O câncer de próstata é um dos tipos de câncer mais comuns nos homens. Ele se desenvolve na próstata, uma glândula que faz parte do sistema reprodutor masculino.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). Em valores absolutos e considerando ambos os sexos, é o segundo tipo mais comum.
Muitos cânceres de próstata crescem lentamente e estão confinados à glândula prostática, onde podem não causar danos graves.
Sendo assim, o câncer de próstata que é detectado precocemente – quando ainda está confinado à glândula prostática – tem as melhores chances de sucesso no tratamento.
Entretanto, enquanto alguns tipos de câncer de próstata crescem lentamente e podem precisar de tratamento mínimo ou mesmo nenhum, outros tipos são agressivos e podem se espalhar rapidamente.
O câncer de próstata pode ser assintomático em seus estágios iniciais e, por isso, é importante realizar exames regulares. Os principais fatores de risco para o câncer de próstata são a idade, o histórico familiar e a raça.
A cannabis tem sido usada como tratamento para o câncer de próstata por muitos anos. Alguns estudos mostraram que ela pode ter efeitos positivos no controle da doença, mas ainda há muito a ser aprendido sobre sua eficácia.
Vale ressaltar, que a cannabis pode ser usada como tratamento complementar para o câncer de próstata, mas não é recomendada como um tratamento único.
Continue lendo para saber mais sobre o câncer de próstata, desde suas causas, opções de tratamento, prevenção e como a Cannabis pode ser útil no tratamento da doença.
O que é o câncer de próstata?
O câncer de próstata é um tipo de câncer que se desenvolve na próstata, uma glândula masculina que faz parte do sistema reprodutor.
A próstata é uma glândula do sistema genital masculino, localizada na frente do reto e embaixo da bexiga urinária. A sua função é produzir o fluido que protege e nutre os espermatozoides no sêmen, tornando-o mais líquido.
De antemão, ainda não está claro o que causa o câncer de próstata. Sabe-se que o câncer de próstata começa quando as células da próstata desenvolvem mudanças em seu DNA.
As mudanças dizem às células para crescerem e se dividirem mais rapidamente do que as células normais. As células anormais continuam vivas, enquanto as células normais morrem.
Essas células anormais se acumulam e formam um tumor que pode crescer e invadir os tecidos próximos. Com o tempo, algumas células anormais podem se romper e se espalhar (metástase) para outras partes do corpo.
Atualmente, o câncer de próstata é o tumor mais comum em homens acima de 50 anos.
Os fatores de risco incluem idade avançada, histórico familiar da doença, fatores hormonais e ambientais e certos hábitos alimentares (dieta rica em gorduras e pobre em verduras, vegetais e frutas), sedentarismo e excesso de peso.
Além disso, o câncer de próstata pode se desenvolver lentamente e não causar sintomas por muitos anos.
Quando os sintomas aparecem, eles podem incluir dificuldade para urinar, dor ou ardência ao urinar, dor nas costas ou nas nádegas, impotência sexual e/ou ejaculação dolorosa.
O câncer de próstata também pode causar sintomas não relacionados às partes do corpo afetadas pelo tumor, como anemia e perda óssea.
O que causa o câncer de próstata?
Como dito anteriormente, a causa exata do câncer de próstata não é conhecida, mas alguns fatores de risco podem aumentar as chances de uma pessoa ter esse tipo de câncer.
Fatores que podem aumentar seu risco de câncer de próstata incluem:
- Idade avançada: a incidência e a mortalidade do câncer são maiores após os 50 anos de idade. Cerca de 60% dos casos da doença acontecem em pessoas com mais de 65 anos.
- Raça: Por razões ainda não determinadas, os negros têm um risco maior de câncer de próstata do que as pessoas de outras raças. Na população negra, o câncer de próstata também tem maior probabilidade de ser agressivo ou avançado.
- Histórico familiar: Se um parente de primeiro grau como um pai ou irmão já tiver sido diagnosticado com câncer de próstata, o indivíduo possui pelo menos duas vezes mais chances de desenvolvê-lo também.
