O mal de Parkinson é um dos distúrbios mais graves do sistema nervoso central, mas muitas pessoas diagnosticadas com essa condição estão melhorando a qualidade de suas vidas com o canabidiol.
Aproximadamente 1% da população mundial é afetada pelo Parkinson, com cerca de 200 mil casos no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
Esta condição afeta os movimentos do corpo, especialmente das mãos, causando tremores, dificuldades de movimento e rigidez muscular.
Geralmente, é mais comum em pessoas mais velhas, e quanto mais tarde for diagnosticado, mais rápido a doença pode progredir.
No entanto, há casos raros em que pessoas jovens também podem desenvolver a doença, como o famoso ator Michael J. Fox, que foi diagnosticado aos 29 anos.
Desde então, ele teve que ajustar sua rotina de trabalho e focar no tratamento para o Parkinson com canabidiol.
Se você quiser saber mais sobre como o Parkinson afeta o cérebro, o sistema nervoso e os tratamentos disponíveis, continue lendo!
Aqui, você aprenderá sobre:
- O que é a doença de Parkinson?
- Quais são as possíveis causas do mal de Parkinson?
- Fatores de risco para desenvolvimento de Parkinson
- Sintomas e sinais do mal de Parkinson
- Como o mal de Parkinson evolui? Conheça as fases da doença
- Como identificar a doença de Parkinson?
- Tratamentos para mal de Parkinson
- Canabidiol serve para Parkinson?
- Relatos de pacientes que usaram canabidiol para Parkinson
- Onde buscar ajuda para tratamento de canabidiol para Parkinson?
- Perguntas frequentes sobre a doença de Parkinson
O que é a doença de Parkinson?
A doença de Parkinson, também conhecida como mal de Parkinson, é um problema comum que afeta os idosos.
Ela causa tremores nas mãos, pernas ou no corpo todo, dificultando o equilíbrio e a realização de tarefas simples, como caminhar.
Essa doença é progressiva, o que significa que piora ao longo do tempo, podendo também levar a óbito.
Quando o Parkinson está em estágios mais avançados, além das dificuldades já citadas, há a presença de alterações cognitivas e comportamentais.
Dessa forma os pacientes se tornam mais agressivos e menos receptivos ao tratamento, por exemplo.
Há também o registro de problemas de sono, de autoestima e de memória, bem como fadiga em excesso e dificuldades em estabelecer comunicação por meio da fala.
Quais são as possíveis causas do mal de Parkinson?
O mal de Parkinson tem várias possíveis causas, muitas delas relacionadas às células nervosas do cérebro.
Esses neurônios são importantes para a produção e liberação de substâncias químicas no cérebro, como a adrenalina, o cortisol e a dopamina, cada uma com suas próprias funções.
À medida que envelhecemos, é natural que algumas dessas células nervosas morram e se decomponham. Isso significa que, com o tempo, temos menos neurônios.
Quando isso ocorre em áreas do cérebro que controlam o movimento, como no caso do Parkinson, a produção de dopamina diminui, causando os problemas de movimento característicos da doença.
Pessoas com Parkinson também costumam ter problemas na produção de norepinefrina, uma substância química que regula a frequência cardíaca e a pressão arterial.
Por isso, é possível que o paciente desenvolva problemas cardíacos e cardiovasculares associados à doença.
Também existem evidências de que o Parkinson possa ser hereditário, mas isso ainda não foi completamente comprovado cientificamente.
Em contrapartida, estudos até o momento sugerem que o Parkinson pode estar ligado a mutações genéticas específicas que não são herdadas dos pais.
Outros pesquisadores acreditam que o Parkinson resulta de uma combinação de fatores genéticos e ambientais, como a exposição a toxinas.
Fatores de risco para desenvolvimento de Parkinson
A maior parte dos fatores de risco ligados ao mal de Parkinson tem a ver com o avanço da idade do paciente.
Como dito anteriormente, embora haja casos em que o Parkinson se desenvolve em pacientes jovens, o mais comum é que o diagnóstico se dê em pacientes idosos.
Os homens são mais propensos a enfrentar a doença do que as mulheres.
