Você já se perguntou sobre quem pode prescrever canabidiol no Brasil? A resposta para esta dúvida pode ajudar no processo de busca por produtos à base de CBD.
Para pacientes em busca dos benefícios dos canabinoides, o primeiro passo é compreender quem tem autorização para prescrever canabidiol (CBD).
No entanto, essa tarefa pode ser desafiadora no Brasil, onde a quantidade de médicos declaradamente prescritores ainda é limitada, representando menos de 1% do total de mais de 500 mil médicos.
Além desse desafio, o tratamento com CBD não é tão acessível devido a questões legais que restringem significativamente a oferta de medicamentos.
Embora a importação seja uma alternativa viável para a maioria, nem sempre é simples encontrar o fármaco com o perfil adequado de canabinoides.
Essas são algumas questões que só podem ser esclarecidas com o auxílio de um profissional habilitado a prescrever tratamentos à base de CBD.
Se essas são suas dúvidas, você está no conteúdo certo. Continue a leitura e descubra quando e como buscar por uma prescrição de canabidiol. Aqui, abordaremos os seguintes tópicos:
- Quem pode prescrever canabidiol no Brasil?
- A Anvisa restringe alguma especialidade médica de prescrever o canabidiol?
- Como é o processo de prescrição de canabidiol?
- Como o paciente pode comprar remédios à base de Cannabis no Brasil?
- Afinal, o canabidiol é realmente eficaz no tratamento de doenças?
- De quais formas a Cannabis pode ser consumida nos tratamentos?
- Como encontrar um médico ou dentista que pode prescrever canabidiol?
- Perguntas comuns sobre quem pode prescrever canabidiol
Quem pode prescrever canabidiol no Brasil?
Por ser um mercado bastante restrito, é compreensível que uma parcela significativa da comunidade médica ainda opte por não utilizar tratamentos com canabinoides.
No entanto, é importante ressaltar que não há nenhuma limitação legal para isso, pois, em 2015, os canabinoides foram removidos da lista de substâncias ilícitas pela Anvisa.
De acordo com a Resolução RDC Nº 3/2015, o CBD passou a fazer parte do rol de substâncias sujeitas a controle especial, conforme definido pela Portaria Nº 344/1998. Dessa forma, a prescrição dessas substâncias em diversos tratamentos pode ser realizada por qualquer médico devidamente credenciado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM) e também por dentistas, devidamente credenciados pelo Conselho Regional de Odontologia (CRO).
Apesar dessa mudança regulatória, é essencial destacar que a simples retirada do CBD e do tetrahidrocanabinol (THC) da lista de substâncias ilícitas não é suficiente. É necessária uma significativa iniciativa pública, para melhorar a disponibilidade de Cannabis para uso medicinal, que ainda se encontra em estágios iniciais no Brasil.
Você pode conferir aqui uma lista de profissionais que estão habilitados para prescrever Cannabis medicinal.
Os dentistas podem prescrever o canabidiol no Brasil?
Recentemente, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) aprovou uma resolução, que permite aos dentistas prescrever o canabidiol em tratamentos odontológicos.
Essa medida foi possível desde que houve a inclusão do canabidiol na lista de substâncias permitidas para uso medicinal no Brasil.
Agora, os dentistas podem utilizar o canabidiol em casos específicos, como dores crônicas na região bucal, ansiedade e estresse relacionados a tratamentos odontológicos, mediante prescrição médica e registro adequado do tratamento.
Essa medida do CFO representa uma conquista para a Odontologia, oferecendo mais uma opção terapêutica aos pacientes e abrindo caminhos para o uso da Cannabis medicinal em outras áreas da Saúde, trazendo esperança para aqueles que buscam alívio para diversas condições.
Nutricionista pode prescrever canabidiol?
Para profissionais de saúde além de médicos e dentistas, a prescrição de canabidiol (CBD) pode ser mais complexa.
Em casos assim, a judicialização pode ser uma alternativa, buscada por alguns pacientes. Profissionais de saúde que não são médicos ou dentistas só podem recomendar os produtos fitoterápicos, que não requerem prescrição. Por esse motivo, nutricionistas e fisioterapeutas não têm autorização para prescrever, uma vez que os produtos não são isentos de receita médica.
A Anvisa restringe alguma especialidade médica de prescrever o canabidiol?
