A osteofitose, também conhecida como bico de papagaio, são crescimentos ósseos lisos encontrados nas proximidades das articulações.
Desenvolvem-se ao longo do tempo em pacientes com artrite ou lesões articulares.
Essas projeções ósseas são comuns nos pés, mãos, joelhos e coluna. Embora não tenham cura, existem tratamentos para o bico de papagaio.
Essa condição, com múltiplas causas, afeta aproximadamente 26,9% dos brasileiros, conforme um estudo publicado na Revista de Medicina da USP.
Dependendo da região afetada e do impacto na qualidade de vida, a osteofitose pode levar à incapacitação.
Os tratamentos conservadores, baseados em medicamentos, geralmente proporcionam alívio dos sintomas. Em casos específicos, pode ser necessário buscar abordagens alternativas.
É aqui que o canabidiol (CBD) se destaca como um aliado poderoso para aliviar as dores associadas a essa e outras condições que afetam o sistema musculoesquelético.
Veja, neste conteúdo, o que o CBD pode fazer pelas pessoas que sofrem de bico de papagaio, onde encontrar médicos prescritores e muito mais.
Aqui, você aprenderá sobre:
- O que é bico de papagaio?
- O que causa o bico de papagaio?
- Quais são os sintomas do bico de papagaio?
- Quanto tempo dura uma crise de bico de papagaio?
- Bico de papagaio x hérnia de disco: quais são as diferenças?
- Como prevenir o bico de papagaio?
- Como é feito o diagnóstico de bico de papagaio?
- Remédio para bico de papagaio: quais são os mais indicados no tratamento?
- Remédios naturais para bico de papagaio
- Exercício físico como remédio para bico de papagaio
- Tratamento para bico de papagaio com medicamentos à base de CBD
- Existe alguma regulamentação para o uso do CBD no Brasil?
- Quais são as vantagens do uso do CBD no tratamento de bico de papagaio?
- Onde encontrar médicos que prescrevem remédios à base de CBD no Brasil?
O que é bico de papagaio?
Osteofitose é o nome científico da doença que, nos países de língua portuguesa, é mais conhecida como bico de papagaio.
Consiste em um processo degenerativo no qual as bordas das vértebras da coluna criam uma espécie de esporão (ponta saliente).
O encontro das protuberâncias de cada vértebra assume normalmente um formato similar ao do bico de um papagaio – por isso, a doença é chamada assim.
Trata-se de uma deformidade que surge na coluna e que, como tal, provoca dores e outros sintomas associados.
A osteofitose não tem cura. No entanto, com o uso de remédio para bico de papagaio, é possível levar uma vida normal e com qualidade.
Em virtude da semelhança de sintomas, o bico de papagaio pode ser confundido com outras doenças que afetam a coluna, como hérnia de disco.
No entanto, como veremos mais à frente, essas enfermidades são bastante diferentes e, por isso, pedem tratamentos distintos.
O que causa o bico de papagaio?
Ortopedistas atribuem a maior parte dos casos de osteofitose a dois fatores interligados: má postura e envelhecimento.
Pessoas que não mantêm uma boa postura, com o tempo, fazem com que as vértebras permaneçam em atrito constante.
Assim, a resposta do organismo é formar estruturas que possam suportar o mau alinhamento da coluna.
Além disso, o bico de papagaio também pode ser causado por outras doenças, entre as quais se destacam:
- Hérnia de disco;
- Artrite reumatoide;
- Artrose;
- Escoliose;
- Doenças autoimunes, como a espondilite anquilosante;
- Sedentarismo;
- Fraturas.
Desse modo, tanto homens quanto mulheres a partir dos 40 anos devem ficar atentos aos sintomas da condição.
Caso algum deles se manifeste, é preciso procurar um médico ortopedista o quanto antes, já que a doença é progressiva e irreversível.
Quais são os sintomas do bico de papagaio?
Como a maioria das doenças ósseas, o bico de papagaio apresenta sintomas que afetam diretamente a qualidade de vida da pessoa acometida.
Tendo em vista a sua progressividade, é preciso buscar tratamento o quanto antes para que ela não provoque danos maiores.
Em alguns casos, pessoas com bico de papagaio podem não notar sinais ou sintomas até que um raio-X para outra condição revele os crescimentos.
No entanto, em geral, os esporões ósseos causam dor e perda de movimento em suas articulações.
Sintomas específicos dependem de onde estão os esporões ósseos. Alguns deles podem até incapacitar para o trabalho, então, todo cuidado é pouco.
