Cannabis medicinal levou paz para o pequeno Daniel e toda a família de Mariluce de Oliveira. Conheça a história deles
Mariluce de Oliveira começou a notar que o desenvolvimento de seu filho Daniel não estava correndo de acordo com o esperado aos dois anos de idade. O menino não dava nem sinais de que iria começar a falar e pior, estava cada vez mais nervoso e agitado.
De Bom Jesus do Itaborana, no Rio de Janeiro, deu início à uma jornada para descobrir o que se passava com Daniel. Foram diversos médicos, neuropediatras, para somente dois anos depois alguém lhe dissesse o motivo dos sintomas que observava em seu filho. Foi diagnosticado com autismo.
Cannabis para autismo
A sequência foi comum a todas as mães em situação semelhante à de Mariluce: os medicamentos alopáticos. “O risperidona teve efeito oposto. Ao mesmo tempo que o deixou mais nervoso, aumentou o peso”, conta. “Em 40 dias, Daniel aumentou uns dez quilos. Não foi legal. Obesidade, agitado. Não foi legal. Mais tarde deu bruxismo.”
Com o início da pandemia, a situação ficou ainda mais grave. Preso em casa, sem as terapias que estava acostumado, Daniel ficou ainda mais agitado. “Pensei: preciso de alguma coisa que possa ajudar meu filho, e fui pesquisar, ler.”
“Foi quando achei a Cannabis. Li umas coisas positivas, outras negativas, mas fui evoluindo no conhecimento. Lendo artigos científicos, e fui ter a certeza que se eu conseguisse o óleo seria a medicação que queria dar para o meu filho. Não queria mais testar os alopáticos.”
Tabus da Cannabis
O primeiro obstáculo, porém, foi dentro de casa. “Falei com meu esposo e ele ficou meio assim. Fomos na neuro, ela não tinha conhecimento, mas não quis assumir, e só falou muita coisa negativa”, lembra. “Meu marido ficou não aceitando, mas eu continuei a ler, a pesquisar, e falei: É sim o óleo que a gente tem que usar.”
Foi quando, entre suas pesquisas, que se deparou com um artigo sobre o médico Renan Abdalla. “Criei coragem e escrevi relatando sobre meu filho. Ele logo me respondeu, foi como um anjo na minha vida”, diz Mariluce. “Marcou logo a consulta com o irmão, também médico Matheus Abadlla. A consulta foi maravilhosa.”
Mas ainda precisava convencer o esposo. “Eu gravei a consulta com o doutor Matheus e só quando ele ouviu que teve sentiu mais firmeza e aceitou. Ai que encomendei o óleo.”
Os benefícios do CBD
Com 15 dias de medicação, teve a certeza que sua busca valeu a pena. “Nas primeiras semanas não mostrou muito efeito. Quando deu quinze dias, vi que estava mais calmo. Melhorou a ansiedade e junto uma compulsão alimentar que ele tinha. Comia muito, e com o óleo diminuiu bastante, e pude mudar um pouco a alimentação dele. Ficou mais concentrado também”
“O CBD foi o melhor tratamento para o meu filho. Hoje já não imagino ficar sem utilizá-lo”, continuou.
Com os benefícios observados em Daniel, com seis anos, hoje recomenda para todas as mães que compartilham de sua experiência: Muita terapia, boa alimentação – sem glúten ou lactose – e o óleo.
“Aconselho às mães é que, se puderem sair do risperidona, é o primeiro passo. Creio que é a pior medicação. Um efeito muito grande nas crianças”, afirma. “E comecem a ler, buscar informações, depoimentos, que vão mostrar que a Cannabis é uma boa opção sim.”
“Eu estou gostando. Vejo outras mães dizendo que foi a melhor coisa que ela fez para o filho. O efeito colateral que pode deixar é bem pequeno em relação às outras medicações”, finalizou.
“Meu conselho é para elas seguirem firme que, assim, vão ter crianças mais independentes e alegrinhas. Com fé em Deus e com força do óleo, tudo vai acontecer bem.”