A prescrição do canabidiol é viável para qualquer profissional médico. Independentemente da enfermidade, o acesso do paciente a formas de tratamento, para doenças que não respondem mais às terapias convencionais, está nas mãos do médico prescritor, tornando-se uma nova esperança.
Contudo, uma parte da comunidade médica ainda resiste a essa alternativa, seja por falta de informação, dúvidas ou até mesmo questões culturais.
É importante ressaltar que a variedade de enfermidades tratáveis com o canabidiol permite que praticamente qualquer médico possa prescrevê-lo. Isso inclui desde clínicos gerais até os mais especializados cirurgiões, todos capacitados para recomendar fármacos contendo canabidiol como opção terapêutica.
Apesar de não ser obrigatória uma formação ou especialização específica para prescrever o canabidiol, é sempre desejável que o médico esteja bem informado sobre o medicamento que indica.
A decisão de prescrever o CBD dependerá da doença a ser tratada e da segurança que o médico sentirá em fazê-lo, além de considerar a conversa que o paciente terá com ele.
A inclusão do CBD e do THC na lista de substâncias controladas foi um avanço necessário, mas que representa somente um tímido primeiro passo. Isso porque não basta apenas autorizar a comercialização de um fármaco. Na sequência, é preciso fomentar a indústria e a cadeia produtiva para que ele seja disponibilizado no mercado, conforme a demanda.
O que existe é um mercado ainda pequeno e que já não suporta mais o volume de pedidos, que crescem a cada dia, como aponta uma matéria publicada na revista Época.
Sendo assim, o melhor a se fazer é se informar e buscar os meios certos, na hora de dar uma chance ao tratamento com canabidiol.
Como é o processo de prescrição de canabidiol?
A primeira informação que você precisa considerar antes de comprar canabidiol é que a prescrição, por um médico ou dentista, é somente o “pontapé inicial”. Isso porque, no Brasil, em geral, as pessoas que buscam pela Cannabis medicinal têm duas alternativas: uma é a aquisição dos fármacos autorizados para venda nas farmácias e drogarias brasileiras; a outra é a importação.
Em ambas, a receita médica é uma exigência, sem a qual não há como comprar CBD.
Dito isso, a prescrição de canabidiol não difere da que se faz em relação a outros medicamentos. Ainda mais porque, hoje, a Anvisa está mais flexível a respeito da exigência de que o CBD seja prescrito apenas como último recurso.
Nesse aspecto, vale citar a alínea VIII do parágrafo 4º do art. 36 da RDC Nº 327/2019:
“O uso do produto de Cannabis é admitido quando há uma condição clínica definida, em que outras opções de tratamentos estiverem esgotadas e que dados científicos sugerem que a Cannabis pode ser eficaz.”
Porém, no caso dos dentistas, somente a importação de produtos de Cannabis foi permitida. Portanto, para este meio de compras, a receita odontológica é uma exigência.
Como o paciente pode comprar remédios à base de Cannabis no Brasil?
A Anvisa autoriza, desde 2015, a compra de fármacos à base de Cannabis importados. No entanto, para ter acesso a eles, é necessário seguir as regras definidas pelo órgão de controle sanitário. Afinal, são poucas opções nacionais, o que faz da importação a melhor alternativa, principalmente para quem sofre de doenças raras ou em estágios mais avançados.
De qualquer forma, vale ressaltar que todos os remédios que contêm canabinoides são controlados. Assim sendo, eles só podem ser comercializados, se o comprador apresentar uma receita médica ou odontológica. Isso se aplica também ao adquirir medicamentos do exterior e que, portanto, estão sujeitos ao controle da Anvisa, ao ingressar no Brasil. Em outras palavras: para comprar produtos à base de CBD dos Estados Unidos (ou de qualquer outro país), é indispensável a prescrição por parte de um médico ou dentista habilitado.
Considerando que nem todos indicam a Cannabis, você precisará confirmar se o profissional trabalha com fármacos que contenham essa substância. Na consulta, o paciente deverá conversar com ele sobre as possibilidades disponíveis para, só então, chegar ao medicamento com o perfil ideal.
Confira, então, como funciona o processo de compra, do início ao fim.
Solicitação à Anvisa
Depois de discutir com o seu médico e obter a receita, você poderá dar entrada na solicitação de importação junto à Anvisa.
Vale destacar que, recentemente, o órgão encurtou o processo, diminuindo a quantidade de documentos necessários para autorizar a importação. Agora, basta apenas a receita para solicitar a aquisição de produtos derivados da Cannabis. O procedimento pode ser feito online, via formulário disponibilizado no site da Agência.