1. Dor nas costas e no pescoço
O sintoma mais comum da osteofitose é a dor localizada na região da lombar e do pescoço.
Os osteófitos pressionam e irritam os nervos espinhais circundantes, resultando em desconforto significativo.
À medida que esses crescimentos ósseos se desenvolvem, eles podem comprimir as raízes nervosas, causando inflamação e dor localizada.
Essa compressão nervosa gera uma variedade de sintomas dolorosos, como dor aguda na região afetada, rigidez e, em alguns casos, dores por toda a região próxima.
A dor associada ao bico de papagaio piora com o movimento, pois o atrito adicional nos locais afetados intensifica a pressão sobre os nervos.
2. Sensação de formigamento
Quando se manifesta na região cervical e lombar, o bico de papagaio causa uma sensação de formigamento.
No primeiro caso, a sensação aparece nos braços; no segundo, ela surge nas pernas.
Crescimentos anormais de ossos pressionam os nervos da coluna vertebral. Isso pode resultar em sintomas como formigamento, dormência e dor.
3. Limitação dos movimentos
Os bicos que se formam à beira das vértebras acabam criando verdadeiras “travas” que restringem a amplitude dos movimentos da coluna.
À medida que os osteófitos crescem, restringem a flexibilidade e causam desconforto durante os movimentos.
A limitação dos movimentos também ocorre devido à alteração na estrutura e função das articulações afetadas.
Esse é mais um motivo para procurar ajuda médica o quanto antes para impedir o avanço da doença.
4. Rigidez
Se nada for feito, a tendência é que a formação dos bicos leve a pessoa a desenvolver rigidez nas articulações afetadas.
Em casos extremos, o paciente pode até perder a capacidade de se movimentar com naturalidade e, assim, se tornar permanentemente limitado.
Quanto tempo dura uma crise de bico de papagaio?
As crises, caracterizadas por surtos agudos de dor e rigidez no local afetado, são influenciadas pela extensão do desgaste nas articulações da coluna vertebral, presença de inflamação e a saúde global do paciente.
Essas crises podem durar desde alguns dias até semanas, marcadas por intervalos de alívio intercalados com recorrências.
A busca por assistência profissional é imperativa durante essas crises, uma vez que elas podem agravar a condição do paciente.
Bico de papagaio x hérnia de disco: quais são as diferenças?
É bastante comum que a osteofitose seja confundida com a hérnia de disco, doença que, segundo o IBGE, atinge cerca de 5,4 milhões de brasileiros com menos de 30 anos.
De fato, ambas apresentam sintomas muito parecidos e, se não forem diagnosticadas corretamente, podem ser confundidas.
A diferença principal está na região da coluna vertebral que cada condição atinge.
Como vimos, o bico de papagaio é uma deformidade óssea que se manifesta na região mais externa das vértebras.
No entanto, entre cada uma das vértebras existem os chamados discos invertebrais, que são formados por uma substância gelatinosa.
A função desses discos é amortecer os impactos dos movimentos realizados pela coluna.
A hérnia de disco é uma condição da coluna vertebral em que o núcleo interno de um disco intervertebral se projeta além da camada externa, chamada anel fibroso.
Quando o líquido contido nesses discos extravasa, ele escapa pelo espaço entre as vértebras, causando dores e formigamento nos membros, como ocorre na osteofitose.
Essa protrusão muitas vezes resulta de processos degenerativos associados ao envelhecimento, como perda de elasticidade do anel fibroso.
Traumas ou movimentos repetitivos também podem desencadear a formação da hérnia de disco.
Seja como for, em alguns casos, a única solução para a hérnia pode ser a cirurgia, assim como nos estágios mais avançados de bico de papagaio.
Como prevenir o bico de papagaio?
Os dois principais critérios que levam uma pessoa a desenvolver a doença, como você já sabe, são a má postura e a idade.
Sendo assim, quanto mais tempo levamos para corrigir uma postura ruim, mais chances de desenvolver o bico de papagaio.
Por isso, a melhor forma de prevenir a enfermidade é manter sempre a coluna ereta quando estamos de pé e bem apoiada quando sentados.
Outro modo de evitar esse tipo de degeneração é a prática de esportes, afinal, o sedentarismo também é um fator de risco para a doença.
Embora a musculação seja particularmente benéfica, ela não é o único esporte que pode ajudar a preservar a coluna e a fortalecê-la contra condições degenerativas.