A exposição a toxinas ou outros fatores ambientais aumenta ligeiramente o risco de desenvolver a doença de Parkinson.
Os cientistas também observaram várias mudanças no cérebro de pessoas com Parkinson, mas ainda não sabem ao certo o que causa essas alterações.
Essas mudanças incluem a formação de corpos de Lewy, que são aglomerados microscópicos de substâncias dentro das células cerebrais.
Embora haja diferentes componentes nos corpos de Lewy, a proteína alfa-sinucleína, também conhecida como a-sinucleína, é considerada a mais importante no desenvolvimento da doença.
Essa proteína é encontrada em uma forma agregada nos corpos de Lewy, que as células não conseguem decompor.
Os cientistas também detectaram a alfa-sinucleína agregada no líquido cerebrospinal de pessoas que mais tarde desenvolveram Parkinson, o que se tornou um ponto importante de pesquisa na área.
Por último, embora a hereditariedade não seja determinante para o desenvolvimento do Parkinson, há casos em que mais de uma pessoa na mesma família é afetada pela doença, indicando uma influência genética.
Sintomas e sinais do Mal de Parkinson
Os sintomas da doença de Parkinson variam de pessoa para pessoa, e muitas vezes passam despercebidos no início.
Geralmente, os sintomas começam em um lado do corpo e tendem a ser mais pronunciados nesse lado, mesmo que eventualmente afetem ambos os lados.
Os sintomas incluem:
- Tremor: Um tremor rítmico começa em um membro, como a mão ou os dedos, resultando em movimentos característicos. Esse tremor ocorre mesmo quando a mão está em repouso e pode diminuir durante algumas atividades.
- Movimento lento (Bradicinesia): Com o tempo, a doença diminui a velocidade dos movimentos, tornando tarefas simples mais difíceis e demoradas. Os passos ficam mais curtos ao andar, e levantar-se de uma cadeira pode ser desafiador. Arrastar ou arranhar os pés durante a caminhada também é comum.
- Rigidez muscular: A rigidez muscular costuma afetar qualquer parte do corpo, causando desconforto e limitando a amplitude de movimento. A postura pode se curvar, e quedas e desequilíbrios ocorrem devido à rigidez muscular causada pelo Parkinson.
- Perda de movimentos automáticos: Existe também uma diminuição na capacidade de realizar movimentos inconscientes, como piscar, sorrir ou balançar os braços durante a caminhada.
- Mudanças na fala: O paciente começa a conversar de forma mais baixa ou rápida, com hesitação antes de falar ou uma cadência mais monótona em comparação com os padrões normais de fala.
Como o mal de Parkinson evolui? Conheça as fases da doença
Para ajudar os pacientes com mal de Parkinson, seus familiares e médicos a entenderem em que estágio a doença se encontra, existe uma escala de avaliação chamada Escala de Hoehn & Yahr.
Essa escala é um instrumento importante porque estabelece critérios claros para avaliar o nível da doença e seu impacto na vida do paciente.
Também ajuda médicos e familiares a entenderem como a doença está progredindo e quais mudanças em tarefas e rotinas são necessárias nos próximos meses ou anos.
Vamos dar uma olhada nos cinco estágios da doença…
Estágio 1
No primeiro estágio da doença, o paciente geralmente não enfrenta grandes problemas em sua rotina diária.
Neste estágio inicial, é mais comum que os problemas de movimento afetem apenas partes específicas do corpo, geralmente em apenas um lado do corpo.
Também ocorrem mudanças na postura ao caminhar, ao sentar-se e nas expressões faciais.
Estágio 2
No estágio 2, começa a haver de fato um aumento nas condições problemáticas do mal de Parkinson.
Apesar de conseguir manter uma rotina autônoma na maioria dos casos, pacientes do estágio 2 costumam ter problemas para andar, com rigidez nos músculos e dificuldades para falar.
É muito comum que pessoas neste estágio de Parkinson já tenham uma diminuição no tom de voz.
Estágio 3
Neste estágio, as dificuldades motoras e cognitivas do paciente se agravam ainda mais.
Muitos indivíduos nesta fase já não conseguem se manter em pé sem ajuda e enfrentam dificuldades consideráveis para caminhar.
