de dor.
É interessante que cada paciente consulte um médico para encontrar o tratamento mais adequado, já que a eficácia dos medicamentos pode variar dependendo de fatores como o tipo de cefaleia.
Quais são os remédios para cefaleia mais usados?
Entre os tipos de remédio para cefaleia mais utilizados estão o paracetamol, frequentemente a primeira escolha para dores leves a moderadas, e o ibuprofeno, um anti-inflamatório não esteroidal (AINE) que também ajuda a aliviar a inflamação.
Os triptanos, como sumatriptano e rizatriptano, são indicados no tratamento de enxaquecas, aliviando rapidamente os sintomas ao agir nos receptores de serotonina.
Para casos de enxaqueca com dor intensa, medicamentos combinados, como a acetaminofeno com cafeína, são normalmente prescritos.
As ergotaminas, como a ergotamina e a dihidroergotamina, são alternativas para enxaquecas crônicas, enquanto os antieméticos, como metoclopramida, ajudam a controlar náuseas associadas à dor.
Em casos de cefaleia tensional, relaxantes musculares e antidepressivos tricíclicos, como amitriptilina, podem ser indicados para prevenir crises.
Os corticosteroides, como a prednisona, são usados em situações mais severas, como cefaleias secundárias.
Ou seja, a escolha é vasta e o tratamento depende exclusivamente do tipo e intensidade da dor.
Remédio para cefaleia: Principais alternativas e cuidados
Os medicamentos utilizados para o tratamento da cefaleia apresentam várias contraindicações.
Entre as mais conhecidas está a recomendação de evitar o uso de remédios com paracetamol e ibuprofeno em casos suspeitos ou confirmados de dengue.
Contudo, há outras contraindicações para analgésicos comumente usados no alívio da dor de cabeça:
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Contraindicações do Ibuprofeno
Este medicamento não é recomendado para pessoas com histórico de úlceras gastrointestinais, gestantes com mais de seis meses de gravidez ou crianças menores de 12 anos.
Além do mais, indivíduos alérgicos ao ácido acetilsalicílico ou a anti-inflamatórios não esteroidais devem evitar seu uso. Pacientes com suspeita de dengue também devem abster-se de tomar ibuprofeno.
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Contraindicações do Paracetamol
O paracetamol deve ser evitado por pessoas com problemas renais ou hepáticos, alcoólatras, pacientes imunossuprimidos ou com AIDS.
Seu uso também é contraindicado em casos suspeitos de dengue, sendo necessário buscar alternativas para o alívio da dor de cabeça nessas situações.
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Contraindicações da Dipirona
De acordo com a bula, a dipirona não deve ser usada por pessoas que apresentem hipersensibilidade a componentes como dipirona sódica, propifenazona, fenazona, fenilbutazona, oxifembutazona ou qualquer outro componente da fórmula.
Seu uso é desencorajado em pacientes com doenças hepáticas crônicas, asma induzida por analgésicos ou intolerância a analgésicos. Crianças com menos de três meses de idade ou pesando menos de 5 kg também não devem utilizar.
Gestantes devem evitar a dipirona tanto nos primeiros três meses quanto nos três últimos meses de gravidez. Do mesmo modo, é contraindicado amamentar nas 48 horas após a ingestão de dipirona sódica.
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Contraindicações da Aspirina
Conforme informado na bula do medicamento, a aspirina não deve ser utilizada por pacientes que apresentem inflamações, úlceras ou doenças do trato gastrointestinal, como colite ulcerativa, síndrome do intestino irritável ou doença de Crohn.
O medicamento ainda é contraindicado para pessoas com comprometimentos graves nos rins, no fígado ou que sofram de insuficiência cardíaca.
Tal como o ibuprofeno, seu uso deve ser evitado por gestantes no último trimestre de gravidez.
Quanto às interações medicamentosas, a aspirina não é recomendada para indivíduos que estejam fazendo uso de metotrexato em doses superiores a 15 mg, substância prescrita para pacientes em tratamento contra o câncer.
Pessoas alérgicas ao ácido acetilsalicílico ou a outros medicamentos similares também devem evitar a aspirina como opção para aliviar dores de cabeça.
Cuidados com Medicamentos para Cefaleia
Quando a dor de cabeça chega, a primeira coisa que pensamos é em tomar algum remédio, mas é preciso cautela para não transformar uma solução em um problema. Afinal, quem nunca exagerou nas doses para acelerar o alívio?
