De acordo com pesquisadores de Milão, a Cannabis medicinal auxilia a diminuir consumo de medicamentos opioides em casos de dores crônicas
Amplas evidências dão conta de que o uso de Cannabis medicinal ajuda a reduzir o consumo de opioides em pacientes de dores crônicas. Um estudo realizado por pesquisadores de Milão, na Itália, e publicado pela Revista Europeia de Ciências Médicas e Farmacológicas, vem reforçar ainda mais a pilha de evidências nesse sentido.
Profissionais do Departamento de Neurociência do Grande Hospital Metropolitano de Niguarda realizaram uma análise que demonstra que o uso de extratos de Cannabis podem diminuir a necessidade de uso de opioides no tratamento de dores.
Retrospectivo, o estudo observou dados referentes à interação entre uso de Cannabis medicinal e a prescrição de medicamentos alopáticos em pacientes tratados no hospital entre 2016 e 2019. Os pacientes foram divididos em subgrupos de gênero, idade, comorbidade, duração do tratamento com fitocanabinoides e motivação da prescrição de Cannabis medicinal.
A partir daí, foi realizada uma avaliação dos efeitos dos fitocanabinoides nos tratamentos subsequentes realizados pelos pacientes — em cada recorte, os pesquisadores investigaram a relação entre o uso de Cannabis medicinal e a necessidade de prescrição de medicamentos alopáticos.
Entre os usuários de dores crônicas, foi notada uma diferença significativa no abandono do uso de opioides após a utilização a longo prazo de Cannabis medicinal: sem os fitocanabinoides, a taxa de abandono dos opioides era de 32,1%; depois do uso de Cannabis medicinal, a taxa pulou para 55,4%.
Também foram submetidos à mesma análise casos de pacientes que faziam uso de anticonvulsivantes, antidepressivos e benzodiazepínicos (para insônia e ansiedade), mas sem nenhuma diferença notável.
De acordo com os pesquisadores, os resultados do estudo indicam que é necessário um aprimoramento das prescrições médicas para o tratamento de dores crônicas. “Medicamentos poupadores de opioides, quando permitem que os opioides sejam abandonados, representam um aspecto crucial do processo de tratamento da dor”, afirmam.
E também que é necessário um esforço conjunto de médicos e farmacêuticos na busca por um tratamento mais eficaz: “Clínicos e farmacologistas devem cooperar para desenvolver a terapia mais adequada possível para esse tipo de pacientes.”
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