- Obesidade: Pessoas que são obesas podem ter um risco maior de câncer de próstata em comparação com pessoas consideradas como tendo um peso saudável, embora os estudos tenham tido resultados mistos. Em pessoas obesas, é mais provável que o câncer seja mais agressivo e é mais provável que o câncer volte após o tratamento.
- Exposição ocupacional – a constante exposição a alguns tóxicos usados em indústrias, pode estar associada ao câncer de próstata:
- Aminas aromáticas, comuns nas indústrias química, mecânica e de transformação de alumínio;
- Arsênio, usado como conservante e como agrotóxico;
- Produtos derivados de petróleo;
- Motor de escape de veículo;
- Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA);
- Fuligem.
Existem vários tratamentos para o câncer de próstata dependendo da gravidade da doença. A opção mais comum é a cirurgia para remover a glândula prostática. Outras opções incluem radioterapia, quimioterapia e terapia hormonal.
A Cannabis pode ter um papel importante no tratamento do câncer de próstata, pois alguns estudos sugerem que os compostos presentes na planta podem inibir o crescimento das células cancerígenas.
No entanto, mais pesquisas são necessárias para confirmar estes resultados e determinar a melhor forma de usar a cannabis no tratamento do câncer de próstata.
Quais os sintomas do câncer de próstata?
O câncer de próstata pode não causar sinais ou sintomas em seus estágios iniciais. Entretanto, o câncer de próstata em estágios mais avançados pode causar os seguintes sintomas:
- Aumento do tamanho da próstata;
- Alterações no funcionamento da bexiga, como dificuldade para urinar ou jato fraco de urina;
- Dor ou desconforto ao urinar;
- Dor nas nádegas, nas pernas ou na região pélvica;
- Ereções dolorosas ou impossíveis de obter.
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Tipos de câncer de próstata
O tipo de câncer de próstata diz em que tipo de célula o câncer começou, sendo assim, existem diferentes tipos de câncer de próstata.
O adenocarcinoma é o tipo mais comum de câncer de próstata, representando a maioria dos casos, já o neuroendócrino é um tipo menos comum.
Outros tipos de câncer que podem começar na próstata incluem:
- Carcinomas de pequenas células;
- Tumores neuroendócrinos (além de carcinomas celulares pequenos);
- Carcinomas celulares transitórios;
- Sarcomas.
Esses outros tipos de câncer de próstata são raros. Além disso, alguns cânceres de próstata crescem e se espalham rapidamente, mas a maioria cresce lentamente.
Adenocarcinomas
A princípio, o adenocarcinoma se caracteriza por um tumor maligno que pode atingir quase todos os órgãos do corpo, como os pulmões, intestinos, pâncreas, fígado, próstata, dentre outros.
Esse tipo de tumor é derivado das células glandulares epiteliais secretoras. A próstata é uma glândula presente no organismo masculino e é responsável pela produção de uma parte do líquido seminal, que tem a função de proteger e nutrir os espermatozoides.
Por sua vez, a próstata é composta por diversos tipos de células e o câncer que acomete essa glândula, geralmente, se origina nas células responsáveis pela produção do líquido seminal.
A grande maioria dos adenocarcinomas de próstata é diagnosticada em homens mais velhos, embora possam ocorrer em qualquer idade.
Além disso, o adenocarcinoma de próstata raramente promove algum sintoma quando está em estágio inicial. No entanto, ao avançar seus estágios, os seguintes sintomas podem aparecer:
- impotência sexual;
- líquido seminal com sangue;
- micção frequente durante o dia e noite, acompanhada de dor ou ardência;
- fluxo urinário fraco ou interrompido;
- dormência e/ou fraqueza nos pés e pernas;
- falta de controle da bexiga ou intestino;
Os fatores de risco para os adenocarcinomas incluem a idade avançada e o histórico familiar de câncer de próstata.
Não há nenhuma maneira comprovada de prevenir o adenocarcinoma da próstata, mas o rastreamento regular pode ajudar a detectá-lo precocemente.
O tratamento do adenocarcinoma da próstata depende do estágio do tumor e das preferências do paciente.
As opções de tratamento podem incluir a cirurgia, a radioterapia, a quimioterapia e/ou o controle ativo (observação).
