Existem tratamentos efetivos para a paralisia do sono, os quais são mais simples do que muitos imaginam, embora necessitem de disciplina por parte do paciente.
Como muitos distúrbios do sono, essa condição é mais comum em pessoas que têm hábitos de sono inadequados ou insuficientes.
Segundo dados da Associação Brasileira de Sono, aproximadamente 73 milhões de pessoas no Brasil sofrem de insônia, indicando um possível problema de saúde pública, já que mais de um terço da população não consegue dormir bem.
Para uma parte desse grupo, a solução é encontrada nos medicamentos controlados que, como tais, podem causar dependência.
Isso significa que, uma vez que alguém começa a tomar medicamentos para dormir, fica mais complicado voltar a ter uma noite tranquila sem ajuda farmacológica.
É nesse contexto que a Cannabis medicinal se mostra como uma alternativa segura para aqueles que buscam melhorar a qualidade do sono.
Avance na leitura e descubra o que essa planta pode fazer pelas suas noites de sono.
A seguir, você aprenderá sobre:
- O que é a paralisia do sono?
- Qual é a causa da paralisia do sono?
- Quais são os sintomas da paralisia do sono?
- Como sair da paralisia do sono?
- É possível evitar a paralisia do sono?
- Quais são os tratamentos para paralisia do sono?
- A Cannabis medicinal como um dos tratamentos para paralisia do sono
- Como comprar canabidiol?
- Como encontrar médicos que prescrevem produtos à base de canabidiol no Brasil?
O que é a paralisia do sono?
Durante o processo de adormecer ou despertar, o cérebro facilita o relaxamento dos músculos dos braços e pernas.
Na paralisia do sono, a consciência retorna, mas há uma incapacidade momentânea de movimentação.
Importante ressaltar que essa paralisia é temporária e não indica um problema médico grave.
Em outras palavras, a paralisia do sono é um distúrbio caracterizado pela sensação de incapacidade de se mover.
Durante a paralisia, a pessoa está consciente, mas sem conseguir movimentar qualquer músculo do corpo.
Esse fenômeno ocorre durante a fase REM (Rapid Eye Movement) do sono, quando temos sonhos vívidos antes de acordar.
Durante o sono REM, o cérebro interrompe a comunicação com os músculos para evitar movimentos correspondentes aos sonhos.
A paralisia do sono pode acontecer de duas formas: quando o cérebro desconecta o corpo antes da consciência adormecer ou quando a consciência desperta, mas o cérebro não ativa os circuitos para coordenar os movimentos do corpo.
Essa discrepância entre estar desperto e ainda em repouso é o que frequentemente leva a experiências de alucinações visuais ou auditivas em casos de paralisia do sono.
Episódios raros ou isolados de paralisia do sono podem afetar indivíduos de todas as faixas etárias.
No entanto, são mais frequentes em situações de privação de sono associada a mudanças nos horários de descanso, como é comum entre estudantes universitários ou trabalhadores por turnos.
A paralisia do sono recorrente, por outro lado, pode ser um sintoma da narcolepsia, um distúrbio de sono mais grave.
Qual é a causa da paralisia do sono?
Assim como muitos distúrbios do sono, a paralisia do sono está intimamente ligada a hábitos inadequados de sono e à falta de regularidade nos horários de descanso.
Além disso, pode ser desencadeada por questões psiquiátricas ou transtornos como a narcolepsia, que envolve excesso de sono.
É comum que muitos relatos desse fenômeno provenham de pessoas que trabalham durante a noite ou em turnos, como policiais, seguranças, enfermeiros e socorristas.
Devido à natureza de seus trabalhos, são obrigados a dormir em momentos irregulares, o que pode resultar em problemas como a insônia.
Ademais, a paralisia do sono pode também ser resultado da falta de descanso adequado, acumulação de estresse ou a combinação desses fatores.