Além disso, se o paciente não puder conduzir o processo, poderá delegar a tarefa a um terceiro, desde que tenha uma procuração registrada em cartório.
Autorização da Anvisa
Junto à desburocratização do processo de solicitação, a Anvisa também responde, hoje, em menos tempo do que foi há alguns anos.
Afinal, no início, quando a importação de Cannabis medicinal foi autorizada, o prazo de resposta do órgão podia ser de longos 90 dias.
Desde então, bastante coisa mudou e, hoje, a Anvisa leva até dez dias para dar um retorno, positivo ou negativo.
E, caso o produto já esteja no rol de produtos previamente aprovados para importação, a liberação é praticamente imediata. Basta que os documentos apresentados estejam corretos. Caso a resposta seja “sim”, o próximo passo é buscar por uma loja que venda o medicamento prescrito, que deve ser autorizado para uso no Brasil, pela entidade de vigilância sanitária. No entanto, se a Anvisa se manifestar contrariamente, deverá dizer se existe alguma pendência, para que os ajustes necessários sejam feitos, em um novo pedido.
Compra e entrega
A partir da resposta positiva da Anvisa, é hora de encontrar uma loja online, na qual será possível comprar o seu remédio.
Um ponto importante a observar é que, como em toda aquisição do exterior, é necessário arcar com impostos, taxas e negociar com instituições estrangeiras durante o processo.
Entendemos que nem todos têm experiência nesse tipo de compra, por isso, o portal Cannabis & Saúde oferece apoio nessa etapa, para pacientes que tenham solicitado agendamento de consulta em nossa plataforma.
Ao importar medicamentos contendo canabinoides, muitas empresas, que facilitam a importação do produto de Cannabis, realizam gratuitamente todo esse trabalho para o paciente, referente à autorização da Anvisa.
Afinal, o canabidiol é realmente eficaz no tratamento de doenças?
Além das questões legais e de mercado, há médicos que ainda resistem a prescrever canabidiol por razões científicas.
De fato, a Ciência não avançou a ponto de confirmar, com 100% de precisão, a eficácia do CBD e de outros canabinoides, como recurso terapêutico.
Em compensação, o que não faltam são casos reais de pessoas que foram curadas ou, pelo menos, tiveram os sintomas de suas doenças abrandados pelo uso do canabidiol.
Muitos deles, como já ressaltamos, são bastante surpreendentes, considerando que o CBD vem curando até mesmo pacientes que já haviam perdido a esperança.
Alguns desses casos você já deve ter visto aqui, no portal Cannabis & Saúde. Um que merece destaque é o da pequena Esther, que começou a usar Cannabis aos dois anos de idade para tratar de convulsões causadas por uma encefalopatia hipóxico isquêmica. Com o canabidiol, ela conseguiu reduzir não só as convulsões, como a espasticidade e, hoje, tem mais coordenação motora, com mais controle sobre os seus movimentos.
Outro caso de recuperação emocionante com CBD é o da pequena Nalu. Nascida com microcefalia, paralisia cerebral e epilepsia, foi somente com o canabidiol que ela encontrou o alívio para as constantes crises convulsivas que sofria desde recém-nascida. Há também muitos outros relatos e histórias incríveis de pessoas, tanto adultos quanto crianças, que conseguiram alívio de suas doenças quando os tratamentos convencionais falharam.
Quais doenças podem ser tratadas com Cannabis?
Não é por acaso que o governo, por meio da Anvisa, tem se posicionado favorável à regulamentação da Cannabis medicinal. Afinal, dia após dia, surgem casos reais de pessoas que estão se recuperando de doenças até então intratáveis ou refratárias aos tratamentos convencionais.
Um exemplo disso é a epilepsia, uma condição que, segundo a OMS, não é tratada na proporção de três em cada quatro indivíduos nos países de baixa renda.
Pois a mesma OMS reconhece, em seu Canabidiol Critical Review, que essa é a enfermidade em que o CBD se mostra mais eficaz no tratamento.
De qualquer forma, a lista de doenças e condições que podem ser controladas com essa substância é bastante extensa.