Tumores neuroendócrinos
Os tumores neuroendócrinos são cânceres que se originam nas células que produzem hormônios e que estão presentes em diversos órgãos do corpo, incluindo a próstata. Esses tumores são raros.
Os sintomas dos tumores neuroendócrinos da próstata são semelhantes aos do câncer de próstata comum, como dificuldade para urinar, jato urinário fraco ou dor nas costas ou nas pernas.
No entanto, os tumores neuroendócrinos da próstata podem causar outros sintomas devido à produção excessiva de hormônios pelas células cancerígenas.
O tratamento dos tumores neuroendócrinos pode envolver diversos tipos diferentes de terapias, devendo ser conduzido, sempre que possível, por um grupo de profissionais de várias especialidades (equipe multidisciplinar).
Sendo assim, os tratamentos para os tumores neuroendócrinos da próstata incluem a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia. A escolha do tratamento depende do tamanho e da localização do tumor, além de outros fatores.
A prevenção dos tumores neuroendócrinos da próstata é semelhante à prevenção do câncer de próstata comum, como o controle do peso, a atividade física regular e a limitação do consumo de álcool.
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Diagnóstico do câncer de próstata
O diagnóstico do câncer de próstata é feito através de um exame clínico, que inclui a avaliação do tamanho e da forma da próstata, da presença de nódulos ou outras alterações na superfície da glândula e da existência de adenoma prostático.
Além disso, o médico pode solicitar a realização de um exame de PSA (antígeno prostático específico) para avaliar o risco de câncer.
Outros exames que podem ser solicitados são a biópsia prostática e a ressonância magnética.
Exames para detectar câncer de próstata câncer de próstata
Recomenda-se que homens a partir dos 50 anos realizem exames preventivos. Os principais métodos utilizados para detectar a presença do câncer de próstata são:
- PSA: realizado por meio de exame de sangue, o PSA é o antígeno prostático específico. Quando o PSA é aumentado, há chances de o paciente ter câncer de próstata.
- Toque retal: por meio de um exame de palpação digital, o médico busca por anormalidades na próstata, como seu endurecimento ou nódulos. Trata-se de um exame indolor e que dura poucos segundos.
- Exames de imagem: para rastreamento, investigação ou com o intuito de confirmar um diagnóstico são realizados exames de imagem. A ultrassonografia transretal e/ou ressonância magnética são os exames mais utilizados para detecção dos tumores. A biópsia guiada, por sua vez, retira pequenos fragmentos da próstata e o tecido prostático retirado é então enviado a um laboratório de patologia para análise das células.
Como se pode fazer a prevenção do câncer de próstata?
Segundo o Instituto Nacional de Câncer, o câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, em 2020 foram diagnosticados 65.840 casos com uma taxa de mortalidade de 13,5%.
Entretanto, a boa notícia é que, se detectado precocemente, o câncer de próstata pode ser tratado com sucesso.
O câncer de próstata é principalmente uma “doença do envelhecimento”. À medida que você envelhece, suas chances de desenvolver câncer de próstata aumentam. A raça e a genética também desempenham um papel significativo.
Por exemplo, homens negros tem chances maiores de desenvolver câncer de próstata do que homens brancos. O histórico familiar também aumenta as chances de desenvolver a doença.
Por isso, a prevenção do câncer de próstata pode ser difícil se você tiver esses fatores de risco, mas o rastreamento precoce pode ajudar a garantir que, se você tiver câncer, ele seja diagnosticado e tratado o mais rápido possível.
Além disso, você pode optar por mudanças no seu estilo de vida, pois maus hábitos alimentares e dietas ricas em gorduras e proteínas animais podem causar danos ao DNA e levar ao câncer.
Mesmo os homens que já estão em maior risco devido à idade, raça ou genética podem reduzir suas chances de desenvolver câncer de próstata ao adotar dietas e estilos de vida saudáveis.
Os pesquisadores não entendem completamente a relação entre dieta e prevenção do câncer de próstata, mas estudos sugerem que certos hábitos alimentares podem ajudar.
- Reduzir a ingestão de gordura: Coma menos gorduras trans e gorduras saturadas. Concentre-se em gorduras saudáveis, como ômega-3 de nozes, sementes e peixes.