A paralisia do sono também foi associada a:
- Distúrbios do sono, como narcolepsia. A narcolepsia é um distúrbio que causa episódios repentinos de sono profundo causados por um problema com a capacidade do cérebro de regular o sono;
- Algumas condições mentais, como transtorno bipolar, TEPT, transtornos de pânico ou ansiedade;
- Uso de certos medicamentos, como para TDAH;
- Uso abusivo de álcool.
A pesquisa sugere que pode haver uma predisposição genética para essa condição.
Curiosamente, a posição ao dormir, como de bruços, é apontada por especialistas como uma possível causa desse transtorno.
Algumas pessoas interpretam essa condição como algo sobrenatural, especialmente devido às alucinações vívidas que acompanham a paralisia.
Estas alucinações podem parecer extremamente reais para quem as vivencia.
De toda forma, os sintomas associados à paralisia do sono podem impressionar as pessoas afetadas, como veremos a seguir.
Quais são os sintomas da paralisia do sono?
Algumas pessoas que tiveram paralisia do sono descrevem suas experiências como eventos espirituais ou místicos.
Estima-se que 75% dos episódios de paralisia do sono também envolvam alucinações distintas dos sonhos típicos.
Durante a paralisia do sono, as alucinações se dividem em três categorias distintas:
- Alucinações de intruso: Estas alucinações envolvem a percepção de uma presença ameaçadora ou a sensação de que há alguém na sala.
- Alucinações de pressão torácica: Conhecidas também como alucinações de incubus, esses episódios podem induzir sentimentos de sufocamento ou a percepção de que algo ou alguém está sobre o peito. Geralmente, estão associadas às alucinações de intruso.
- Alucinações vestibulares-motoras (VM): Este tipo de alucinação pode envolver sensações de movimento, como voar, ou a sensação de estar fora do próprio corpo.
Embora não se possa negar tais percepções, é sabido que quem enfrenta esse distúrbio pode ver e ouvir coisas que não têm existência real.
Os sintomas da paralisia do sono englobam aspectos tanto psicológicos quanto físicos, manifestando-se tanto no âmbito cognitivo quanto no fisiológico.
As alucinações são um dos sinais mais evidentes desse fenômeno, muitas vezes associadas ao desalinhamento entre o despertar e o estágio REM do sono.
Por outro lado, um dos sintomas físicos mais assustadores e distintivos desse transtorno é a aparente incapacidade de controlar os próprios movimentos.
Isso frequentemente resulta em sensações intensas de angústia e medo para aqueles que experimentam a paralisia do sono.
Muitos indivíduos também relatam um sentimento de impotência ao se sentirem em queda livre sem poder fazer nada para evitar.
Outra manifestação física comum é a sensação de falta de ar ou de pressão no peito. Outros sintomas incluem:
- Incapacidade de mover os braços, pernas, corpo e cabeça ao adormecer ou acordar;
- Incapacidade de falar;
- Plena consciência do que está acontecendo.
Os episódios duram de alguns segundos a alguns minutos e podem ocorrer uma vez ou repetidamente ao longo de sua vida.
Como sair da paralisia do sono?
A atonia durante a paralisia do sono pode ser altamente angustiante, especialmente quando acompanhada por alucinações, o que torna esses episódios ainda mais perturbadores.
Cerca de 90% das ocorrências estão associadas ao medo, sendo que apenas uma minoria experimenta alucinações mais agradáveis ou até mesmo felizes.
Esses episódios podem variar em duração, indo de alguns segundos a até 20 minutos, com uma média em torno de seis minutos.
Geralmente, eles se encerram por conta própria, embora ocasionalmente possam ser interrompidos por estímulos externos, como toque ou voz de outra pessoa, ou por um esforço intenso para mover-se.
Por mais aterrorizante que possa parecer, a paralisia do sono nada mais é do que um transtorno passageiro e que pode ser perfeitamente superado.
A primeira providência para isso você já está tomando (caso sofra desse distúrbio), que é se informar.
Sendo assim, também é importante saber que sair desse tipo de paralisia depende de tomar consciência de quando ela se manifesta.