Confira:
- Ansiedade
- Artrite reumatoide
- Artrose
- Autismo
- Câncer
- Dependência química
- Depressão
- Dermatites, acne e psoríase
- Diabetes
- Doença de Alzheimer
- Doença de Parkinson
- Doenças gastrointestinais
- Dor neuropática
- Dores de cabeça
- Endometriose
- Enxaqueca
- Epilepsia
- Esclerose múltipla
- Fibromialgia
- Glaucoma
- Insônia
- HIV
- Lesões musculares
- Obesidade
- Osteoporose
- Paralisia cerebral
- Síndrome de Tourette
- Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)
- Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT)
De quais formas a Cannabis pode ser consumida nos tratamentos?
Além da possibilidade de prescrição em diversos tratamentos, a Cannabis também se mostra versátil, pelas suas formas de administração.
No entanto, os produtos terapêuticos fabricados à base de CBD e THC, no Brasil, não estão disponíveis em vários formatos.
Veja o que diz o art. 10 da RDC Nº 327/2019:
“Os produtos de Cannabis serão autorizados para utilização apenas por via oral ou nasal.”
Por outro lado, levando em conta a abertura gradual que a Anvisa vem fazendo para produtos importados derivados de Cannabis, possivelmente, no futuro, haverá mais alternativas para os pacientes brasileiros. Sendo assim, vale a pena conhecer algumas das possibilidades de uso da Cannabis medicinal.
Cápsulas
Uma das mais difundidas formas de veiculação dos medicamentos é em cápsulas. De consistência sólida, são compostas por um invólucro, que pode ser mole ou duro, de capacidade variável e contendo uma substância ativa, ingerida via oral.
Desse modo, e considerando o método de fabricação, finalidade terapêutica e composição, medicamentos em cápsulas podem ser comercializados em diversas categorias:
- Cápsulas moles
- Cápsulas duras
- Cápsulas de libertação modificada
- Cápsulas gastrorresistentes.
No caso dos produtos derivados de Cannabis, cada cápsula conta com uma dosagem preestabelecida da substância. É possível fabricá-las com extrato de espectro amplo, completo, ou o CBD/THC isolado. Também pode conter outros componentes que não estejam presentes na Cannabis, adicionados sinteticamente.
Óleos
Para certos pacientes, medicamentos em cápsulas ou drágeas podem não ser tão bem tolerados pelo trato digestivo. Nesse caso, e considerando que a via oral é mais comumente indicada, uma possibilidade bastante difundida são os fármacos contendo CBD na forma de óleo.
Outra vantagem é que o óleo de canabidiol pode ser administrado pela via oral ou sublingual, por onde apresenta ação mais rápida. O medicamento normalmente é acondicionado em um pequeno frasco (ou dosador), equipado com conta-gotas para a aplicação do produto embaixo da língua. Da mesma maneira que ocorre com as cápsulas, a concentração do CBD e dos demais componentes vai variar conforme a doença tratada e o perfil do paciente. Sendo assim, cabe ao paciente, com orientação do seu médico, controlar a dosagem pelo número de gotas.
Produtos de uso tópico
Como vimos, a Cannabis é bastante versátil, não só por ser prescrita no tratamento de diversas doenças como por servir como insumo para fabricação de outros produtos.
Entre as muitas possibilidades que podem ser exploradas, temos os artigos de uso tópico, ou seja, cremes, pomadas, adesivos transdérmicos e óleos de massagem.
Administrados diretamente sobre a pele no local afetado – quando usados como medicamento -, eles agem de maneira diferente, se compararmos com as outras formas de uso.
Isso porque esse tipo de produto, em geral, é indicado para tratar condições leves, como irritações cutâneas ou mesmo desconfortos musculares.
Vale destacar que a aplicação de cremes ou pomadas contendo CBD é recomendada em virtude da presença de receptores endocanabinoides cutâneos.
Vaporizadores
Uma alternativa aos produtos consumidos via oral são os vaporizadores, pelos quais o CBD é inalado e posteriormente absorvido pelos pulmões.
Esse método tem uma vantagem em relação aos demais, que é o efeito mais rápido em virtude da elevada biodisponibilidade.
Cabe ressaltar que a inalação de canabidiol não é a mesma coisa que consumir na forma de cigarros, como fazem os que utilizam a planta recreativamente.
Afinal, medicamentos à base de CBD produzidos como óleo podem ser inalados depois de aquecidos, quando então se transformam em vapor.
Entre as maneiras de inalação, podem ser usadas canetas vaporizadoras, com modelos que produzem nuvens de vapor e outros mais discretos.
Bebidas
Embora não seja solúvel, isto é, não se mistura à água, o óleo de CBD também pode ser comercializado em forma líquida, graças às novas tecnologias de extração.
