Foi a pedido dos pacientes que a médica Thais Oliveira Ferreira passou a estudar os benefícios da Cannabis medicinal e ficou fascinada
A relação com o paciente é fundamental para o desenvolvimento da medicina. Essa é a crença que move a neurologista Thais Oliveira Ferreira. Formada pela Universidade Estadual do Pará e com residência em neurologia pela Universidade Federal Fluminense, a médica sempre seguiu as recomendações oficiais para o tratamento de patologias e prescrição de medicamentos. Até que a demanda de pacientes a fez explorar uma alternativa que então lhe era desconhecida: a Cannabis medicinal.
“Comecei a prescrever o canabidiol por pressão dos pacientes”, conta a médica. “Mães de crianças com epilepsia, casos que não se enquadram nas recomendações oficiais, começaram a pedir o uso de fitocanabinoides.” O medicamento ainda era usado de forma off-label — quando é prescrito para tratamentos que não se encaixam nas recomendações oficiais, aquelas descritas na bula — mas a neurologista decidiu investigar o porquê daquela demanda.
“Havia respostas muito boas nos tratamentos. Comecei a ler artigos, descobri o sistema endocanabinoide. E a partir do momento que você começa a ler, você não consegue mais parar, porque é fascinante”, diz Ferreira.
O início na Cannabis
Sua primeira experiência foi justamente num tratamento off-label. “Ela tinha epilepsia, era adulta, não era um tratamento recomendado oficialmente.” Mesmo assim, a paciente já tinha testado diversos medicamentos, e a resposta de seu organismo era muito baixa — tinha de 8 a 9 crises por dia. “Então começou a usar canabidiol. A gente não só conseguiu diminuir consideravelmente a frequência das crises, como também reduzimos o número de medicamentos alopáticos que ela utilizava.”
Quando recebeu a paciente novamente, teve uma grata surpresa: “Com a diminuição da alopatia, diminuíram também os efeitos colaterais. Ela sofria com uma forte sonolência. Quando voltou ao consultório após o início do tratamento, parecia outra pessoa”, lembra a médica. “Foi o que mais me motivou. Foi aí que eu vi que realmente funcionava, e isso me levou a continuar a pesquisar.”
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Para a neurologista, a alopatia e a medicina canábica são técnicas complementares. “Elas andam de mãos dadas. Essa minha paciente diminuiu as doses dos remédios alopáticos após começar com o canabidiol, mas eles ainda são importantes.”
No entanto, pondera que cada caso é um caso. “Tenho pacientes que já tentaram inúmeros remédios tradicionais e, por diversas razões, não toleraram. Seja por efeitos adversos, ou respostas parciais”, explica. “Aí os fitocanabinoides entram como uma possibilidade de melhorar o tratamento. Pode ser para potencializar os efeitos dessa resposta parcial, ou até para permitir a diminuição de dosagem da alopatia, aliviando os efeitos colaterais adversos.”
Entre os casos que mais marcaram, a neurologista lembra das crianças com autismo. “São sempre os casos mais impactantes, porque você não vê o resultado só na criança, mas em toda a família.” Segundo Ferreira, os fitocanabinoides são uma ótima indicação nesses casos, pois além de oferecerem uma melhora efetiva no comportamento, no foco e na atenção da criança, ainda a livra dos efeitos colaterais — uma das principais reclamações dos familiares.
Sem preconceito
Avaliando a adesão relativamente baixa de médicos e pacientes aos fitocanabinoides, Ferreira afirma que quando você está em busca de um tratamento adequado, é importante não ter preconceitos. “Eu recomendo aos colegas lerem, pesquisarem, irem atrás. Porque quando você não conhece, pode ficar relutante, sem saber se funciona ou não — muitas vezes por preconceito. Mas quando a pessoa está aberta, disposta a conhecer o assunto, acaba percebendo que é um assunto fascinante. E para os pacientes é uma ótima opção terapêutica.”
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