Desse modo, é possível “escapar” dela tranquilamente e sem o pavor típico que toma conta de quem acabou de passar por essa experiência.
Então, quando você perceber que não consegue se mexer, o melhor a fazer é tentar controlar as próprias emoções.
Uma vez paralisado, tente dizer a si mesmo que a sensação de não controlar o próprio corpo vai passar.
Além disso, procure manter uma atitude tranquila e positiva, ainda que esteja ouvindo ou vendo alucinações.
No entanto, quem tem paralisia do sono recorrente deve procurar apoio de um psicólogo ou de um psiquiatra.
É possível evitar a paralisia do sono?
A prevalência da paralisia do sono varia, mas estudos sugerem que cerca de 20% das pessoas podem experienciar esse fenômeno em algum momento da vida.
Dentre esse grupo, há poucos dados sobre a frequência da recorrência desses episódios.
Embora a paralisia do sono possa ocorrer em qualquer faixa etária, é comum que os primeiros sintomas surjam na infância, adolescência ou na idade adulta inicial.
Se o fenômeno começar durante a adolescência, é possível que os episódios sejam mais frequentes entre os 20 e 30 anos de idade.
Os maus hábitos influenciam na ocorrência da paralisia do sono, como discutimos anteriormente.
Portanto, é crucial ressaltar que um sono de qualidade depende da consistência, já que se desenvolve em quatro ciclos distintos:
- Estágio 1: Este estágio compreende a fase inicial do adormecimento, podendo durar até 15 minutos. É uma transição entre o estado de vigília e o sono. Durante esse período, os músculos relaxam e a respiração se torna mais leve.
- Estágio 2: Aqui, entramos em um sono mais leve. O cérebro se desconecta dos estímulos externos, como ruídos ou toques. A temperatura corporal, bem como a frequência cardíaca e respiratória diminuem, preparando a pessoa para o sono profundo.
- Estágio 3: O corpo inicia o processo de entrar em um sono profundo, com uma diminuição da atividade cerebral.
- Estágio 4: Este é o estágio do sono profundo, no qual o corpo se regenera após o desgaste diário. Durante este período, são liberados hormônios ligados ao crescimento e ocorre a recuperação celular e orgânica.
É no último estágio que também ocorre o sonambulismo, um distúrbio no qual a pessoa pode se levantar, andar e até realizar algumas atividades enquanto dorme.
Portanto, é essencial não apenas dormir o tempo necessário, mas, principalmente, assegurar uma boa qualidade do sono.
Quais são os tratamentos para paralisia do sono?
Até o momento, não há uma estratégia de tratamento direto para a paralisia do sono durante um episódio ativo.
Houveram tentativas de gerenciar os fatores psicológicos e físicos subjacentes que desencadeiam um episódio, mas atualmente não há tratamento disponível para abortar um episódio.
Embora seja um fenômeno sem consequências, o aumento dos níveis de medo associados à paralisia do sono pode levar a transtornos de ansiedade em alguns pacientes.
Também pode causar má qualidade do sono, o que por sua vez é um fator de risco para a paralisia do sono.
Em geral, médicos psiquiatras e psicólogos indicam tratamentos naturais, mais baseados na mudança de comportamento do que em medicamentos.
O primeiro deles você conheceu no tópico anterior: dormir constantemente no mesmo horário é a melhor maneira de se tratar da paralisia do sono.
Igualmente importante é evitar atividades muito intensas antes de se deitar ou que exijam grande esforço mental, como praticar esportes, trabalhar no computador ou estudar.
Manter o celular desligado também é importante, já que a luz que vem da tela faz com que o cérebro entenda que ainda não é hora de dormir.
Além disso, quem consome bebidas alcoólicas deve evitar ingeri-las antes de ir para a cama.
Mesmo que possam provocar sonolência, elas não devem ser tomadas como se fossem um remédio para dormir.
Em outros casos, pode ser que o médico prescreva medicamentos naturais, como valeriana, camomila ou Cannabis.
