Alertar para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. Esse é o motivo do 30 de agosto ser o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, a doença neurológica que mais afeta jovens adultos no mundo. No Brasil, são cerca de 35 mil pessoas.
A média de idade em que as pessoas são diagnosticadas é aos 30 anos, e a doença acomete mais mulheres, na proporção de duas mulheres para cada homem diagnosticado.
A Cannabis de uso medicinal contém propriedades capazes de aliviar a rigidez, espasmos musculares e além de ser um componente natural sem efeitos colaterais à saúde, ela também ajuda a tratar outras condições patológicas decorrentes da dor como a insônia, ansiedade e depressão.
Por isso, para lembrar do Dia Nacional de Conscientização à Esclerose Múltipla, o portal Cannabis & Saúde convidou um dos maiores especialistas do Brasil para falar sobre os benefícios da Cannabis no tratamento de Esclerose Múltipla, o neurologista Dr. Thiago Junqueira.
Ao longo de uma hora, ele conversou conosco sobre as possibilidade de tratamento com Cannabis, tanto contra os espasmos e dores, como no controle dos transtornos psiquiátricos desencadeados pela EM. Lembrou que o primeiro medicamento à base de Cannabis testado e aprovado pelo governo dos EUA e depois no Brasil foi o Sativex, indicado justamente para pacientes com Esclerose Múltipla, e que muitos estudos estão caminhando nesse sentido.
Thiago Junqueira é Doutor em Ciências pela USP e Professor de Medicina da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública. É pós-graduado em neuroimunologia clínica. O profissional é pesquisador e prescritor de Cannabis e está na plataforma de agendamento de consultas do portal Cannabis & Saúde.
“A Cannabis é uma grande possibilidade de tratamento para espasticidade. É uma medicação bastante segura. A combinação de um óleo full spectrum de CBD mais THC pode ajudar muito contra a espacidade, que é essa sensação da perna rígida, pesada. A gente começa em geral com doses baixas e vamos aumentando lentamente, mantendo a menor dose que controle o sintoma”, explicou.
Conheça a história do Adriano Bicca, que em menos de um mês de tratamento com CBD, assistiu a uma transformação em sua qualidade de vida. E fala, foi só o começo. Clique aqui.
O médico alertou, no entanto, que os tratamentos com Cannabis são muito individualizados, ou seja: a dose ideal para uma pessoa pode não ser a mesma para outra, mesmo com peso e idade parecidos. O médico também alertou uma paciente que assistia à live sobre o risco da maconha fumada.
“A Cannabis fumada não é interessante, tem estudos que mostram prejuízos a longo prazo, pode levar a danos ao paciente. Eu trocaria para uma preparação de óleo ou spray. Os níveis são até 60% mais baixos que a planta fumada. E quando estamos falando de fitoterápico, ele é muito seguro.”
A esclerose múltipla é uma doença autoimune de origem desconhecida que atinge o cérebro, os nervos ópticos e a medula espinhal. Trata-se de uma falha no sistema imunológico que ataca a camada protetora que envolve os neurônios, chamada mielina, isso atrapalha a comunicação entre os neurônios, ou seja, o envio dos comandos elétricos do cérebro ao resto do corpo.
Dentre os principais sintomas da doença está a dor, causada pela espasticidade – espasmos e rigidez nos músculos. A maioria das pessoas com Esclerose Múltipla terá esses sintomas em algum momento e, embora existam tratamentos licenciados disponíveis para ajudar, eles não funcionam em muitos casos.
Assista a LIVE na íntegra!
Aproveite e agende uma consulta com o neurologista especialista em esclerose múltipla, Dr. Thiago Junqueira, clique aqui.