Portanto, vale conversar com um profissional para que ele indique a modalidade mais adequada para o seu caso.
Mais uma maneira de prevenir o desenvolvimento do bico de papagaio é evitar carregar peso em demasia, já que a doença tem como causa a sobrecarga das vértebras.
Como é feito o diagnóstico de bico de papagaio?
A dor nas costas é o sintoma mais prevalente nas pessoas que sofrem de bico de papagaio.
No entanto, ela pode surgir em função de outras doenças, motivo pelo qual o diagnóstico da osteofitose deve ser feito por meio não só de anamnese, mas de exames específicos.
Os mais indicados são:
- Raio-X da coluna vertebral;
- Ressonância nuclear magnética;
- Tomografia axial computadorizada;
- Eletroneuromiografia;
- Cintilografia óssea.
Cabe ressaltar que a dor nas costas é um sintoma bastante típico de outras doenças, muitas das quais até mais graves que a osteofitose.
Portanto, independentemente dos outros sintomas associados à condição, esse é um bom motivo para procurar um médico o mais rápido possível.
Afinal, a dor pode ser causada por problemas como apendicite, assim como ter sua origem em tumores.
O médico também investigará se não há outros problemas que possam agravar o quadro, como eventuais reumatismos, além da postura do paciente e sua rotina ocupacional.
Seja qual for o caso, somente um especialista pode prescrever os exames adequados e fazer um diagnóstico preciso.
Remédio para bico de papagaio: quais são os mais indicados no tratamento?
A maioria dos pacientes que apresentam compressão nervosa leve ou moderada devido ao bico de papagaio pode gerenciar eficazmente seus sintomas sem recorrer à cirurgia.
O foco do tratamento não cirúrgico é interromper o ciclo de inflamação e dor. O uso de remédio para bico de papagaio envolve:
Medicamentos
Para acalmar a inflamação e a dor, medicamentos como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e relaxantes musculares podem ser recomendados.
No entanto, o uso prolongado de remédio para bico de papagaio deve ser abordado com precaução devido aos riscos de efeitos colaterais.
Atividades podem aumentar a inflamação nas articulações. Portanto, breves períodos de descanso durante o uso da medicação proporcionam tempo para a inflamação diminuir.
Fisioterapia e exercício
Terapias como fisioterapia, exercícios e manipulação realizados por quiropráticos, osteopatas e fisioterapeutas visam aliviar a dor nas costas associada a esporões ósseos.
Essas abordagens buscam restaurar a flexibilidade e a força da coluna, melhorar a postura e reduzir a compressão da raiz nervosa.
Quando a dor e inflamação estão relacionadas a padrões anormais de alinhamento e movimento na coluna, a manipulação espinhal pode ajudar a aliviar sintomas.
No entanto, essa abordagem não é adequada para todos, exigindo uma avaliação cuidadosa do histórico médico, exame físico e discussão dos riscos e benefícios antes do tratamento.
Perda de peso
Reduzir o excesso de peso melhora a pressão na coluna vertebral.
Também minimiza o atrito entre as articulações das vértebras e reduz a probabilidade de ocorrer crises de dor, especialmente na região lombar.
Injeções
Procedimentos de injeção espinhal orientados por via fluoroscópica e com contraste atuam na fonte da dor na coluna vertebral e também auxiliam na diminuição da inflamação.
No entanto, a injeção na coluna vertebral pode não aliviar completamente a dor de um paciente, mas pode proporcionar alívio suficiente para permitir a progressão da reabilitação.
Os pacientes devem evitar receber mais de 3 injeções em qualquer articulação durante um curto período de tempo.
Além disso, se a primeira injeção não fornecer alívio, não há indicativos de que novas injeções na mesma estrutura proporcionem um resultado melhor.
Cirurgia da coluna
Se os tratamentos não cirúrgicos não conseguirem aliviar a dor causada por esporões ósseos, pode ser indicada a consulta a um cirurgião da coluna vertebral.
A decisão de recorrer à cirurgia na coluna vertebral é tomada quando a compressão nervosa ou da medula espinhal resulta em dor persistente e/ou perda de função motora/sensorial.
Com isso, a cirurgia remove o tecido saliente para aliviar a pressão na medula espinhal e/ou nas raízes dos nervos.
Durante a cirurgia, ferramentas especializadas são utilizadas para retirar esporões ósseos das vértebras.
Dado que os esporões ósseos podem regredir, um cirurgião pode sugerir procedimentos adicionais, como laminectomia ou foraminotomia, caso necessário.