A autonomia diminui consideravelmente, com a necessidade de auxílio para tarefas como alimentação e vestimenta.
Estágio 4
O estágio 4 é aquele em que o paciente começa a perder toda a sua autonomia e fica dependente de um cuidador ou parente próximo.
Tarefas simples do cotidiano como se levantar, escovar os dentes e comer demandam auxílio e a incapacidade fica mais clara.
Estágio 5
O mais grave estágio na escala de Hoehn e Yahr, representa o nível em que os portadores do Parkinson não conseguem mais se locomover, podendo ficar em cadeiras de roda ou acamados.
Neste estágio, há alucinações, delírios e confusões mentais frequentes, que podem fazer com que cuidar dessas pessoas se torne uma tarefa muito mais complexa do que antes.
Como identificar a doença de Parkinson?
O mal de Parkinson pode ser identificado com facilidade, embora nenhum sintoma deva ser analisado isoladamente, e a confirmação da doença exija a consulta a um médico especializado.
Atualmente, não existe um teste específico para diagnosticar o mal de Parkinson.
O diagnóstico se baseia no histórico médico do paciente, na revisão dos sintomas e em exames neurológicos e físicos.
Existem quatro sintomas principais que costumam surgir nos estágios iniciais do Mal de Parkinson:
- Tremores (geralmente em áreas específicas do corpo);
- Rigidez nos membros, tronco e músculos;
- Redução da capacidade de movimentação;
- Instabilidade na postura, tanto em pé quanto sentado.
Se o paciente apresentar pelo menos três desses sintomas, há fortes indícios de que seja mal de Parkinson.
O médico pode sugerir uma varredura do transportador de dopamina (DAT) usando uma técnica de imagem chamada tomografia computadorizada de emissão de fóton único (SPECT).
No entanto, esse exame não é necessário para todos os pacientes. O médico também costuma solicitar exames laboratoriais, como análises de sangue, para descartar outras condições relacionadas aos sintomas.
Qual especialista faz o diagnóstico?
Embora o diagnóstico inicial da doença de Parkinson possa ser feito por qualquer médico, incluindo o clínico geral, é importante que um especialista esteja envolvido.
Nesse contexto, o neurologista é o mais indicado, pois possui conhecimento amplo sobre distúrbios do sistema nervoso e está bem equipado para diagnosticar e planejar o tratamento completo da doença.
Com sua experiência, o neurologista pode não apenas diagnosticar, mas também traçar planos de tratamento abrangentes para melhorar a qualidade de vida do paciente.
Tratamentos para mal de Parkinson
O Mal de Parkinson é uma condição crônica, ou seja, algo que dura muito tempo, possivelmente toda a vida ou a maior parte dela.
A fim de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, os tratamentos foram criados para aliviar os sintomas ou atrasar o avanço da doença.
Geralmente, esses tratamentos envolvem o uso de medicamentos. No entanto, muitas vezes esses medicamentos não funcionam tão bem em doses baixas ou por períodos curtos.
Por isso, é comum começar o tratamento com doses mais fortes e depois ajustá-las conforme necessário.
Infelizmente, os medicamentos para Parkinson tendem a ter muitos efeitos colaterais, que podem ser piores do que os benefícios que oferecem.
Por isso, nos últimos anos, têm sido realizados muitos estudos para encontrar medicamentos e tratamentos menos agressivos para o mal de Parkinson, e o canabidiol tem ganhado foco nesse sentido.
Quais os novos tratamentos para Parkinson?
Recentemente, surgiram tratamentos mais modernos e menos invasivos para o mal de Parkinson.
Um exemplo é um procedimento cirúrgico realizado pela primeira vez no Brasil em agosto de 2021, no Hospital Esperança Recife.
Esse procedimento consiste no implante de um sistema neuromodulador para estimulação cerebral profunda.
O novo tratamento destina-se a pessoas que não obtêm mais benefícios com os medicamentos convencionais, proporcionando uma melhoria na qualidade de vida.
O sistema funciona como uma bateria e pode manter a estimulação cerebral por até 15 anos, semelhante a um marcapasso, enviando estímulos elétricos a áreas do cérebro afetadas pelo Parkinson.