- Comer mais frutas e vegetais: Incorporar uma grande variedade de produtos, incluindo muitas verduras de folhas. Vegetais crucíferos (por exemplo, brócolis e couve-flor) contêm um composto chamado sulforafano que pode proteger contra o câncer.
- Manter um peso saudável: A obesidade pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de câncer de próstata mais agressivo. Em geral, perder peso e manter um peso saudável com a idade pode ajudar a reduzir seu risco de câncer e muitos outros problemas de saúde.
- Fazer exercícios regularmente: Além de ajudar a alcançar um peso saudável, o exercício pode reduzir a inflamação, melhorar a função imunológica e combater alguns dos efeitos negativos à saúde de um estilo de vida sedentário.
- Parar de fumar e reduzir o consumo de álcool: Deixar de fumar pode melhorar sua saúde de muitas maneiras, incluindo a redução do risco de câncer. E, se você beber, faça-o com moderação.
- Aumentar sua Vitamina D: A maioria das pessoas não recebe vitamina D suficiente. Ela pode ajudar a proteger contra o câncer de próstata e muitas outras condições. Sendo assim, os médicos muitas vezes recomendam suplementos de vitamina D.
- Se manter sexualmente ativo: Homens que têm maior frequência de ejaculação (com ou sem parceiro sexual) tem até dois terços menos chances de serem diagnosticados com câncer de próstata.
Tratamento do câncer de próstata
O câncer de próstata é um dos tipos de câncer mais comuns em homens. O tratamento para o câncer de próstata varia, dependendo da gravidade da doença e da idade do paciente.
As opções de tratamento podem incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapia hormonal. A escolha do tratamento ideal depende de fatores como a idade do paciente, o estágio do câncer e a saúde geral.
Estádios I e II
A cirurgia é o tratamento mais eficaz para o câncer de próstata no estadiamento I e II, mas pode causar complicações, como incontinência urinária e disfunção erétil.
A radioterapia pode ser usada para tratar o câncer de próstata no estadiamento I e II, mas também pode causar complicações, como diarreia.
A terapia hormonal reduz a produção de testosterona, que alimenta o crescimento do câncer de próstata. A terapia hormonal também pode causar complicações, como ginecomastia (aumento das mamas), perda óssea e disfunção sexual.
Estádios III e IVA
O câncer de próstata nos estágios III e IVA são os dois estádios mais avançados da doença, e o tratamento desses pacientes requer uma abordagem diferente.
O câncer de próstata estadiamento III é caracterizado pelo crescimento do tumor para além da próstata e atingindo outras áreas adjacentes. Já o câncer de próstata com estadiamento IVA é aquele em que o tumor se espalhou para outras partes do corpo, como os ossos.
O tratamento desses pacientes requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo urologistas, oncologistas e outros especialistas.
O primeiro passo no tratamento dos pacientes com câncer de próstata no estadiamento III e IVA é a realização de uma biópsia, que é um procedimento cirúrgico para retirada de um pequeno fragmento do tumor.
A biópsia permite que os médicos determinem se o tumor é cancerígeno e quais são as suas características. Após a biópsia, os médicos podem optar por iniciar o tratamento com quimioterapia, radioterapia ou cirurgia.
A quimioterapia é um tipo de tratamento que utiliza medicamentos para destruir as células cancerígenas. A radioterapia utiliza feixes de radiação para matar as células cancerígenas.
A cirurgia é um procedimento invasivo que envolve a remoção do tumor e das áreas afetadas pelo câncer. O tipo de tratamento escolhido depende da gravidade da doença, da idade do paciente e de outros fatores.
Os pacientes com câncer de próstata no estadiamento III e IVA podem apresentar sintomas comuns a outros tipos de tumores malignos, como fadiga, perda de apetite, náuseas e vômitos.
No entanto, alguns sintomas são específicos dos tumores da próstata e incluem dificuldade em urinar, urina turva e sangue na urina.
Os médicos podem realizar exames complementares para diagnosticar a doença, como a ultrassonografia transretal da próstata (TRUS) ou a ressonância magnética multiparamétrica (RMMP).