Veja em mais detalhes os tipos de tratamentos utilizados nessa condição!
Tratamentos para paralisia do sono com medicamentos
Os medicamentos prescritos visam principalmente abordar distúrbios subjacentes ou sintomas associados, já que não há um medicamento específico para tratar a paralisia do sono.
Os antidepressivos tricíclicos, como a clomipramina e a imipramina, têm sido usados para tratar distúrbios do sono, ajudando na regulação do ciclo do sono e na redução da paralisia do sono.
Eles também podem diminuir a incidência de pesadelos e alucinações relacionadas ao sono.
Os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), como a fluoxetina e a sertralina, são outra classe de medicamentos que podem ser prescritos para a paralisia do sono.
Eles ajudam a regular os distúrbios do sono e reduzem a frequência dos episódios de paralisia do sono, embora seu uso precise ser monitorado devido aos efeitos colaterais.
Medicamentos utilizados no tratamento da narcolepsia, como o modafinil e o metilfenidato, também foram considerados em alguns casos para ajudar a controlar a paralisia do sono.
Esses medicamentos são estimulantes e podem auxiliar na redução da sonolência diurna e na melhora do controle sobre o sono.
Nem todos os medicamentos são igualmente eficazes para todos os pacientes.
Ademais, eles podem apresentar efeitos colaterais, interações medicamentosas e riscos associados ao seu uso prolongado, razão pela qual outras opções são consideradas primeiro.
Tratamentos para paralisia do sono com Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)
A abordagem terapêutica conhecida como terapia cognitivo comportamental (TCC) destaca-se como um dos métodos mais eficazes no tratamento da paralisia do sono.
A TCC concentra-se na modificação dos padrões de pensamento e comportamento de uma pessoa para promover melhorias na saúde mental.
Um dos princípios fundamentais da TCC é a influência dos nossos pensamentos na forma como reagimos emocionalmente e nos comportamos diante das situações.
Na paralisia do sono, a TCC pode auxiliar na identificação e alteração de pensamentos e comportamentos que contribuem para esses episódios.
Isso engloba a criação de uma rotina de sono regular, a evitação de substâncias como álcool e cafeína antes de dormir, além do aprendizado de técnicas de relaxamento, como a respiração profunda e a meditação.
Ao ajustar esses aspectos, a TCC busca minimizar a ocorrência e a intensidade dos episódios de paralisia do sono.
Tratamentos para paralisia do sono com técnicas de relaxamento
Para a paralisia do sono, técnicas de relaxamento são recomendadas para ajudar a controlar e minimizar a ocorrência desse fenômeno assustador.
Uma técnica eficaz é a prática de exercícios de respiração. O controle da respiração ajuda a acalmar o sistema nervoso, reduzindo a probabilidade de episódios de paralisia do sono.
Técnicas simples, como respiração abdominal profunda ou exercícios de respiração consciente antes de dormir, ajudam a induzir um estado de relaxamento que diminui a probabilidade de experiências desse tipo durante a noite.
A adoção de práticas de relaxamento muscular progressivo também pode ser benéfica.
Essa técnica envolve contrair e relaxar deliberadamente grupos musculares, levando a uma redução da tensão física e mental.
Quando praticado regularmente, pode diminuir a frequência e a intensidade dos episódios de paralisia do sono.
A meditação também é uma ferramenta poderosa no tratamento da paralisia do sono.
Praticar a atenção plena ajuda a acalmar a mente e reduzir a ansiedade, melhorando a qualidade do sono e diminuindo a incidência desses episódios.
Tratamentos para paralisia do sono com acupuntura e medicina alternativa
Métodos alternativos, como acupuntura e medicina complementar, são abordagens diferentes no tratamento dessa condição.
A acupuntura, uma prática da medicina tradicional chinesa, envolve a inserção de agulhas finas em pontos específicos do corpo.
Alguns estudos indicam que a acupuntura pode ajudar a regular o sistema nervoso, aliviar o estresse e melhorar a qualidade do sono.