Desse modo, hoje é possível fabricar o produto como bebidas energéticas e sucos contendo canabinoides.
Cosméticos
Outra prova da versatilidade da Cannabis medicinal tem relação com os produtos contendo CBD utilizados como cosméticos.
Nos países com legislação mais avançada, há lojas em que facilmente podem ser encontrados cremes hidratantes, sabonetes, óleos, xampus, entre outros formatos.
Eles podem ser indicados no tratamento da acne ou apenas como relaxante para cabelos e pele.
Supositórios
Os supositórios de CBD são uma forma alternativa de administração do canabidiol (CBD) com fins medicinais.
Eles foram desenvolvidos para oferecer uma maneira eficaz e conveniente de administrar o CBD em casos em que outras formas de consumo podem não ser viáveis ou desejáveis.
Quando inseridos no reto, os supositórios permitem que o CBD seja absorvido diretamente pela mucosa, evitando o metabolismo hepático de primeira passagem. Isso pode resultar em uma maior biodisponibilidade do composto.
Como encontrar um médico ou dentista que pode prescrever canabidiol?
Apesar da eficácia comprovada por inúmeros casos de tratamentos bem-sucedidos e de estudos que sugerem que o CBD vale a pena, nem todos os médicos estão informados o bastante para prescrevê-lo.
Outro obstáculo a ser considerado é a falta de especialistas prescritores de canabidiol no Sistema Único de Saúde (SUS).
Como boa parcela do atendimento ambulatorial no Brasil começa na rede pública, fica evidente que a maior parte da população ainda não tem acesso ao tratamento com CBD.
Nós, do portal Cannabis & Saúde, entendemos que esses são desafios que não serão superados em curto prazo.
Por isso, disponibilizamos online uma lista com especialistas prescritores de Cannabis medicinal com a opção de agendamento.
Acesse a nossa lista de médicos e dentistas habilitados, procure pelo profissional mais perto de você ou, se preferir, marque uma consulta a distância.
Perguntas comuns sobre quem pode prescrever canabidiol
Para te ajudar a compreender mais sobre quem pode prescrever canabidiol, vamos agora abordar uma série de perguntas frequentes relacionadas à prescrição médica no contexto brasileiro. Confira:
1. Existem restrições de idade para prescrições?
Atualmente, não há restrições específicas de idade para a prescrição de canabidiol (CBD) no Brasil.
Médicos de diversas especialidades têm a autorização para prescrever o CBD a pacientes que se enquadrem nas indicações clínicas apropriadas.
Contudo, é essencial enfatizar que o uso do CBD em crianças e adolescentes requer uma avaliação criteriosa e uma discussão cuidadosa entre o médico, o paciente e seus responsáveis.
O tratamento com CBD em pacientes pediátricos geralmente é considerado em casos de condições médicas graves e resistentes a outras terapias convencionais.
2. Como a eficácia é avaliada e a dosagem ajustada?
A avaliação da eficácia do canabidiol (CBD) e o ajuste da dosagem são processos que envolvem uma abordagem individualizada, levando em consideração a condição médica do paciente, a gravidade da doença e a resposta ao tratamento.
A eficácia do CBD é geralmente avaliada por meio de acompanhamento clínico regular, onde o médico observa a evolução dos sintomas do paciente ao longo do tratamento.
Dependendo da condição médica específica, podem ser utilizados diferentes critérios de avaliação, como escalas de avaliação de dor, qualidade de vida, frequência de crises, entre outros.
Quanto à dosagem, ela é ajustada com base na resposta individual do paciente ao CBD.
Inicialmente, os médicos costumam iniciar com uma dosagem baixa e, em seguida, aumentá-la gradualmente até alcançar o nível mais adequado para o controle dos sintomas da doença.
Esse processo permite encontrar a dosagem terapêutica mínima necessária para obter os melhores resultados com o menor número possível de efeitos colaterais.
3. Como os prescritores garantem a segurança e minimizam os efeitos colaterais?
Os prescritores têm como objetivo garantir a segurança do tratamento com canabidiol (CBD) e, ao mesmo tempo, minimizar os possíveis efeitos colaterais.
Para isso, adotam uma abordagem cuidadosa e bem informada durante todo o processo de tratamento.
Inicialmente, realizam uma avaliação completa do paciente, levando em consideração o histórico médico, as condições de saúde atuais, os medicamentos em uso e possíveis alergias.