O objetivo do tratamento dos pacientes com câncer de próstata estadiamento III-IVA é controlar a doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes
Estádio IVB
O tratamento do câncer de próstata no estadiamento IVB depende da localização do tumor e da extensão da doença. Se o tumor estiver limitado às áreas adjacentes à próstata, a opção de tratamento mais provável é a cirurgia.
No entanto, se o tumor estiver presente em outras partes do corpo, como os pulmões ou os ossos, a cirurgia pode não ser uma opção viável. Nesse caso, o tratamento pode incluir quimioterapia, radioterapia ou hormonioterapia.
Tipos de câncer maligno: quais são e quais os tratamentos possíveis
Cannabis medicinal e o câncer de próstata
Cannabis medicinal pode ser usado para tratar o câncer de próstata, segundo alguns estudos.
O canabidiol (CBD), um dos compostos ativos da cannabis, pode inibir o crescimento das células cancerígenas da próstata e promover a morte dessas células.
Em um estudo de ratos, o CBD também ajudou a reduzir o tamanho do tumor da próstata. Você pode ler mais sobre esse estudo no nosso post “Estudo identifica que CBD reduz crescimento do câncer de próstata”
Ainda é necessário mais pesquisa para determinar se o CBD pode ser eficaz no tratamento do câncer de próstata em humanos, mas os resultados preliminares são promissores.
Canabinoides e seus efeitos ‘antitumorais’
A Cannabis apresenta efeitos antitumorais comprovados em diversos estudos científicos. O principal composto ativo da Cannabis, o THC (tetrahidrocannabinol), é capaz de inibir o crescimento de tumores malignos em diferentes partes do corpo.
Além do THC, outros compostos da Cannabis, como o CBD (canabidiol), também têm efeitos anti cancerígenos comprovados.
O THC atua no sistema endocanabinoide, que é responsável por regulação de diversas funções biológicas, incluindo o crescimento celular.
Quando há um excesso de crescimento celular, as células cancerígenas se proliferam descontroladamente e formam um tumor.
O THC inibe a atividade do sistema endocanabinoide, o que leva à diminuição do crescimento celular e, consequentemente, à redução do tumor.
Além disso, o THC é capaz de induzir a morte celular programada (apoptose) nas células cancerígenas, enquanto as células saudáveis permanecem intactas.
A apoptose é um processo importante para manter o equilíbrio entre a morte e a proliferação celular, e é prejudicada em diversos tipos de câncer.
A indução da apoptose pelo THC pode ser um importante mecanismo pelo qual a Cannabis combate o câncer.
Outro composto da Cannabis que apresenta efeitos antitumorais é o CBD.
Diferentemente do THC, que age diretamente no sistema endocanabinoide para inibir o crescimento tumoral, o CBD age indiretamente na redução do tumor através da ativação de outros mecanismos biológicos anticancerígenos.
Um dos principais mecanismos pelo qual o CBD combate o câncer é a inibição da angiogênese tumoral.
A angiogênese tumoral é o processo pelo qual os tumores malignos formam novos vasos sanguíneos para se alimentarem.
Sem a angiogênese tumoral, os tumores não podem se desenvolver além de um certo tamanho e acabam por morrer devido à falta de suprimento sanguíneo.
O CBD inibe a angiogênese tumoral bloqueando a atividade dos fatores responsáveis pelo seu desenvolvimento.
Ciência e pesquisas de ponta impactam a vida de pacientes
Os canabinoides são uma classe de compostos farmacológicos que oferecem potenciais aplicações como drogas antitumorais, com base na capacidade de alguns membros desta classe de limitar a inflamação, a proliferação celular e a sobrevivência celular.
Em particular, as evidências emergentes sugerem que os agonistas dos receptores canabinoides expressos pelas células tumorais podem oferecer uma nova estratégia para tratar o câncer.
Um avanço significativo no uso de canabinoides no tratamento do câncer veio através da descoberta de uma utilidade potencial desses compostos para o direcionamento e morte de tumores.
No início dos anos 70, os canabinoides mostraram inibir o crescimento tumoral e prolongar a vida de ratos portadores de adenocarcinoma pulmonar de Lewis (ref. 1 e suas referências).
Em estudos subsequentes, os mecanismos moleculares para estes efeitos foram analisados, e descobriu-se que os canabinoides inibiam o crescimento de células tumorais.