Outros tratamentos baseados em estimulação elétrica estão sendo pesquisados com base no mesmo princípio.
No entanto, essas terapias ainda estão em fase experimental e não estão disponíveis para todos os pacientes.
Por outro lado, existem terapias complementares para o mal de Parkinson que podem beneficiar a maioria das pessoas que as utilizam.
Um exemplo é o uso de Cannabis medicinal, especificamente o canabidiol, o qual novos estudos estão revelando propriedades notáveis no contexto do Parkinson.
Canabidiol serve para Parkinson?
O canabidiol é um dos mais de 400 compostos ativos da Cannabis.
Uma vez ingerido, este composto interage com receptores presentes em nossos corpos. Tudo isso é possível graças ao sistema endocanabinoide.
Ele possui propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias que atuam na proteção dos neurônios na doença de Parkinson.
A morte dos neurônios ocorre, em parte, devido à inflamação anormal e ao estresse oxidativo em excesso.
No entanto, as características neuroprotetoras do CBD demonstradas em estudos até o momento, representam uma esperança de tratamento.
Além do mais, as propriedades relaxantes musculares do canabidiol podem ajudar pacientes com doença de Parkinson, que consistentemente sofrem com espasticidade e rigidez muscular.
Assim, o canabidiol pode ser um tratamento adjuvante junto aos medicamentos tradicionais para Parkinson, visando otimizar a eficácia ou reduzir os efeitos das variações de resposta à medicação.
O canabidiol também afeta o sistema dopaminérgico através do receptor D2.
A influência do CBD nesse sistema é relevante, uma vez que a via dopaminérgica é a mais afetada na doença de Parkinson, e essa propriedade também pode influenciar na melhora da memória.
Outra forma pela qual o canabidiol ajuda no Parkinson é através de sua interação com os receptores de serotonina, o que explica em parte seus efeitos sobre o humor, sono e função digestiva em pacientes.
Como o canabidiol age na doença de Parkinson?
O canabidiol tem efeitos positivos no tratamento do Parkinson por meio de várias ações no corpo.
Os benefícios envolvem a prevenção, a desaceleração da doença e a ajuda de pessoas em estágios avançados, além de aumentar a eficácia dos tratamentos de referência.
Além de sua interação com o sistema endocanabinoide, seu principal mecanismo de ação é a regulação da atividade da GSK-3β, que é um dos principais bloqueadores de uma via chamada WNT/β-catenina.
Esta via está relacionada ao controle do estresse oxidativo e da inflamação, processos envolvidos no desenvolvimento do Parkinson.
Estudos mostraram que o canabidiol protege o cérebro contra danos neurotóxicos causados por uma substância chamada 6-OHDA.
Ele faz isso através de suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes.
Se tratando de poder antioxidante, o canabidiol é muito mais eficaz que o ascorbato (vitamina C) na proteção contra danos causados por altas concentrações de glutamato.
Por fim, o canabidiol age no Parkinson protegendo a dopamina no cérebro, atenuando a degeneração dos neurônios dopaminérgicos, geralmente comprometida durante a progressão da doença.
Quais são os benefícios do canabidiol para pacientes com Parkinson?
Através dos mecanismos citados, os benefícios do canabidiol para pacientes com Parkinson incluem:
- Redução dos sintomas motores: O CBD melhora a gravidade de tremores, rigidez e bradicinesia (movimentos lentos) em pacientes com Parkinson;
- Alívio da dor: Pacientes com Parkinson frequentemente sofrem dor, e o CBD possui propriedades analgésicas que ajudam nesse sentido;
- Melhoria do sono: Distúrbios do sono são comuns em pessoas com Parkinson, mas o canabidiol melhora a qualidade do sono e reduz problemas como insônia e distúrbios do sono REM.
- Redução da ansiedade e depressão: O canabidiol tem efeitos ansiolíticos e antidepressivos, melhorando o bem-estar emocional.
- Propriedades neuroprotetoras: Através do seu efeito neuroprotetor, o canabidiol protege os neurônios dopaminérgicos que são afetados pelo mal de Parkinson, ajudando a amenizar os sintomas sentidos.