O primeiro cuidado é respeitar o intervalo entre as doses. Cada medicamento tem seu ritmo e tomar uma pílula a cada dorzinha pode levar à famosa cefaleia de rebote, aquela que aparece justamente por excesso de analgésicos.
Outro ponto é nunca tomar medicamentos com o estômago vazio, principalmente os anti-inflamatórios. Eles podem irritar a mucosa gástrica e causar uma dor que vai muito além da cabeça!
E não esqueça: consulte sempre um médico antes de recorrer aos remédios com frequência. O que funciona para a enxaqueca de um amigo pode ser um desastre para você.
Ah, e cuidado com a automedicação. Algumas dores de cabeça têm causas mais complexas e, nesses casos, mascarar os sintomas pode atrasar um diagnóstico importante.
Por fim, observe os ingredientes: remédios que contêm cafeína, por exemplo, podem gerar efeitos indesejados se você já consome café em excesso.
O remédio para cefaleia pode causar dependência?
Quando falamos de dependência, a maioria das opções de remédio para cefaleia, como o paracetamol ou ibuprofeno, não gera dependência química no sentido tradicional, como acontece com substâncias mais pesadas.
Porém, se você toma esse tipo de remédio frequentemente, pode se acostumar com a dose. E o que acontece? A dor de cabeça pode voltar, mais forte.
Esse fenômeno é conhecido como cefaleia de rebote. É quase como um ciclo vicioso: a dor te faz tomar o remédio, mas o uso constante pode fazer com que o remédio comece a te causar a dor!
Por isso, é sempre uma boa ideia consultar um médico e não deixar a automedicação se tornar parte da rotina. Afinal, você merece mais que um alívio temporário!
Existem alternativas ao remédio para cefaleia no tratamento da dor?
Conforme mencionado, os medicamentos mais comuns para a cefaleia costumam ser eficazes em grande parte dos casos.
No entanto, existem grupos específicos de pessoas para os quais o uso desses remédios deve ser evitado ou contraindicado, conforme orientações dos fabricantes.
Para esses pacientes, é necessário buscar alternativas que envolvam outros princípios ativos.
Por exemplo, indivíduos com doenças hepáticas ou renais frequentemente encontram restrições ao uso de medicamentos convencionais para dores de cabeça, o que reduz as opções disponíveis.
Uma possível solução para esses casos é o uso de substâncias derivadas da Cannabis, cujo uso medicinal é legalizado no Brasil.
Diversos estudos ao redor do mundo têm demonstrado os benefícios dessas substâncias no tratamento da cefaleia.
Cannabis pode ser usada como remédio auxiliar para a cefaleia?
A Cannabis medicinal não é uma estranha nos debates sobre saúde e bem-estar. Por muito tempo, ela foi colocada no banco dos réus, mas agora está virando o jogo e conquistando o seu espaço como uma aliada terapêutica.
Você já tentou de tudo para tratar sua cefaleia, desde os analgésicos tradicionais até um café bem forte, mas nada parece funcionar. É aí que a Cannabis entra em cena, e com possíveis benefícios surpreendentes.
Para entender por que a Cannabis tem chamado atenção como remédio auxiliar para cefaleia, precisamos conhecer seus principais compostos: o THC e o CBD.
O THC, apesar de possuir efeitos psicoativos, também possui propriedades analgésicas. Já o CBD, que não tem esse efeito, mas tem uma função anti-inflamatória e de relaxante muscular.
A chave está no sistema endocanabinoide (SEC) do corpo humano, um conjunto de receptores e neurotransmissores que regula diversas funções fisiológicas, incluindo a dor.
Tanto o THC quanto o CBD interagem com esses receptores, mas de formas diferentes. O THC se liga aos receptores CB1 no cérebro, impactando a percepção da dor e reduzindo sua intensidade.
Por outro lado, o CBD atua de maneira indireta, modulando a resposta do corpo ao estresse e à inflamação, dois fatores importantes no desencadeamento das cefaleias.
Estudos preliminares apontam que o uso medicinal da Cannabis pode reduzir a frequência e a intensidade das cefaleias, especialmente daquelas de caráter crônico, como as enxaquecas.
E o mais interessante? Pessoas que não respondem a medicamentos convencionais estão descobrindo um caminho com a Cannabis. Mas, embora a Cannabis tenha potencial, seu uso precisa ser feito com orientação médica.