Os remédios exigem prescrição médica?
Sim, o uso de remédio para bico de papagaio exige prescrição médica.
Os tratamentos medicamentosos incluem analgésicos, anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e, em alguns casos, relaxantes musculares.
Apesar de você conseguir comprar AINEs sem receita, a prescrição médica continua sendo vital para garantir que o medicamento seja apropriado para a condição específica do paciente.
Além disso, alguns medicamentos para bico de papagaio podem ter efeitos colaterais, e o acompanhamento médico permite monitorar qualquer reação adversa.
A automedicação pode levar a complicações ou até mesmo agravamento do problema.
Portanto, não se automedique em caso de dor e busque um profissional de saúde para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.
Existem remédios tópicos eficazes?
O remédio para bico de papagaio frequentemente incorpora a aplicação de cremes e pomadas contendo anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), como ibuprofeno e diclofenaco.
Estes AINEs possuem propriedades anti-inflamatórias e analgésicas que, quando direcionadas localmente, reduzem a inflamação na área afetada e proporcionam alívio da dor associada ao crescimento ósseo anormal.
No entanto, seus efeitos podem ser demorados ou, em certos casos, nem mesmo funcionar.
Ainda no espectro das alternativas naturais, existe o destaque para produtos tópicos à base de canabidiol (CBD).
O CBD, derivado da Cannabis, apresenta propriedades anti-inflamatórias e analgésicas conhecidas.
Cremes e pomadas contendo CBD são aplicados diretamente no local afetado, podendo atenuar a inflamação e reduzir a dor relacionada ao bico de papagaio.
A eficácia desses produtos tópicos está centrada na capacidade do CBD em interagir com os receptores do sistema endocanabinoide no corpo, desencadeando respostas anti-inflamatórias e analgésicas.
Além de promover o alívio localizado da dor, não tem os efeitos colaterais associados a outras formas de tratamento, como o uso de AINEs.
Remédios naturais para bico de papagaio
Embora o remédio para bico de papagaio não possa curar a condição, pode oferecer alívio dos sintomas. Neste sentido, as seguintes opções são recomendadas:
Aplicação de compressa fria
Uma opção eficaz é a aplicação de compressas frias nos locais afetados, que alivia o inchaço e a dor.
O gelo é benéfico devido às propriedades analgésicas e anti-inflamatórias.
Ao aplicar gelo na área afetada, pode-se reduzir o inchaço e aliviar a dor associada a essa condição.
Suplementação adequada
As vitaminas e suplementos fortalecem os ossos. Para aqueles com osteoartrite, garantir níveis adequados de cálcio ajuda a prevenir o desgaste.
O magnésio e a vitamina D são igualmente importantes, pois facilitam a absorção de cálcio.
Embora essas vitaminas possam ser incorporadas à dieta, em casos de deficiência, é aconselhável consultar um médico para determinar a necessidade de suplementos.
Massagem terapêutica
A massagem terapêutica também se destaca como uma abordagem natural para atenuar a dor associada ao bico de papagaio.
Essa técnica estimula a circulação sanguínea, resultando no relaxamento dos músculos na redução da tensão do corpo.
Em casos de desconforto persistente ou agravamento dos sintomas, consulte um profissional de saúde para avaliação e direcionamento adequado.
Exercício físico como remédio para bico de papagaio
A integração de atividades físicas revela-se uma estratégia promissora para diminuir os sintomas associados ao bico de papagaio.
Esta condição, marcada pelo desgaste das articulações na coluna vertebral, pode ser agravada pelo sedentarismo.
Uma rotina de exercícios que engloba alongamentos específicos e exercícios controlados, promove o fortalecimento preciso dos músculos que circundam a coluna cervical.
Complementarmente, atividades aeróbicas de baixo impacto, como caminhadas e natação, melhoram a mobilidade e contribuem para manter um peso corporal saudável, minimizando o estresse na coluna.
A customização meticulosa do programa de exercícios, sob a orientação especializada de profissionais de saúde, é imperativa.
O exercício físico, de maneira geral, eleva a qualidade de vida, oferecendo benefícios em termos físicos e emocionais.
Além disso, durante a prática de exercícios, use calçados adequados e de suporte para evitar maiores impactos.
Opte por calçados almofadados, flexíveis e que permitam um movimento suave.
Sapatos apertados demais podem prejudicar os ossos e tendões dos pés, estimulando o desenvolvimento de novos bicos de papagaio.