- Menos efeitos colaterais: Em comparação com outros medicamentos, o CBD tem muito menos efeitos colaterais adversos e maior tolerabilidade, com benefícios equiparáveis.
Além dos benefícios citados, com orientação médica, o canabidiol pode ser usado em conjunto com a terapia convencional para o Parkinson, ajudando a melhorar os resultados gerais do tratamento.
Canabidiol e Parkinson: O que os estudos científicos dizem?
A utilização de canabidiol tem sido apontada nos últimos anos como excelentes terapias auxiliares para diversas doenças neurológicas.
O estudo Cannabis in Parkinson’s Disease: The Patients’ View buscou através de relatos dos próprios pacientes o entendimento sobre a utilização da Cannabis medicinal para o tratamento do mal de Parkinson.
Foi feita uma análise de 1348 questionários onde pacientes com mal de Parkinson foram indagados sobre o uso da Cannabis em seus tratamentos de saúde.
51% dos pacientes sabiam sobre os benefícios da aplicação da Cannabis em forma medicinal, mas o uso da Cannabis era feito por apenas 8,4% deles.
De modo geral, houve uma melhora dos sintomas em mais de 40% nas pessoas que utilizavam Cannabis medicinal no tratamento de Parkinson.
A maior parte dos sintomas que foram melhorados por esse tratamento incluía a redução das dores e das cãibras musculares.
Além disso, mais de 20% dos pacientes que utilizavam Cannabis medicinal relataram melhoras na rigidez dos músculos, bem como nos tremores sentidos.
O mesmo percentual relatou ainda diminuições nos sintomas de depressão e ansiedade, bem como na síndrome das pernas inquietas.
Não houveram efeitos colaterais importantes relatados.
Neste estudo, a ingestão de canabidiol para o tratamento do Parkinson foi mais comumente citada do que o THC (aproximadamente 50% de usuários de CBD contra 35,4% de usuários de THC).
Com a análise desses dados, o estudo aponta que a Cannabis medicinal pode sim ser uma opção a ser considerada para muitos dos pacientes que sofrem com a doença de Parkinson.
Como é feito o tratamento com canabidiol para Parkinson?
O tratamento para mal de Parkinson utilizando a canabidiol normalmente é feito de forma auxiliar/complementar, não substituindo as terapias convencionais.
Para isso, é comum o uso de cápsulas orais com o composto para efeitos sistêmicos, em conjunto com produtos tópicos para aliviar desconfortos locais.
É muito importante que o paciente (e sua família) entendam que o tratamento à base de canabidiol não suspende o uso de outros medicamentos ou atividades já indicadas pelo médico.
Quando se inicia um tratamento com canabidiol para o Parkinson, todo o processo é monitorado pelo médico.
A maior parte dos estudos a respeito da Cannabis medicinal e suas substâncias apontam um nível muito baixo de efeitos colaterais, sobretudo quando se compara à medicamentos convencionais.
Então, mesmo que o paciente não perceba grandes mudanças em sua condição, ele ainda pode se beneficiar do uso do canabidiol, já que o composto ajuda a reduzir os efeitos colaterais de outros medicamentos.
Qual a dosagem do canabidiol para Parkinson?
Uma dose típica de CBD para adultos pode variar de 10 mg a 100 mg por dia, mas isso depende.
Um estudo intitulado Safety and Tolerability of Cannabidiol in Parkinson Disease: An Open Label, Dose-Escalation Study avaliou o uso de alta concentração de CBD por 10 a 15 dias no tratamento do Parkinson, bem como a sua segurança e eficácia.
Esse estudo sugere que o uso indiscriminado de altas doses de canabidiol pode ser prejudicial, mesmo que doses adequadas mostrem eficácia no tratamento dos sintomas do Parkinson.
Portanto, doses mais moderadas de canabidiol costumam ser prescritas para obter os efeitos desejados.
A eficácia não aumenta com doses mais altas, e apenas um profissional de saúde pode determinar a dose ideal para um paciente.
A posologia é determinada com base nos sintomas e na gravidade da doença.
Quais os efeitos colaterais associados ao uso de canabidiol para Parkinson?