Então, se você está pensando em adicionar Cannabis ao seu arsenal contra cefaleias, converse com um profissional de saúde a respeito desta terapia.
Estudos que apontam benefícios da Cannabis para cefaleia
Um estudo de 2022 investigou a influência do sistema endocanabinoide em diversas funções biológicas, destacando a modulação desse sistema como uma possível abordagem terapêutica para distúrbios como enxaqueca.
Os pesquisadores observaram que a disfunção no SEC pode estar ligada à enxaqueca. Assim, fitocanabinoides (derivados da Cannabis) e canabinoides sintéticos foram testados como tratamentos potenciais.
Nesta revisão, estudos clínicos e pré-clínicos foram avaliados para entender melhor como o SEC influencia a enxaqueca.
Por exemplo, um estudo incluído na análise demonstrou que a Anandamida (AEA), um endocanabinoide, reduz a excitabilidade do sistema trigeminovascular em modelos de enxaqueca induzidos por nitroglicerina.
Isso significa que a AEA pode ter um efeito protetor contra a enxaqueca, diminuindo a sensibilidade do sistema nervoso envolvido na dor.
Outro foco dos estudos foi sobre a FAAH (uma enzima que quebra os endocanabinoides) e a MAGL, que regula a atividade do SEC.
A inibição dessas enzimas pode aumentar os níveis de endocanabinoides, trazendo alívio. Em mulheres com enxaqueca, houve um aumento na atividade da FAAH e EMT, o que resultou em níveis mais baixos de AEA.
Além disso, níveis reduzidos de AEA e 2-AG (outro endocanabinoide) foram observados em pacientes com enxaqueca crônica, especialmente em mulheres.
Esses resultados apontam para uma ligação entre a disfunção do SEC e a enxaqueca, sugerindo que a manipulação desse sistema, por meio da Cannabis, pode ser útil no tratamento dessas condições, especialmente em casos crônicos.
Onde buscar ajuda para tratamento complementar à base de Cannabis Medicinal?
Atualmente, adquirir ou importar produtos canabinoides para uso medicinal é uma tarefa mais acessível do que já foi no passado.
Uma das principais exigências da Anvisa para esse tipo de tratamento é que o paciente tenha uma prescrição emitida por um profissional de saúde devidamente habilitado.
Em alguns casos, a cefaleia pode ser tratada de forma eficaz com medicamentos convencionais.
No entanto, há grupos de pacientes que necessitam de alternativas, seja por contraindicações ou por não responderem bem aos métodos convencionais.
Se você pertence a este grupo de pessoas, seja devido a efeitos adversos ou à falta de eficácia, a Cannabis medicinal pode ser uma opção legal, segura e viável.
No entanto, muitos médicos brasileiros ainda não têm conhecimento aprofundado sobre os benefícios dos canabinoides no tratamento da cefaleia.
Por essa razão, pode ser desafiador encontrar um profissional com experiência nesse tipo de terapia, exigindo uma busca mais criteriosa.
Mas, para facilitar esse processo, o portal Cannabis e Saúde criou uma plataforma de agendamento que conecta médicos prescritores de Cannabis com pacientes que buscam esse tipo de tratamento.
Nela, é possível marcar consultas com centenas de profissionais em todo o Brasil, filtrando-os por especialidade, patologia, atendimento por planos de saúde ou telemedicina.
Então, caso esteja interessado neste tipo de terapia, agende sua consulta clicando aqui e converse com um dos nossos parceiros!
Conclusão
Embora a cefaleia por si só não seja um problema grave, tratá-la da maneira correta é necessário para maior conforto do paciente.
Remédios mais comuns como o paracetamol, a dipirona, o ibuprofeno, entre outros, podem ter um bom nível de eficácia no combate das dores de cabeça, mas também apresentam contraindicações ou efeitos colaterais.
Por isso, para casos mais intensos de cefaleia e enxaqueca, a busca por uma abordagem alternativa/complementar ao que já se utiliza normalmente torna-se necessária.
E, como você viu, estudos demonstram que a Cannabis medicinal, por meio de suas substâncias, pode agir sobre mecanismos internos do nosso corpo para bloquear os efeitos da enxaqueca e da cefaleia.
Se você tem interesse em conhecer mais benefícios da Cannabis para cefaleia, continue aprendendo mais lendo outros artigos relevantes aqui no portal Cannabis e Saúde!