Eles também induzem apoptose ao modular diferentes vias de sinalização celular em gliomas e linfomas, próstata, mama, pulmão, pele e células cancerosas pancreáticas.
Estudos relataram que o tratamento do câncer de próstata em modelos in vivo/xenoberto com vários canabinoides diminuiu o tamanho do tumor, cujos resultados dependem da dose e da duração do tratamento.
Dentro da limitação destes estudos identificados, os canabinoides demonstraram reduzir o tamanho dos tumores de câncer de próstata em modelos animais.
Além dos efeitos paliativos dos canabinoides, pesquisas das duas últimas décadas demonstraram seu potencial promissor como agentes antitumor em uma grande variedade de cânceres.
Esta análise pode fornecer insights farmacológicos sobre a seleção de canabinoides específicos para o desenvolvimento de medicamentos antitumorais para o tratamento do câncer de próstata.
Cannabis e câncer
A cannabis tem sido usada por séculos para o tratamento de diversas condições médicas, incluindo o câncer.
Os cannabinoides presentes na cannabis têm mostrado ser eficazes no combate às células cancerígenas, reduzindo o tamanho dos tumores e impedindo a sua proliferação.
Além disso, a cannabis pode ajudar os pacientes a lidar com os sintomas do câncer, como náuseas, vômitos e a dor.
Apesar de todos os benefícios da cannabis no tratamento do câncer, ainda há muita controvérsia em relação à sua utilização. Isto se deve principalmente à falta de estudos clínicos controlados que comprovem a sua eficácia.
No entanto, com o avanço da pesquisa médica e o aumento da aceitação da cannabis como medicamento, espera-se que nos próximos anos haja uma maior disponibilidade de estudos sobre este assunto.
Terapia menos agressiva e mais humanizada
O câncer de próstata é um dos tipos de câncer mais comuns nos homens, e pode ser tratado de diversas formas.
A terapia menos agressiva e mais humanizada para este tipo de câncer é a utilização da Cannabis.
A Cannabis tem sido usada para aliviar os sintomas do câncer de próstata, reduzir o tamanho do tumor, e até mesmo ajudar na prevenção da recidiva do câncer.
Alguns estudos mostram que a Cannabis pode ser tão eficaz quanto a quimioterapia no tratamento do câncer de próstata, sem os efeitos colaterais graves.
A Cannabis também pode ajudar na prevenção do câncer de próstata. Alguns estudos mostram que o cannabidiol (CBD), um dos componentes da Cannabis, pode inibir o crescimento das células cancerígenas da próstata.
Outros estudos sugerem que o THC (tetrahidrocanabinol), outro componente da Cannabis, pode desacelerar o progresso do câncer de próstata.
Os homens com câncer de próstata podem se beneficiar da utilização da Cannabis como parte do seu tratamento. A Cannabis pode aliviar os sintomas do câncer, reduzir o tamanho dos tumores, e até mesmo prevenir a recidiva do câncer.
Como conseguir medicamentos à base de Cannabis medicinal?
A maioria das pessoas que estão em busca de tratamento à base de Cannabis Medicinal não sabe muito bem como fazê-lo.
Embora já existam estudos comprovando a sua importância no tratamento de diversas doenças, ainda há uma resistência para a aplicação deste método no Brasil.
Pesquisas apontam que a falta de conhecimento é uma dessas motivações. Isso faz com que menos de 1% dos médicos no país já tenha feito algum tipo de prescrição de tratamento à base de cannabis.
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Conclusão
O câncer de próstata é um dos tipos mais comuns de câncer. Muitos cânceres de próstata crescem lentamente e estão confinados à glândula prostática, onde podem não causar danos graves.
Entretanto, enquanto alguns tipos de câncer de próstata crescem lentamente e podem precisar de tratamento mínimo ou mesmo nenhum, outros tipos são agressivos e podem se espalhar rapidamente.
Seu tratamento depende de uma série de fatores, incluindo o tamanho do câncer, se ele se espalhou para qualquer outro lugar em seu corpo, entre outros
Por isso, se você está em busca de um tratamento desse tipo, agende uma consulta com um médico com experiência no tratamento canabinoide.
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