O CBD, embora geralmente seguro, pode causar alguns efeitos colaterais em algumas pessoas.
Alguns usuários relatam boca seca, pressão arterial baixa, perda de apetite, tonturas e sonolência.
Felizmente, efeitos colaterais graves são raros e a maioria das pessoas pode usar o canabidiol com segurança.
Como comprar canabidiol para Parkinson?
No Brasil, a compra de canabidiol para o Parkinson segue um processo regulamentado.
O primeiro passo é obter uma prescrição médica específica para o tratamento da doença.
Com a prescrição em mãos, o paciente deve procurar uma farmácia que disponha de medicamentos à base de canabidiol pré-aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Caso não seja viável obter estes medicamentos de uma farmácia, o paciente pode importar o produto mediante receita médica e autorização prévia.
A empresa fabricante então enviará o produto de acordo com as especificações médicas e entregará ao paciente, respeitando todas as regulamentações vigentes.
Relatos de pacientes que usaram canabidiol para Parkinson
Hélio Gasparini, de 77 anos, sofre com o mal de Parkinson há mais de 12 anos.
Sempre realizou o seu tratamento de forma convencional, mas usava também medicamentos alopáticos comuns para a doença de forma complementar.
Como a terapia que utilizava não trazia grandes resultados, ele e sua filha Regiane buscaram utilizar um tratamento à base de canabidiol.
Pouco mais de 2 meses após iniciar o tratamento, ambos já comemoraram as evoluções do paciente.
“Agora eu consigo assinar meu nome”, comemora Hélio.
Além disso, ele aponta que os tremores diminuíram bastante, assim como as dores na hora de dormir. “Sentia dor nas juntas, ficava virando na cama, não conseguia dormir”, recorda Gasparini. “Mas o canabidiol dá um relaxo no corpo.”
Tarefas cotidianas, que antes eram impossíveis, agora voltaram a ser uma realidade, como segurar um copo, deitar e levantar. “Eu também sinto diferença na hora de dirigir. Já estava me atrapalhando, mas hoje dirijo sem problemas.”
E os benefícios vão para além da diminuição dos tremores…
Leia o relato completo de Hélio Gasparini e sua filha clicando aqui!
Onde buscar ajuda para tratamento de canabidiol para Parkinson?
A utilização de medicamentos à base de canabidiol, THC, entre outras substâncias canábicas é totalmente legalizada de acordo com a regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Nos últimos anos, as regulamentações nesse sentido têm sido cada vez mais simplificadas e a burocracia para a aquisição de medicamentos à base de Cannabis reduziu bastante em comparação ao que era há menos de uma década.
Isto é possível devido a algumas facilitações e mudanças regimentais nos últimos anos – sendo a RDC 660 a mais recente.
Esta regulamentação, entre outras coisas, fez com que os tratamentos para mal de Parkinson utilizando Cannabis medicinal fossem facilitados, bastando apenas uma prescrição por médico registrado no CRM.
Junto à receita, deve haver indicações explícitas sobre qual é a substância a ser utilizada no tratamento do paciente, bem como as dosagens e concentrações.
Porém, poucos médicos brasileiros têm experiência no tratamento de doenças com o uso de substâncias provenientes da planta Cannabis.
Por isso, encontrar um profissional que tenha experiência na prescrição de tratamentos canabinoides para mal de Parkinson nem sempre é fácil.
Então, para conectar pacientes a médicos com experiência em tratamentos canábicos, o Portal Cannabis & Saúde surgiu como uma plataforma exclusiva!
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Perguntas frequentes sobre a doença de Parkinson
Neste tópico, vamos nos aprofundar sobre o Parkinson, abordando algumas questões comuns que surgem.
Abaixo estão algumas informações importantes e perguntas frequentes sobre o Parkinson para ajudar as pessoas afetadas e seus familiares a entender melhor essa condição complexa.
1. A doença de Parkinson afeta mais homens ou mulheres?
Cada vez mais pesquisas indicam que o sexo biológico é um fator chave no modo como a doença de Parkinson se manifesta no corpo.