Tratamento para bico de papagaio com medicamentos à base de CBD
Sendo uma doença progressiva, o bico de papagaio deve ser tratado conforme o estágio em que se encontra.
Dessa forma, quem está nas fases iniciais pode não ter problemas para controlar a dor e o incômodo causado pela calcificação.
No entanto, há casos em que a doença provoca dores e sintomas mais severos, o que pode levar o paciente a ter que tomar outros tipos de medicamentos.
Quando isso acontece, o tratamento se torna mais difícil, já que, em geral, a combinação de fármacos pode causar efeitos adversos.
Assim, um recurso indicado é o tratamento com canabidiol, em virtude das suas propriedades anti-inflamatórias que conheceremos mais à frente.
Ele vem sendo utilizado como remédio contra a dor no cuidado de uma série de doenças, o que o torna recomendado também para o tratamento dos sintomas do bico de papagaio.
Estudos demonstraram que o CBD pode ajudar a aliviar a dor aguda e crônica, incluindo a dor nas costas.
O canabidiol funciona reduzindo a inflamação através de sua atuação sobre os receptores que regem a sensação de dor.
Este composto produz efeitos semelhantes aos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), mas de forma natural e sem efeitos adversos associados.
Graças às suas propriedades calmantes e relaxantes, o CBD também pode ajudar a aliviar a rigidez muscular e articular e, assim, reduzir a intensidade da dor.
O relaxamento dos músculos permite a correção da postura, e assim, evita o agravamento da condição.
O que é CBD?
CBD é o acrônimo para canabidiol, um dos mais de 100 canabinoides encontrados nas plantas pertencentes ao gênero Cannabis.
Além de ter muitas propriedades medicinais, essa é uma substância que pode ser usada para outras finalidades.
Com ela, podem ser produzidos de cosméticos a produtos alimentícios, portanto, existe toda uma variedade de aplicações que fazem do CBD um grande aliado da saúde e do bem-estar.
De acordo com um relatório da Organização Mundial da Saúde, “Em humanos, o CBD não exibe efeitos indicativos de qualquer potencial de abuso ou dependência…. Até o momento, não há evidências de problemas relacionados à saúde associados ao uso de CBD.”
Para que serve o CBD?
Não é recente o uso da Cannabis como recurso terapêutico.
Há milhares de anos, o homem vem cultivando a planta com o intuito de aproveitar suas incontáveis propriedades curativas.
Em termos medicinais, a difusão do canabidiol passou a ser mais intensa depois da descoberta do sistema endocanabinoide.
Revelado pelo pesquisador Raphael Mechoulam, esse sistema é o responsável por estabelecer o equilíbrio das reações orgânicas (homeostase), entre outras funções.
Nele, são criados e distribuídos pelo corpo os endocanabinoides, neurotransmissores que todos nós produzimos naturalmente.
O canabidiol atua através do sistema endocanabinoide, que emprega dois receptores diferentes: CB1 e CB2.
Os receptores CB1 estão presentes nos neurônios centrais e periféricos, enquanto os receptores CB2 estão presentes principalmente nas células imunes.
A hipótese é que os receptores CB1 modulam a liberação de neurotransmissores e a transdução da dor, enquanto os receptores CB2 modulam a liberação de citocinas, responsáveis pela inflamação.
Ao ingerir o CBD, favorecemos o trabalho destes receptores, acelerando as reações bioquímicas que levam à regeneração de tecidos ou ao reequilíbrio de funções orgânicas.
O canabidiol não interage diretamente com o receptor CB1, mas atua como seu modulador alostérico, promovendo benefícios na percepção da dor.
Quais são as propriedades medicinais do CBD que auxiliam no tratamento do bico de papagaio?
O potencial terapêutico do CBD é vasto, evidenciando efeitos analgésicos e anti-inflamatórios em diversas condições, como dor neuropática, dor inflamatória e osteoartrite.
O composto também dispõe de efeitos anticonvulsivos, antipsicóticos, ansiolíticos, neuroprotetores e promotores do sono, respaldados por pesquisas.
Evidências clínicas indicam um perfil de segurança favorável para o CBD, apontando também para sua capacidade anti-inflamatória capaz de superar a da aspirina.
De acordo com o estudo Cannabidiol for Pain Treatment: Focus on Pharmacology and Mechanism of Action, a interação do CBD com outros receptores é benéfica contra vários tipos de dor e inflamação.