Essa avaliação tem o objetivo de identificar contraindicações e evitar interações medicamentosas que possam comprometer a eficácia do tratamento.
A etapa seguinte consiste em iniciar o tratamento com doses baixas de CBD, para posteriormente ajustá-las gradualmente de acordo com a resposta do paciente.
Dessa forma, buscam encontrar a dose terapêutica mínima eficaz, o que possibilita reduzir a ocorrência de efeitos colaterais indesejados.
Além disso, é fundamental monitorar regularmente o paciente ao longo do tratamento para avaliar a eficácia do CBD e detectar possíveis efeitos colaterais.
Por fim, a comunicação contínua entre médico e paciente é incentivada.
Isso permite ao paciente relatar quaisquer efeitos colaterais ou preocupações que possam surgir durante o tratamento, possibilitando que o prescritor tome medidas apropriadas para garantir a segurança e eficácia do uso do canabidiol no cuidado de saúde do paciente.
4. A renovação regular da receita é necessária?
A renovação regular da receita do canabidiol (CBD) é necessária no Brasil, pois o acesso ao CBD só pode ser feito mediante prescrição médica.
A receita emitida por um profissional de saúde habilitado é válida por um determinado período, e, ao término desse período, é necessário obter uma nova receita para continuar adquirindo o medicamento.
O prazo de validade da receita pode variar de acordo com a legislação vigente e as regulamentações específicas em cada estado ou país.
Geralmente, as receitas para medicamentos controlados, como o CBD, têm um prazo de validade limitado para garantir que o tratamento esteja sendo acompanhado regularmente pelo médico e que a dosagem e a eficácia do tratamento sejam avaliadas periodicamente.
5. Prescrição como tratamento primário ou complementar a outras terapias?
O canabidiol (CBD) pode ser prescrito tanto como tratamento primário, bem como complementar a outras terapias, dependendo da condição médica específica do paciente e da abordagem terapêutica recomendada pelo profissional de saúde.
Como tratamento primário, o CBD é uma boa opção em casos onde se mostrou eficaz como terapia principal, como, por exemplo, em algumas formas de epilepsia refratária.
Nessas situações, o CBD tem demonstrado benefícios significativos na redução da frequência e gravidade das crises convulsivas, tornando-se uma opção terapêutica de destaque para esses pacientes.
Por outro lado, como tratamento complementar, o CBD pode ser benéfico em condições médicas mais complexas ou crônicas, em conjunto com outras terapias existentes.
Essa abordagem é comum especialmente quando o paciente apresenta necessidades específicas e os tratamentos convencionais não são totalmente eficazes.
Nesses casos, o CBD pode ser útil para ajudar no controle de sintomas ou para potencializar os efeitos positivos de outras terapias já em curso.
Conclusão
Como vimos, no Brasil, todos os médicos pode fazer a prescrição do canabidiol (CBD), independentemente da sua especialidade.
O acesso ao CBD para tratamento de determinadas enfermidades está condicionado à prescrição médica assinada por um profissional de saúde habilitado.
Embora não haja uma exigência específica de formação ou especialização para prescrever o CBD, é desejável que o médico tenha conhecimento aprofundado sobre o medicamento e suas aplicações terapêuticas.
A legislação brasileira reforça a importância do papel do médico prescritor como ponto de acesso para tratamentos alternativos quando a terapia convencional já não é eficaz.
Contudo, é válido mencionar que alguns membros da comunidade médica ainda podem resistir à adoção do CBD como opção terapêutica, seja por questões culturais, falta de informação ou dúvidas sobre a eficácia e segurança do tratamento.
Dada a ampla gama de enfermidades tratáveis com o canabidiol, a possibilidade de prescrição por médicos de diferentes especialidades amplia o alcance desse tratamento para os pacientes.
Portanto, a prescrição do canabidiol no Brasil representa uma oportunidade promissora para pacientes que enfrentam condições de saúde desafiadoras.
Ao mesmo tempo, exige um compromisso contínuo da classe médica em atualizar seus conhecimentos e práticas clínicas para proporcionar tratamentos adequados e eficazes.
É essencial que os profissionais de saúde estejam atualizados e bem informados sobre as evidências científicas relacionadas ao CBD, a fim de tomar decisões informadas e seguras em benefício dos pacientes.
Por isso, fica desde já a nossa recomendação para continuar sempre a par das últimas notícias sobre Cannabis medicinal aqui, no portal Cannabis & Saúde.