Os homens têm o dobro de chance de desenvolver a doença em comparação com as mulheres, porém as mulheres tendem a enfrentar uma taxa de mortalidade maior e uma progressão mais rápida.
2. Os tremores são um sintoma universal?
Pessoas com doença de Parkinson produzem menos dopamina, o que pode fazer com que elas tenham problemas relacionados ao movimento, como rigidez, lentidão de movimento, mau equilíbrio e tremores.
Baixos níveis de dopamina interrompem a maneira como o cérebro processa o movimento, resultando em problemas de movimento.
O tremor é um dos principais sintomas da doença de Parkinson, juntamente com a lentidão de movimento e a rigidez.
Mas nem todo mundo vai sentir todos esses sintomas.
Ter um tremor também não significa necessariamente que você tenha Parkinson.
3. A doença de Parkinson leva à demência?
A maioria das pessoas começa a apresentar os primeiros sintomas de Parkinson entre os 50 e 85 anos, embora alguns possam manifestá-los mais cedo.
Até 80% das pessoas com Parkinson acabam desenvolvendo demência em algum momento.
Geralmente, leva cerca de 10 anos, em média, desde o início dos problemas de movimento até o desenvolvimento da demência.
4. Quais são os desafios emocionais enfrentados pelos pacientes?
Apesar de ser conhecida como uma doença que afeta o movimento, o Parkinson pode se manifestar de maneiras diversas em cada pessoa.
Muitas vezes, as mudanças emocionais podem ser mais desafiadoras do que as mudanças no movimento, impactando grandemente a vida diária.
Essas mudanças variam desde depressão e ansiedade até alucinações, problemas de memória e demência.
Ansiedade e depressão são problemas comuns entre as pessoas com Parkinson, com quase metade delas enfrentando pelo menos um desses problemas.
Tais condições surgem tanto do estresse do diagnóstico quanto das mudanças físicas no cérebro causadas pela doença.
A dopamina, que é escassa no Parkinson, é necessária para produzir adrenalina, um hormônio que ajuda a lidar com o estresse.
Portanto, as pessoas com Parkinson muitas vezes não têm os níveis adequados de hormônios do estresse, como adrenalina e cortisol, para lidar com o estresse físico, mental ou emocional.
A frustração com as mudanças e limitações causadas pela doença pode ser uma grande fonte de estresse.
Apesar disso, com a abordagem certa, planejamento cuidadoso e ajustes no estilo de vida, muitas dessas fontes de estresse podem ser eliminadas ou ter seu impacto reduzido.
5. A doença de Parkinson é fatal?
O Parkinson não é diretamente fatal, pois a própria doença não causa a morte.
No entanto, algumas complicações decorrentes do Parkinson, como infecções e quedas, costumam ser fatais.
Felizmente, tratamentos médicos e ajustes no estilo de vida podem auxiliar as pessoas a controlar seus sintomas e diminuir o risco dessas complicações levarem a óbito.
6. Qual é a perspectiva de vida de pessoas com Parkinson?
Os pacientes geralmente vivem entre 10 e 20 anos após o diagnóstico.
Também parece haver uma correlação entre a taxa de mortalidade e o gênero.
De acordo com vários estudos, a doença de Parkinson tem uma taxa de mortalidade mais alta entre as mulheres.
Conclusão
O mal de Parkinson está entre as doenças neurológicas que mais podem debilitar a qualidade de vida e a autonomia de uma pessoa idosa.
Quando a doença está em estágio mais avançado, tarefas simples como se levantar da cama, comer ou se trocar passam a ser extremamente difíceis de serem realizadas sozinhas.
Como não possui cura, o tratamento de Parkinson visa a diminuição dos efeitos e sintomas sentidos pelos pacientes, bem como desacelerar o progresso da doença.
Se a doença progride lentamente (ou se estagna em algum dos estágios), o planejamento familiar do idoso fica mais fácil, permitindo um melhor cuidado por parte das pessoas que o amam.
Por isso, verifique com o seu médico a possibilidade de iniciar um tratamento à base de canabidiol para Parkinson.
Um tratamento à base de canabidiol permite uma melhoria na qualidade de vida do paciente, fazendo com que tenham uma vida mais digna enquanto enfrenta a doença.