Ao equilibrar o fluxo de energia, conhecido como “qi”, a acupuntura pode contribui para diminuir a frequência dos episódios de paralisia do sono em certos indivíduos.
Outra abordagem inclui o uso de ervas medicinais e suplementos.
Algumas plantas e compostos naturais, como a valeriana e a melatonina, possuem efeitos no sono e no relaxamento, podendo ser considerados como complementos ao tratamento da paralisia do sono.
Práticas como a medicina ayurvédica e a homeopatia também podem ser explorados por pessoas que buscam tratamentos alternativos para a paralisia do sono.
Esses sistemas de medicina alternativa podem incluir recomendações dietéticas, técnicas de respiração, massagens e a utilização de ervas específicas para equilibrar o corpo e a mente, visando melhorar a qualidade do sono.
No entanto, é preciso lembrar que a eficácia desses tratamentos alternativos na paralisia do sono ainda não foi completamente comprovada por estudos científicos robustos.
Tratamentos para paralisia do sono com dispositivos e tecnologias
O tratamento da paralisia do sono abrange uma gama diversificada de abordagens, muitas vezes envolvendo dispositivos e tecnologias para gerenciar esse distúrbio complexo do sono.
Dispositivos de monitoramento do sono, como monitores de ciclo de sono, auxiliam na identificação de padrões que podem estar associados à paralisia do sono.
Para casos relacionados à apneia do sono, as máscaras CPAP são utilizadas para manter as vias aéreas abertas durante o sono, ajudando a reduzir a ocorrência de episódios de paralisia do sono.
Pesquisas também exploram a estimulação cerebral, como a ETCC, como uma possível forma de prevenir ou diminuir a paralisia do sono.
Os aplicativos de meditação e monitoramento de estresse não tratam diretamente a paralisia do sono, mas reduzem fatores desencadeantes como ansiedade e estresse.
Por fim, dispositivos de alarme vibratório foram desenvolvidos para interromper os episódios de paralisia durante o sono, despertando o indivíduo durante o estado.
Outras alternativas que servem como tratamentos para paralisia do sono
Embora não haja uma cura definitiva, diversas alternativas podem ser adotadas para amenizar os episódios.
A regulação do ambiente de sono é o primeiro passo.
Para isso, é preciso manter horários de sono regulares, um quarto confortável e evitar eletrônicos antes de dormir para reduzir a incidência desses episódios.
A prática regular de atividade física, como caminhadas ou ioga, é uma estratégia eficaz para melhorar a qualidade do sono e diminuir a ocorrência da paralisia do sono.
Em alguns casos, uma alimentação equilibrada e a possível inclusão de suplementos, como a melatonina, também contribuem para um sono mais tranquilo.
Em situações mais graves, buscar orientação médica especializada é necessário para prescrever tratamentos específicos ou medicamentos, caso necessário.
A Cannabis medicinal como um dos tratamentos para paralisia do sono
Existem mais de 100 compostos químicos conhecidos como canabinoides na Cannabis.
Esses compostos podem alterar o funcionamento do cérebro, pois seus receptores estão dispersos por vários lugares, como no sistema nervoso central.
O THC e canabidiol são os dois canabinoides mais abundantemente presentes na planta e têm impactos distintos no sono e no humor.
Estudos iniciais indicam que a Cannabis tem uma influência importante na melhoria da qualidade do sono.
Enquanto o THC pode reduzir o tempo necessário para adormecer, o CBD pode melhorar a qualidade do sono obtido.
O CBD também suprime a fase REM do sono, o que pode ser benéfico para pessoas que sofrem de paralisia do sono recorrente.
Medicamentos com canabinoides sintéticos, como nabilona e dronabinol, mostraram benefícios temporários no tratamento da apneia do sono devido aos seus efeitos na serotonina.
Aproximadamente 70% dos jovens adultos que consomem Cannabis relatam que a substância auxilia no sono.
