Quem acompanhou a pouco a abertura das Olimpíadas de Tóquio pode conferir que a seleção da Rússia está banida.
Mas o que realmente aconteceu? Porque um dos países que é um dos maiores recordistas mundiais de medalhas foi expulso? Leia a matéria abaixo e saiba tudo a respeito.
História da Rússia nas Olimpíadas
Os atletas russos já competiram nos Jogos Olímpicos modernos como parte de diferentes nações em sua história: Império Russo, União Soviética, Equipe Unificada (Comunidade dos Estados Independentes) e Federação Russa (Rássia).
O Império Russo foi estabelecido em 1721 e durou até a Revolução Russa de 1917. Com a criação da União das Repáblicas Socialistas Soviéticas (URSS) a Rássia foi incorporada ao novo país.
Após a dissolução da União Soviética em 1991 foi a Federação Russa, também conhecida como Rássia.
Atletas russos ganharam um total de 427 medalhas (316 desde 1994) nos Jogos Olímpicos de Verão e outras 113 nos Jogos Olímpicos de Inverno. Nas últimas 8 edições dos Jogos (desde 1994), as 426 medalhas totais da Rússia, incluindo 149 de ouro, estão em segundo lugar, atrás apenas dos Estados Unidos (com 489 e 183, respectivamente).
Todas as medalhas olímpicas de verão e inverno conquistadas pela União Soviética e pelo Império Russo foram herdadas pela Rússia, mas geralmente não combinadas com a contagem de medalhas da Federação Russa, embora fontes russas as combinem, citando o fato de que a Rússia é a sucessora legal a URSS.
O que de fato aconteceu?
O Comitê Olímpico Russo foi criado em 1989 e reconhecido em 1993, mas em 1995 foi suspenso por quatro anos de todos os grandes eventos esportivos pela Agência Mundial Antidoping (WADA), devido ao maior escândalo de doping da história.
Isso significa que a bandeira e o hino da Rússia não serão permitidos em eventos como os Jogos Olímpicos, incluindo as Olímpiadas e Paraolimpíadas de Tóquio em 2020 e a Copa do Mundo de futebol de 2022 no Catar.
Mesmo assim, os atletas russos estão autorizados a participar das Olímpiadas como os Atletas Olímpicos da Rússia (OAR). E os atletas envolvidos no escândalo de doping que provarem que não foram contaminados também poderão competir sob uma bandeira neutra.
Tudo começou com uma matéria exclusiva para o jornal New York Times realizada em 2014 com o diretor do laboratório antidoping da Rússia, na época, Grigory Rodchenkov, relatando em detalhes como tudo aconteceu.
Em 2014, nos Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi, dezenas de atletas russos, incluindo pelo menos 15 vencedores de medalhas, faziam parte de um programa para burlar os testes de doping, meticulosamente planejado durante anos para garantir o melhor desempenho dos atletas e consequentemente mais medalhas.
O diretor do laboratório que realizava testes para milhares de atletas olímpicos, disse que desenvolveu um coquetel de três drogas de substâncias proibidas que ele misturou com bebidas alcoólicas e forneceu a dezenas de atletas russos, ajudando a facilitar um dos mais elaborados – e bem-sucedidos – estratagemas de doping na história do esporte.
Durante a noite, especialistas russos em antidoping e membros do serviço de inteligência substituíram secretamente amostras de urina contaminadas por medicamentos para melhorar o desempenho, por urina limpa coletada meses antes.
Foi desenvolvido uma forma de quebrar os lacres dos frascos, supostamente invioláveis pelo padrão internacional de competições e trocar as urinas contaminadas por urinas “limpas”.
Ao final dos Jogos, o Dr. Rodchenkov estimou, até 100 amostras de urina suja foram eliminadas e nenhuma atleta russo foi pego em doping e a Rússia ganhou o maior número de medalhas nos Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi.
Dica de documentário
Todos os detalhes da operação foram relatadas pelo próprio Rodchenkov ao longo de três dias de entrevistas intermediadas pelo cineasta americano, Bryan Fogel, que lançou um documentário premiado a respeito.
Tudo começou quando o cineasta e ciclista de alta performance pretendia melhorar seu rendimento em especial para o Tour de France e o Dr. Grigory Rodchenkov foi indicado.
Começou uma série de reuniões virtuais e em pouco tempo, o que se pretendia ser um acompanhamento médico para ingestão de medicamentos para melhorar o desempenho, se tornou um documentário com diversas premiações, incluindo o Oscar de melhor documentário na 90ª edição do Oscar.
E assim, a Netflix conseguiu sua primeira vitória no grande prêmio de cinema.
O documentário ainda está disponível na plataforma de streaming.
Você sabia que as Olímpiadas de Tóquio é a primeira com o uso do CBD?
Sim, o uso de canabidiol (CBD) foi liberado para o uso das Olímpiadas de Tóquio pela WADA – Agência Mundial Antidoping,
Portanto, esta será a primeira olímpiada na qual dezenas de atletas irão utilizar o CBD, muitos publicamente, outros ainda sem poder comunicar em função do preconceito e da falta de informação que acomete o uso da Cannabis para fins medicinais.
É por isso que a nossa missão é informar e amplificar os benefícios da Cannabis para o tratamento das mais diversas patologias. No caso de atletas as principais são: lesões, inflamações, dores, insônia e ansiedade, e sendo assim, criamos um documentário especial sobre o CBD no Esporte, com matérias, reportagens, lives e entrevistas sobre o tema. Clique aqui e acompanhe tudo em detalhes.