Por exemplo, a ativação dos receptores ionotrópicos pelo CBD é capaz de promover a regulação da sensação de dor, modulação da resposta inflamatória e influenciar na homeostase do organismo.
Adicionalmente, os efeitos medicinais do CBD mediados pelo receptor 5HT1A incluem efeito ansiolítico, anti-inflamatório, analgésico e neuroprotetor.
Existe alguma regulamentação para o uso do CBD no Brasil?
Existem muitas regulamentações que cercam o uso do canabidiol no Brasil.
Em 2015, ele passou a integrar a lista de substâncias controladas, quando a Anvisa publicou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 3/2015.
Já em 2019, a Anvisa publicou a RDC Nº 327, na qual estabelece os requisitos para a compra e venda de produtos de Cannabis para fins medicinais no país e estipula as primeiras regras para sua fabricação e distribuição.
Outro avanço legislativo veio um ano depois, com a publicação da RDC Nº 335.
Essa é a mais uma resolução sobre canabinoides no Brasil, com novos detalhes para pessoas interessadas em adquirir do exterior produtos à base de canabidiol.
Vale destacar que a Anvisa restringe a concentração de THC nos medicamentos, hoje limitada a 0,2% e permitida em quantidades mais elevadas somente em casos específicos.
Quais são as vantagens do uso do CBD no tratamento de bico de papagaio?
O CBD se destaca não apenas pela sua eficácia, mas por outras qualidades quando utilizado no tratamento de doenças ósseas ou articulares.
Uma delas é o baixo risco de apresentar efeitos colaterais, como relatado em um estudo da Universidade de Halifax, no Canadá, em que o canabidiol é apontado como uma opção segura no tratamento da osteoartrite.
Mais uma vantagem é que, tendo poucas reações adversas, o composto pode ser ministrado junto a outros medicamentos, mesmo que não sejam à base de canabinoides.
Sua administração também é mais prática, pois há diversas formas disponíveis, como óleos, cápsulas e cremes.
Essa versatilidade oferece opções personalizadas de acordo com as preferências do paciente.
Adicionalmente, alguns pacientes relatam melhorias na qualidade do sono com o uso de CBD, contribuindo para a recuperação global.
Onde encontrar médicos que prescrevem remédios à base de CBD no Brasil?
Se comparado com o de países vizinhos, como Uruguai e Colômbia, o mercado brasileiro de medicamentos à base de Cannabis ainda é bastante limitado.
Por serem escassas as opções de produtos nacionais, uma parcela dos médicos evita prescrever tratamentos com canabinoides.
Esse é um problema enfrentado pelas pessoas que, na maioria dos casos, precisam de respostas rápidas ao tratar de enfermidades graves.
Ainda que a Anvisa tenha agilizado o processo de importação, é necessário considerar uma eventual dificuldade em encontrar um médico que indique a Cannabis.
Isso porque, sem a receita, não há como trazer do exterior medicamentos contendo canabidiol.
Por conta disso, o portal Cannabis & Saúde reuniu profissionais das mais diversas especialidades para aqueles que buscam tratamentos e medicamentos à base de CBD.
Nossa lista de médicos prescritores é meticulosamente selecionada, com uma variedade de profissionais que atendem às diversas necessidades dos pacientes.
Ao clicar aqui, você terá a oportunidade de explorar os perfis de especializações e experiências de cada médico.
Dessa forma, você pode tomar decisões informadas sobre o profissional mais adequado às suas necessidades específicas.
Também oferecemos a conveniência de consultas a distância, garantindo que você possa receber a orientação necessária no conforto de sua casa.
Portanto, confie nos médicos listados no portal Cannabis & Saúde ao buscar tratamentos à base de Cannabis, garantindo que sua experiência seja respaldada por profissionais qualificados e comprometidos com a saúde e o bem-estar de seus pacientes.
Conclusão
Como você viu, o melhor remédio para bico de papagaio é a prevenção.
Essa é uma doença intimamente ligada à má conformação da coluna vertebral, que, por sua vez, tem origem na postura inadequada recorrente.
Se você (ou algum familiar) está precisando de tratamento, pode ser que o CBD ajude a trazer alívio para os seus sintomas.
Para isso, não deixe de consultar um médico do portal Cannabis & Saúde, já que a importação dessa substância só é autorizada pela Anvisa mediante apresentação de receita.
Também fique sempre a par dos últimos avanços da ciência e da Medicina a respeito da Cannabis medicinal aqui, no portal Cannabis & Saúde.