Entre os usuários que fazem o uso medicinal, como para alívio da dor, até 85% afirmam que a Cannabis contribui para uma melhor noite de sono.
Os canabinoides são considerados responsáveis pelos efeitos indutores do sono devido à interação com os receptores no cérebro.
A ligação desses compostos com os receptores desencadeia um aumento nos níveis de adenosina, promovendo o sono, ao mesmo tempo em que suprime o sistema excitatório do cérebro.
Essas ações combinadas tendem a proporcionar uma sensação de sedação ou sonolência nos usuários de Cannabis.
Para indivíduos com condições específicas, como dor, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e esclerose múltipla, a Cannabis pode acelerar o processo de adormecimento, reduzir despertares noturnos e melhorar a qualidade do sono geral.
Quais propriedades medicinais da Cannabis auxiliam no tratamento da paralisia do sono?
A ciência médica atual reconhece que a Cannabis possui diversas propriedades terapêuticas que têm um impacto positivo na qualidade do sono.
Uma dessas propriedades está relacionada à regulação de várias respostas associadas ao ciclo do sono, permitindo que a Cannabis influencie tanto a inibição quanto a estimulação de funções orgânicas nesse processo.
A capacidade ansiolítica da Cannabis é uma das propriedades que mais contribuem para melhorar a qualidade do sono.
O canabidiol atua como um potente agente calmante e relaxante natural, preparando o organismo para alcançar um estado ideal que promove um sono reparador.
Sua eficácia é tão bem estabelecida que beneficia até mesmo aqueles que o utilizam para outros fins.
Um exemplo notável é o caso do atleta de Jiu-Jitsu, Ralph Gracie, que utiliza a Cannabis não apenas para aliviar as dores decorrentes da prática esportiva, mas também para melhorar a qualidade do sono.
Outros estudos e relatos indicam que a Cannabis também pode reduzir a frequência da paralisia do sono através de suas propriedades.
Estudos que comprovam a eficácia da Cannabis no tratamento de distúrbios do sono
Além da experiência prática e dos casos reais de pessoas que conseguiram melhorar de distúrbios do sono com Cannabis, há também pesquisas que apontam para essa propriedade.
Elas dão pistas de que, no futuro, a planta poderá ser uma aliada para ajudar quem tem problemas para dormir ou apresenta transtornos relacionados.
É o que sugere o estudo Cannabinoid therapies in the management of sleep disorders: A systematic review of preclinical and clinical studies.
Conforme indicado pelo conjunto de pesquisadores deste estudo, foi observado que há indícios encorajadores em diversos usos terapêuticos da Cannabis em distúrbios do sono, apontando para a importância de mais investigações.
A análise feita pelos pesquisadores revelou que a planta pode ser utilizada com sucesso para tratar problemas como apneia do sono, insônia, pesadelos, síndrome das pernas inquietas, distúrbio do comportamento do sono de movimento rápido dos olhos e narcolepsia.
Como a Cannabis pode ser consumida no tratamento da paralisia do sono?
A Cannabis é frequentemente administrada nas formas de óleos, extratos, comestíveis, flores para vaporização e, em alguns casos, pela inalação.
Os óleos e extratos, aplicados sob a língua, oferecem uma absorção rápida, enquanto os comestíveis garantem efeitos prolongados, mas com um início mais lento devido à digestão.
Por outro lado, a vaporização libera os compostos ativos em forma de vapor sem queimar a planta, proporcionando alívio rápido.
Adicionalmente, existem produtos tópicos como cremes e pomadas, aplicados na pele para possíveis efeitos locais, como o alívio da dor, associada à paralisia do sono.
Há alguma regulamentação para o uso de canabidiol no Brasil?
A história da Cannabis medicinal no Brasil teve início em 2015.
Foi quando a Anvisa publicou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 3 e, meses depois, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 17.
A primeira excluiu o CBD da lista de substâncias proibidas, o que quer dizer que ele passou a constar no rol de medicamentos C1, no qual estão os remédios controlados.
