Por curiosidade, a psiquiatra Karoline Cornejo foi parar em um seminário sobre Cannabis e encontrou uma alternativa segura para os pacientes
Assim que deu início à especialização, a médica Karoline Cornejo teve certeza que havia feito a escolha certa. No Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, nem sentia que estava estudando. “Era muito prazeroso. Eu realmente encontrei minha vocação.”
Formada em 2013, não sabia ainda que sua prática como psiquiatra só estaria completa alguns anos depois. “Eu vi na televisão uma reportagem de uma criança com epilepsia refratária que só controlou as crises com o óleo de Cannabis”, lembra. “Achei interessante, mas eu não via muito uso para mim.”
Até que, em 2019, soube que um seminário sobre Cannabis medicinal seria realizado em sua cidade, o Rio de Janeiro, e, por curiosidade, decidiu participar. “Vi várias aulas, palestras e me animei a prescrever pela primeira vez”, conta. “Uma paciente autista, com muita agressividade, episódios de automutilação. Eu fiz a minha primeira prescrição e o resultado foi impressionante. Realmente muito positivo.”
Foi quando teve certeza que havia um mundo a ser explorado. “Eu fui atrás e comecei a fazer cursos para médicos prescritores. Fiz uma especialização americana e comecei a entrar de cabeça na Cannabis medicinal. Estou nessa até hoje, cada vez mais. Tentando em diagnósticos diferentes, não só em autismo, mas com adultos também e tendo bons resultados.”
Uma ferramenta terapêutica que tem sido fundamental no tratamento de diversos transtornos psiquiátricos, deficiência intelectual, Síndrome de Tourette, tiques, depressão, insônia e ansiedade. “Os efeitos colaterais da Cannabis são muito mais suaves, brandos, e afetam menos a vida do paciente.”
Mesmo com seus resultados clínicos, Conejo teve que lidar com questionamentos de seus colegas de profissão. “Inicialmente era visto com muito preconceito, risadinhas, até um certo deboche, mas a ciência prevalece”, afirma.
“O meio médico tem que se apoiar em ciência e os resultados são notáveis. É claro que é uma ciência ainda muito no início e em evolução, mas o meio médico tá abraçando é vorazmente a prescrição de Cannabis”, conta.
“Seus pacientes começam a ter mais benefícios do que antes. A maioria tem bons resultados com um menor perfil de efeitos colaterais que as medicações tradicionais.”
Ela acredita que é uma questão de tempo até a Cannabis medicinal ser amplamente aceita na sociedade. “Precisamos propagar a informação. Na época que eu me formei, não se falava nada sobre o sistema endocanabinoide”
“Eu sonho que nos próximos anos vai entrar na grade curricular da medicina”, finalizou. “É uma necessidade e acredito que com os estudos e as pesquisas ficando mais intensos, o ensino médico abrangendo o sistema do endocanabinoide, vai entrar mesmo no cotidiano clínico dos médicos.”
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