Relatório da Universidade do Colorado mostra grande adesão ao tratamento, mas falta de aconselhamento médico preocupa
Algumas patologias já são consideradas “tradicionais” quando o assunto é o tratamento com canabinoides. Epilepsia, dores crônicas, mitigação dos efeitos colaterais de quimioterapia, e combate aos sintomas de esclerose múltipla são alguns dos tratamentos mais conhecidos e difundidos da medicina canábica. No entanto, como se sabe, pacientes de muitas outras patologias podem fazer uso do tratamento de forma eficaz e segura.
Uma dessas doenças é o Parkinson. É o que demonstrou uma pesquisa realizada pela Universidade do Colorado em parceria com a Fundação Michael J. Fox, que leva o nome do famoso ator de De Volta para o Futuro. Ele teve seu diagnóstico em 1991 e desde então dedica-se à causa.
Publicado no periódico Movement Disorders Clinical Practice, o estudo envolvendo cerca de 1.900 pacientes descobriu que 70% das pessoas diagnosticadas com a patologia usam ou já usaram alguma forma de medicamento à base de Cannabis para tratar os sintomas da doença.
Entre os sintomas mais combatidos com o uso e fitocanabinoides por parte desse público estão transtornos de sono, dores, ansiedade e agitação. Entre aqueles que fizeram o uso, quase metade tomou formulações mais altas de CBD e 15% tomaram quantidades semelhantes de CBD e THC.
Os efeitos colaterais mais comuns incluem boca seca, tontura e alterações de memória e pensamento (cognitivos). Pessoas que tomam THC mais alto relataram mais efeitos colaterais, mas também mais benefícios.
“Esse resultado está em total conformidade com minha experiência clínica até agora. A medicina canábica pode não funcionar para todos os casos, mas é uma ferramenta importante no tratamento da doença. É um tratamento seguro, uma opção válida”, afirmou a médica Katherine Leaver, professora assistente de neurologia da Divisão de Desordens do Movimento do Hospital Mount Sinai Beth Israel, de Nova York.
Ainda assim, um dado revelado pela pesquisa traz preocupação: dos 70% que afirmaram usar fitocanabinoides, 30% o fazem sem informar seus médicos. Cerca de 13% das pessoas não sabiam que tipo de Cannabis estavam tomando. Isso reflete a falta de regulamentação adequada nos Estados Unidos, bem como o estigma cultural que ainda persiste em relação à medicina canábica.
Leaver pondera que é sempre necessário consultar um médico antes de iniciar o tratamento. “Os pacientes ficam inseguros, sem saber a quem recorrer. Eu recomendaria para quem tem interesse que buscasse médicos especialistas no assunto. Ou levar a sugestão ao seu médico, dizendo: ‘Eu gostaria de experimentar a Cannabis medicinal’. Isso pode até instigar seu médico a pesquisar e conhecer mais sobre o assunto.”
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