Dessa forma, ficou aberto o caminho para a regulamentação do processo de importação pela RDC Nº 17, que posteriormente foi atualizada.
A primeira revisão veio em 2019, quando a Anvisa publicou a RDC Nº 327, na qual os requisitos para a comercialização de produtos de Cannabis para fins medicinais no país foram detalhados.
Outro ponto relevante dessa norma é que ela também estabelece regras para a fabricação de medicamentos à base de CBD.
Posteriormente, em 2020, a Anvisa deu mais um passo importante ao publicar a RDC Nº 335.
Nela, o órgão de vigilância sanitária informa os detalhes para pacientes (ou seus representantes) que desejam comprar produtos à base de Cannabis do exterior.
Como comprar canabidiol?
Grande parte das pessoas que precisam recorrer ao CBD o compram pela via da importação, embora seja possível obtê-lo em farmácias também.
Isso porque a oferta de medicamentos à base desse composto é ainda muito restrita no Brasil, apesar dos avanços legislativos por parte da Anvisa.
Então, veja o que você precisa fazer para comprar canabidiol com segurança e dentro das regras impostas pelo órgão.
Prescrição médica
Um dos documentos indispensáveis para se obter medicamentos à base de Cannabis é a receita médica.
Por isso, o primeiro passo a ser dado é procurar um médico que seja capaz de prescrever essa substância – mais à frente, você poderá conferir onde encontrar um profissional.
Uma vez que o especialista seja selecionado, converse com ele sobre as melhores possibilidades de tratamento para que o remédio na dosagem adequada seja prescrito.
Pedido junto à Anvisa
Recentemente, a Anvisa diminuiu a burocracia nos pedidos de importação de produtos à base de Cannabis.
Com isso, o único documento exigido é a receita médica, além da identificação pessoal da pessoa que faz a solicitação.
O processo é realizado online pelo formulário disponibilizado no site da agência e o pedido pode ser feito pelo próprio paciente ou por seu representante legal autorizado por procuração.
Resposta do órgão
São raros os casos em que a Anvisa rejeita um pedido acompanhado de receita médica.
Porém, se isso acontecer, o próprio órgão dirá o que deve ser feito para que uma nova solicitação seja submetida.
Hoje, a entidade leva até dez dias para dar o “ok” à importação.
Compra e entrega
Uma vez que a Anvisa diga “sim”, você precisará encontrar uma loja autorizada que venda produtos à base de Cannabis e que possa enviá-los ao Brasil.
Como encontrar médicos que prescrevem produtos à base de canabidiol no Brasil?
Ao buscar tratamento com Cannabis, o primeiro passo crucial é localizar um profissional da saúde apto a prescrevê-la.
A escassez de médicos que prescrevem a Cannabis medicinal é o obstáculo mais frequente.
Embora mais profissionais reconheçam os benefícios da Cannabis, o número de prescritores ainda é insuficiente diante da demanda.
O portal Cannabis & Saúde assumiu o compromisso de facilitar essa busca, oferecendo um cadastro online de médicos experientes na prescrição de Cannabis.
Através desse recurso, é possível encontrar um especialista com agilidade e praticidade.
Portanto, clique aqui para agendar uma consulta com um profissional experiente em Cannabis.
Conclusão
Os distúrbios do sono frequentemente indicam desequilíbrios em nosso corpo.
A paralisia do sono é tratável, começando pela adoção de um estilo de vida mais tranquilo e rotinas bem estruturadas.
Antes de considerar qualquer medicamento, é preciso consultar um médico.
Somente ele pode determinar se há questões mais sérias a tratar ou se mudanças nos hábitos diários são suficientes.
Em alguns casos, a Cannabis medicinal pode oferecer uma ajuda valiosa para tratar distúrbios de sono que provocam a paralisia do sono.
Para mais informações, leia os conteúdos do portal Cannabis & Saúde e fique a par dos últimos avanços nas pesquisas sobre Cannabis medicinal.